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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

ÀS VEZES...

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

 


Às vezes queria ter alguém que me ajudasse a escolher a cor da parede;
Às vezes queria poder abraçar alguém e ficar colada por um bom tempo sentindo amor.
 
Às vezes queria ouvir das pessoas que tudo está em perfeita harmonia e o mundo é feliz;
Às vezes queria sentir que a vida, apesar de tão cheia de dificuldades, sempre encontra o tesouro no final do arco-íris.
 
Às vezes queria segurar nas mãos de alguém e sentir-me guiada sem medo;
Às vezes queria acreditar que o amor de cumplicidade realmente existe e que eu ainda o encontrarei.
 
Às vezes queria entender porque em determinadas situações não encontro saída;
Às vezes queria ajustar meu relógio para que ele marcasse horas que pudessem consertar os erros do passado.
 
Às vezes queria poder calar na hora certa, não ouvir e nem ver coisas que me machucam;
Às vezes queria manipular a vida para que ela me desse algo mais em troca do que meu próprio esforço.
 
Às vezes não consigo entender como me guio pela minha impulsividade e tanto me arrependo;
Às vezes, essa mesma impulsividade me faz viver momentos que, se eu pensasse mais, talvez não tivesse tanta coragem e felicidade em fazê-los.
 
Às vezes queria não derramar lágrimas por coisas que me fazem e por pessoas que não as merecem;
Às vezes queria gargalhar quando penso em chorar e chorar quando vejo gargalhadas sem sentido.
 
Às vezes queria olhar as estrelas deitada no colo de alguém merecedor;
Às vezes queria sentir a amizade verdadeira de qualquer ser na Terra.
 
Às vezes queria poder encontrar realmente a luz no fim do túnel;
Às vezes queria entender a presença de cada pessoa em minha vida.
 
Às vezes queria poder caminhar pela praia, andar pela mata, viajar pelo mundo, sem pensar em segurança;
Às vezes queria abafar o medo, a escuridão, minhas angústias e tristezas sem que isso não me afetasse emocionalmente.
 
Às vezes queria que você chegasse, me olhasse, me entendesse, me abraçasse e me desse colo, sem que eu precisasse pedir;
Às vezes queria entender o coração das pessoas para poder perdoá-las mais facilmente.
 
Às vezes me sinto culpada por alguma coisa que nem sei bem o que é;
Às vezes quero olhar minha vida de fora e observar-me como tenho reagido à ela.
 
Às vezes sinto tanta tristeza com atitudes e palavras que enfrento, que deixo de sonhar e de ter forças para continuar;
Às vezes sinto tanta alegria por coisas que conquistei e que tenho, que nada ou ninguém consegue interferir nessa energia.
 
Às vezes sinto a inveja das pessoas pela forma que me tratam ou pelo desprezo que me dão quando poderiam me abraçar;
Às vezes queria ter mais luz para enviar a todos que necessitam de um pouco mais de razão e de  autoestima.
 
Às vezes queria não carregar tanto o peso das decepções em meu espírito;
Às vezes queria ter a força necessária para derrubar os que não podem ver ninguém feliz, de forma sutil e com aprendizado para eles.

Às vezes, quando paro e penso, tudo isso vem à tona. Me vejo só, mas ao mesmo tempo querendo ser dona de mim.
Às vezes sinto vontade, sinto desejo, sinto querer. As outras vezes, encaro a vida como ela realmente é.
 
O tempo todo queria ter um dia perfeito, um relacionamento digno, uma família unida, amigos leais, pessoas honestas e um mundo transformado.

Às vezes, sou utopia, noutras sou...

NAMASTÊ
 

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