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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

quinta-feira, 22 de março de 2018

O COTIDIANO DAQUI A CEM ANOS

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

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Minha neta tem um tema de casa, a qual precisa entrevistar a avó (no caso, eu) e saber como eu acho que será o cotidiano daqui a cem anos. Pensando nisso, resolvi escrever este texto para a lição de casa dela. É difícil imaginar uma realidade, então vamos aos delírios.

Podemos estabelecer dois rumos para a humanidade e seu cotidiano: o da consciência ou o da ruína. Vamos analisar os dois, primeiramente falando sobre a ruína.

Levando em conta o descaso do ser humano com diversos fatores quanto ao meio ambiente, o qual pensa somente em produzir cada vez mais coisas, invenções e uma tecnologia avançada, sem pensar no que se faz com o supérfluo ou o que fica ultrapassado, imaginamos a vida no caos da sujeira, da falta de árvores e plantas, com água poluída ao extremo e com muitas doenças infectando o planeta. Mais e mais pessoas estarão no nível social da ruína e apenas muito poucos terão ostentação.

Essa situação poderá causar muita discórdia, corrida em busca de alimentos e falta de humanidade e dignidade para o ser humano. O cotidiano dessas pessoas talvez seja dividir suas casas com pessoas estranhas, brigar pelo alimento e até escondê-lo como se fosse um tesouro. Fazer negócios do tipo troca-troca, onde o desejo de um, completa o do outro com materiais necessários à sobrevivência. Talvez o clima seja mais árido, a água também seja motivo de guerra entre as nações e não se saberá o que fazer com a grande quantidade de produtos, automóveis e lixo dispensáveis.

Os que tiverem um pouco mais de bens, correrão riscos de vida, pois serão perseguidos pelos desesperados. E a paz será trocada pelo medo e aflição. Na verdade, o planeta voltará à barbárie. Talvez o desemprego gere mais instabilidade, devido à troca dos humanos pelos robôs. E, apesar de mais e mais tecnologia, as pessoas começarão a sentir-se angustiadas, tristes e sem opções de lazer.

Por outro lado, analisando a grande quantidade de pessoas hoje envolvidas no bem estar, tanto do corpo físico, quanto do espírito, podemos imaginar um mundo melhor e mais consciente. E, que apesar da tecnologia e das grandes indústrias não pararem de colocar mais e mais produtos no mercado, os responsáveis terão a consciência de estabelecer uma maneira ecologicamente correta de eliminar os detritos e velharia que vão se acumulando.

Se a ganância for deixada de lado e substituída pela responsabilidade de tornar o mundo um lugar para todos e melhor, certamente o cotidiano daqui a cem anos será de encontros mundiais de paz e de eventos direcionados à saúde, ao bem estar geral e de mutirões de pessoas dispostas a organizar, limpar e embelezar o planeta.

Imagino que o mundo possa sorrir novamente com uma nova era, de seres altamente civilizados, conscientes de um progresso que integre o ser humano à natureza e ambos possam coexistir de maneira harmoniosa e sadia. As pessoas estudarão mais e descobrirão alimentos mais saudáveis, fortalecerão seus espíritos através de purificações meditativas, aprenderão a dividir, as regras serão para organizar e ser obedecidas e todos terão condições de uma vida digna e plena.

Os que não se enquadrarem na sociedade terão atenção redobrada para que descubram em si mesmos seu lado forte e bom. Talvez as pessoas exerçam suas profissões com mais esmero e disciplina e não focadas somente em cumprir horários e receber seus salários. Começarão a criar outros ambientes de trabalho comunitário, para que todos se sintam parte do mundo e tenham o seu ganho. O amor pelo que se faz será ampliado no coração dos seres humanos. O tratamento com a natureza será diferente, buscando novas formas de se construir, com materiais ecologicamente corretos e utilizando mais as fontes de luz natural. A água será importante fator de proteção e limpeza.

As escolas serão locais de satisfação e alegria, buscando os dons de cada um e organizando grupos de debates e estudos. Haverá respeito aos que se dedicam a ensinar. Num novo mundo, onde a consciência seja ampliada e fortalecida, as pessoas entenderão seus papéis na vida e buscarão afinidades para cada setor. O homem não precisará se manter com dinheiro sujo ou vindo de drogas que alteram seu estado, porque através da ampliação de sua consciência, aprenderá que pode dominar a si mesmo com amor, alegria e satisfação.

Enfim, será um mundo muito melhor, onde imagino as pessoas sempre em paz, em respeito e praticando uma vida plena e feliz.

Talvez ambos sejam utopia, mas lendo isso, o que você gostaria que acontecesse? Afinal, daqui a cem anos, conforme nosso próprio desenvolvimento, podemos destruir ou iluminar a Terra. As pessoas poderão seguir caminhos cheios de espinho e dor, quanto estradas leves e iluminadas.  Temos capacidade para o progresso da ciência, de desenvolver novidades que ajudem as pessoas em todos os setores, desde sadias até as doentes. Basta que deixemos de lado o orgulho, a ganância e a ambição exacerbados.

E daqui a cem anos, o cotidiano de cada um que ainda existir na Terra deverá ser o fruto que seus antepassados plantarão no hoje, aqui e agora. Portanto, o melhor é nos preocuparmos com o que somos hoje, para os que vierem poder escolher o melhor caminho e salvar tanto a humanidade, quanto o planeta Terra.

NAMASTÊ

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