Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
As últimas vinte e quatro horas foram inéditas em minha vida. Não me recordo de ter visto o vento incessante por tão longo período de tempo.
Sinto como se estivessem literalmente varrendo o ar para a purificação da Terra. E talvez estejam.
À noite foi bem estranha, céu muito limpo com uma linda lua crescente brilhando mais que o normal. O ar gélido contrastava com o calor no interior do meu quarto.
Acordei várias vezes com sons estranhos e pude notar que o vento não cessava. O curioso foram os sons de pingos largos que ouvi. Pensei que a chuva tinha chegado, mas nenhuma gota foi derramada. Estariam os seres espirituais derramando sobre nós alguma magia, um antídoto, uma força espiritual? E qual seria o real sentido disto?
Eu me sinto estranhamente em paz. Tenho receio do meu desemprego e de como irei pagar minhas contas, já que não há meios de buscar uma vaga. Mesmo assim, há um néctar de paz inebriante em minh'alma. A vida parece estar num outro patamar, quem sabe numa outra dimensão.
Confundo-me constantemente com pensamentos do passado, coisas que nem lembrava mais. Passam na minha mente como o vento a correr ao redor da minha casa. Minha cabeça chega a doer e por vezes preciso me distrair com alguma atividade que me faça pensar em outras coisas.
Meus sinos de ventos soam avisando que a limpeza está sendo feita. Vivo cada dia com a sensação de que algo mais está por vir. Seja o que for, parecerá como o último balde de água que se joga para finalmente empurrar a sujeira para fora do portão.
A solidão para mim não é novidade. Sempre fui mais isolada. Mas a saudade de rir com a graça de minhas netas faz falta.
Estranhamente algumas pessoas estão se fechando cada vez mais, sem querer se comunicar, saber do outro, ou apenas rir. Talvez precisem deste momento para adquirir a força para redescobrir-se. Cada um está recebendo respostas, conforme o que tem na alma. Há sentimentos sendo expurgardos de forma intensa e muitas vezes sem tolerância. Em outros, dá pra sentir a mudança espiritual.
Algumas se irritam, outras são tão amorosas e gentis que podemos ver onde mora a paciência e a diferença entre os diversos corações. Mas o vento levará esses sentimentos para libertar a vida, com certeza.
Quando olho para o céu e o vejo tão azul, algo estranho ocorre dentro de mim. Realmente estranho! Por que nunca me dei conta disso antes? É como se meu espírito viajasse no tempo/espaço e eu já não fizesse mais parte daqui. Devo apenas observar...
Devo terminar agora. Não posso mais escrever. Encerro com minha saudação à grande Mãe e aos guardiões da Luz.
NAMASTÊ
As últimas vinte e quatro horas foram inéditas em minha vida. Não me recordo de ter visto o vento incessante por tão longo período de tempo.
Sinto como se estivessem literalmente varrendo o ar para a purificação da Terra. E talvez estejam.
À noite foi bem estranha, céu muito limpo com uma linda lua crescente brilhando mais que o normal. O ar gélido contrastava com o calor no interior do meu quarto.
Acordei várias vezes com sons estranhos e pude notar que o vento não cessava. O curioso foram os sons de pingos largos que ouvi. Pensei que a chuva tinha chegado, mas nenhuma gota foi derramada. Estariam os seres espirituais derramando sobre nós alguma magia, um antídoto, uma força espiritual? E qual seria o real sentido disto?
Eu me sinto estranhamente em paz. Tenho receio do meu desemprego e de como irei pagar minhas contas, já que não há meios de buscar uma vaga. Mesmo assim, há um néctar de paz inebriante em minh'alma. A vida parece estar num outro patamar, quem sabe numa outra dimensão.
Confundo-me constantemente com pensamentos do passado, coisas que nem lembrava mais. Passam na minha mente como o vento a correr ao redor da minha casa. Minha cabeça chega a doer e por vezes preciso me distrair com alguma atividade que me faça pensar em outras coisas.
Meus sinos de ventos soam avisando que a limpeza está sendo feita. Vivo cada dia com a sensação de que algo mais está por vir. Seja o que for, parecerá como o último balde de água que se joga para finalmente empurrar a sujeira para fora do portão.
A solidão para mim não é novidade. Sempre fui mais isolada. Mas a saudade de rir com a graça de minhas netas faz falta.
Estranhamente algumas pessoas estão se fechando cada vez mais, sem querer se comunicar, saber do outro, ou apenas rir. Talvez precisem deste momento para adquirir a força para redescobrir-se. Cada um está recebendo respostas, conforme o que tem na alma. Há sentimentos sendo expurgardos de forma intensa e muitas vezes sem tolerância. Em outros, dá pra sentir a mudança espiritual.
Algumas se irritam, outras são tão amorosas e gentis que podemos ver onde mora a paciência e a diferença entre os diversos corações. Mas o vento levará esses sentimentos para libertar a vida, com certeza.
Quando olho para o céu e o vejo tão azul, algo estranho ocorre dentro de mim. Realmente estranho! Por que nunca me dei conta disso antes? É como se meu espírito viajasse no tempo/espaço e eu já não fizesse mais parte daqui. Devo apenas observar...
Devo terminar agora. Não posso mais escrever. Encerro com minha saudação à grande Mãe e aos guardiões da Luz.
NAMASTÊ
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