Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Que imensidão é nosso arquivo, que não se prende somente ao físico.
Vai além, fica nas nuvens toda memória eternizada.
Quando nos damos conta, imagens de outrora ressurgem, pela simples conexão de cores, sons, perfumes, gestos e palavras. As imagens parecem tão nítidas quando pensamos nelas, mas ao tentar reproduzi-las já se perdem no espaço-tempo.
As memórias incluem pessoas, lugares, sentimentos. Quanta verdade e emoção! Quantos medos e traumas ressurgem afligindo nosso ser! Incontroláveis, as memórias surgem rápidas e permitimos ou não nos deleitarmos no filme que passa.
Mas as memórias são mais do que acontecimentos passados e o próprio cérebro pode ser um algoz, confundindo o que realmente aconteceu, com fantasias e até mentiras. Somos incrivelmente bombardeados a cada segundo com mais e mais informações. Elas se misturam, numa impressionante pintura de cores que, com o tempo, vão desbotando. Rostos vão deixando de ter uma certeza, palavras são esquecidas, mas o principal está lá, guardado a sete chaves.
Se o mundo não permitisse que tivéssemos mais memórias e sonhos, como nós seríamos? Já parou para analisar? Talvez não houvesse vida, seríamos mecanizados e sem sentimentos.
Uma das doenças mais tristes, o Mal de Alzeimer, apaga lembranças e memórias. A pessoa fica sem rumo e parece não entender mais quem é e o que faz aqui.
Nossas memórias são companheiras na solidão e nos fazem esquecer o tempo. Um complexo tão profundo que algumas vezes nos pegamos rindo e até chorando ao lembrar do passado. O ontem é um momento que pode ser fresco como o ar da manhã ou tão longinquo como um deserto escaldante.
Podemos visitar pessoas que já não fazem mais parte de nossas vidas, lembrando dos belos ou maus momentos vividos. Talvez a memória nos ajude a perdoar com o tempo, talvez faça voltar à tona rancores e mágoas. Temos que manter uma estrutura emocional muito forte para não revivermos um passado ruim. Estes nos fazem recriar energias, mexer com sombras e acabam criando bloqueios que num futuro podem causar doenças.
Memórias podem ser guardadas em caixas, penduradas na parede, colocadas em porta-retratos e porta jóias, em baús, em cadernos e em tantos outros lugares. Mas as que ficam dentro da gente são as mais importantes, pois certamente irão perpetuar em algum lugar no espaço.
As memórias dão vida aqueles momentos em que não podemos mais viver e participar de algumas situações e pessoas. Graças a elas, ainda temos a oportunidade de sentir os momentos que nos fizeram felizes. Momentos que hoje podem estar nos sendo poupados de alguma forma. É um pouco triste viver apenas delas, mas o que fazer quando não há diferente forma de continuar?
Talvez as memórias sejam justamente para que possamos trabalhar alguns sentimentos, tanto bons, quanto ruins. Os bons vem mais à tona, porém os ruins, aqueles que negamos, ficam escondidos, arraigados em compartimentos secretos, apenas causando transtornos que prejudicam nossas vidas.
As memórias são como fotos de antigamente, guardadas no baú ou em uma caixa. Quando queremos, abrimos nossa arca da aliança e revivemos. O interessante é que isso deve acontecer somente aqui na Terra, nesta dimensão onde existe o espaço-tempo.
Enfim, graças as memórias de nossa vida temos o direito de sentir novamente algumas alegrias ou trabalhar feridas. E, ao se tratar destas últimas, o melhor que se pode fazer ao descobri-las é nos perdoar. Trabalhar isso bem a fundo, para que nossa vida resplandeça e desbloqueie. Cada um deve saber a melhor maneira de fazer isso, pois são várias as possibilidades. Infelizmente, parece que alguns gostam de suas vítimas mais do que de sua liberdade.
As memórias de nossas vidas tem sentido e função: a de libertar. Cabe a nós usarmos as chaves para abrir nosso calabouço.
NAMASTÊ
Que imensidão é nosso arquivo, que não se prende somente ao físico.
Vai além, fica nas nuvens toda memória eternizada.
Quando nos damos conta, imagens de outrora ressurgem, pela simples conexão de cores, sons, perfumes, gestos e palavras. As imagens parecem tão nítidas quando pensamos nelas, mas ao tentar reproduzi-las já se perdem no espaço-tempo.
As memórias incluem pessoas, lugares, sentimentos. Quanta verdade e emoção! Quantos medos e traumas ressurgem afligindo nosso ser! Incontroláveis, as memórias surgem rápidas e permitimos ou não nos deleitarmos no filme que passa.
Mas as memórias são mais do que acontecimentos passados e o próprio cérebro pode ser um algoz, confundindo o que realmente aconteceu, com fantasias e até mentiras. Somos incrivelmente bombardeados a cada segundo com mais e mais informações. Elas se misturam, numa impressionante pintura de cores que, com o tempo, vão desbotando. Rostos vão deixando de ter uma certeza, palavras são esquecidas, mas o principal está lá, guardado a sete chaves.
Se o mundo não permitisse que tivéssemos mais memórias e sonhos, como nós seríamos? Já parou para analisar? Talvez não houvesse vida, seríamos mecanizados e sem sentimentos.
Uma das doenças mais tristes, o Mal de Alzeimer, apaga lembranças e memórias. A pessoa fica sem rumo e parece não entender mais quem é e o que faz aqui.
Nossas memórias são companheiras na solidão e nos fazem esquecer o tempo. Um complexo tão profundo que algumas vezes nos pegamos rindo e até chorando ao lembrar do passado. O ontem é um momento que pode ser fresco como o ar da manhã ou tão longinquo como um deserto escaldante.
Podemos visitar pessoas que já não fazem mais parte de nossas vidas, lembrando dos belos ou maus momentos vividos. Talvez a memória nos ajude a perdoar com o tempo, talvez faça voltar à tona rancores e mágoas. Temos que manter uma estrutura emocional muito forte para não revivermos um passado ruim. Estes nos fazem recriar energias, mexer com sombras e acabam criando bloqueios que num futuro podem causar doenças.
Memórias podem ser guardadas em caixas, penduradas na parede, colocadas em porta-retratos e porta jóias, em baús, em cadernos e em tantos outros lugares. Mas as que ficam dentro da gente são as mais importantes, pois certamente irão perpetuar em algum lugar no espaço.
As memórias dão vida aqueles momentos em que não podemos mais viver e participar de algumas situações e pessoas. Graças a elas, ainda temos a oportunidade de sentir os momentos que nos fizeram felizes. Momentos que hoje podem estar nos sendo poupados de alguma forma. É um pouco triste viver apenas delas, mas o que fazer quando não há diferente forma de continuar?
Talvez as memórias sejam justamente para que possamos trabalhar alguns sentimentos, tanto bons, quanto ruins. Os bons vem mais à tona, porém os ruins, aqueles que negamos, ficam escondidos, arraigados em compartimentos secretos, apenas causando transtornos que prejudicam nossas vidas.
As memórias são como fotos de antigamente, guardadas no baú ou em uma caixa. Quando queremos, abrimos nossa arca da aliança e revivemos. O interessante é que isso deve acontecer somente aqui na Terra, nesta dimensão onde existe o espaço-tempo.
Enfim, graças as memórias de nossa vida temos o direito de sentir novamente algumas alegrias ou trabalhar feridas. E, ao se tratar destas últimas, o melhor que se pode fazer ao descobri-las é nos perdoar. Trabalhar isso bem a fundo, para que nossa vida resplandeça e desbloqueie. Cada um deve saber a melhor maneira de fazer isso, pois são várias as possibilidades. Infelizmente, parece que alguns gostam de suas vítimas mais do que de sua liberdade.
As memórias de nossas vidas tem sentido e função: a de libertar. Cabe a nós usarmos as chaves para abrir nosso calabouço.
NAMASTÊ
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