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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

segunda-feira, 17 de junho de 2019

CONFUSÃO MENTAL

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)


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Acordo, olho em volta e me pergunto:
- O que faço aqui? O que exatamente é minha vida?

Mecanicamente, a rotina diária de tudo que se faz pela manhã, faz com que algo tenha sentido.
Mas, o que está dentro de mim continua confuso. Não há uma lógica, pelo menos para mim.

Assusta-me o futuro. A vida parece ter mais lógica quando estamos plenos.
E o que seria a plenitude?
Talvez amar e se amado?
Talvez não se preocupar com dinheiro?
Talvez ter uma saúde e vontade exuberante?

Algumas coisas me irritam tanto, que às vezes tenho vontade de fugir do mundo, das pessoas, dos assuntos que instigam fofocas. Não sei se estou ficando farta de mesquinhez jornalísticas, de politicagem, de estar a mercê de estradas que não quero andar.

A cabeça está no corpo físico, mas a mente parece não fazer mais parte deste plano. Me sinto só, mesmo com pessoas. O burburinho me irrita, mas por vezes, conforta. O silêncio é excitante, mas por vezes, irritante.

Estou confusa. Estou inquieta e nada parece mais me agradar. Olho em volta e não me sinto parte da paisagem. Quem sou ou no que me transformei?

Apelo à razão, ela me diz: "você só deve continuar"!
Apelo ao coração, ele me diz: "ame, sem se cobrar"!

Há muita confusão dentro de mim! Por que as vidas são tão distintas? Somos marionetes, robôs ou algo menos mecanizado? A loucura está se apoderando de mim? Onde estarão as oportunidades de apenas viver, curtir, sem se dar conta do amanhã?

Olhar o passado e ver o que vivi e construí me deixa feliz e ao mesmo tempo frustrada. Tanto fiz para chegar num final enfastiante. Estou confusa. Todos se sentem assim, presos a armadilhas da vida? Alguns se preocupam tanto em destruir vidas alheias com fofocas, intrigas, reportagens, que talvez não tenham tempo de olhar suas próprias falcatruas e condutas sem éticas.

Deixei de ver noticiários, me sinto cansada da maldade. Me sinto desgostosa com o ser humano. Não sou melhor  que ninguém, mas não quero fazer parte dos que crescem às custas da infelicidade alheia. Me enoja esse mundo sem escrúpulos e usurpador. Saí das redes sociais por cansar dos comentários medíocres e puxa-saquismos que externam pessoas carentes e muitas vezes querendo ser aceitas, ganharem pontos como queridas e aplausos como diplomáticas. 

Façam-me o favor! Se sou anti-social? Talvez, pois se ser social é fazer parte de um mundo mundano, prefiro me retirar e construir meu próprio mundo. Risadas fingidas, palavras soltas caçoando de alguém... isso é sinônimo de diversão? Isto para mim é tolerância zero.

Minha confusão mental me diz que cheguei num ponto de não fazer mais parte disso tudo, porém vivo isso tudo. E agora, o que preciso fazer para ter uma vida mais leve e honestamente sincera?

A resposta está trancada ainda em mim. Talvez a chave tenha se perdido, talvez se abra apenas com o desfalecer da minha alma.


NAMASTE

 

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