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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

sexta-feira, 28 de junho de 2019

OS TONS DA VOZ

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)




Por alguma razão, fomos criados com volume na voz. E o utilizamos conforme a ocasião. Todos esses sons que transmitimos tem uma energia e potência. E cada um sintoniza um tipo de canal e sentimento.

Pessoas agitadas, egocêntricas e muitas vezes inseguras, costumam utilizar um volume mais alto na voz, pois precisam impor e ser ouvidas. Mas os tons altos também servem para divulgarmos ensinamentos para muitas pessoas, entusiasmo por alguma surpresa ou acontecimento e para externar dor insuportável. Parece que se não gritarmos, os outros não se compadecerão ou não ligarão para o que estamos sentindo.

Pessoas suaves e que aprenderam a ouvir e esperar a vez de falar, tendem a um tom de voz mais ameno, mais baixo. Elas simplesmente querem interagir, sem precisar manifestar-se de maneira abrupta.

Para o mental, o costume de viver com pessoas que sabem falar num tom mais afável, faz uma grande diferença. Talvez gritos e sussurros façam parte do cotidiano de todos. Enquanto alguns brigam, não só entre si, mas com o mundo, já que o tom de voz é estridente e irritante, outros brigam apenas falando, discutindo a nível civilizado. Quem convive com essas últimas pessoas, com certeza tem uma vida melhor. Aprendem a agir sem impulsividade, são menos estressados e controlam seu tom de voz, por puro costume.

O interessante é que pessoas que se dizem "educadas", normalmente falam baixo quando estão em público, porque tem medo de se expor, te passar vergonha ou de chamar a atenção. Porém, dentro de seus lares esquecem completamente as normas da educação e pensam que o volume alto da voz faz alguém mudar atitudes. O que isso faz é causar medo e raiva e esse sentimento não tem nada a ver com educação.

Lares e pessoas que gritam, ao invés de conversar em tom baixo, são lares perturbados, onde  parecem fingir para eles mesmos algum tipo de liderança para se sentirem confiantes em seu próprio curso da vida. Normalmente interrompem a fala dos outros ou os desdenham, pois tem muito medo de ouvir verdades. Não dão oportunidade do outro se expressar e dar sua opinião.

É óbvio que, para algumas ocasiões, se não elevarmos o tom de voz, algumas pessoas não darão o valor e atenção necessários para o assunto em questão. Mas isso não pode se tornar algo constante. Um lar, ambiente de trabalho ou reunião de amigos onde existe alguém que insiste chamar a atenção através do tom de voz é algo tão perturbador, que se notarem, muitas pessoas se retiram sorrateiramente para auto defesa do seu mental.

Aliás, a energia das palavras é tão forte que mexe com nossa estrutura. Daí vem as mágoas, as feridas da alma e do corpo físico. E quando a palavra é gritada, torna-se pior. Duvido que alguém não se lembre de algum momento de suas vidas onde ouviu em tom alterado alguma estupidez e que isso não tenha marcado para sempre. É porque essa energia é ruim, pegajosa e maldosa. Pessoas más sabem disso e adoram usar este método. Só que não se lembram que o que vai, volta. Energia é energia e percorre o universo. Em algum momento, elas estarão no lugar certo e na hora certa para captar sua própria maldade.

A vida tem etapas definidas e em cada uma delas vamos aprendendo e ensinando. Mas é na maturidade mais avançada que temos a certeza de que gritos não levam a nada, a não ser mais dor. E como as pessoas que sabem conversar e discutir em tom baixo são interessantes e atrativas! É uma pena que descobrimos isso tarde demais, pois já passamos pela fase em que fazemos questão de nos impor ao mundo de alguma forma, gritando.

Sabem aquela velha frase que dizemos "de mim ninguém tira pedaço" ou " eu não levo desaforo para casa"? Já perceberam como afeta nosso corpo quando presenciamos brigas em tons altos, gritos e palavras rudes ditas com sentimentos de ódio e maldade? Nos sentimos mal, pois a energia que não vemos, está irradiando para todo lado. Isso é o que se chama de consciência coletiva. Os mais fracos acabam fortalecendo essa energia de raiva e os mais fortes, normalmente apaziguam.

Ao mesmo tempo, quando vemos pessoas falando baixinho, sorrindo uma para a outra, ou numa conversa bacana e amigável, logo queremos fazer parte daquilo tudo. A energia é sedutora. Isso faz bem para a saúde emocional, física e espiritual.

A vida poderia ser bem melhor se apenas ignorássemos quem insiste em destruir nossa calma. E, se ao invés de inflamarmos sentimentos de mágoas, rancores e raivas em nós, dispensássemos mais energia para amar e buscar nossa paz interior. Cada um deve saber o que cultiva dentro de si. Ninguém é responsável pela horta interior do outro. Mas somos responsáveis por destruir nos outros a fé num mundo melhor. Se plantarem algo ruim em nós, cabe a lição de que temos que arrancar as ervas daninhas e plantar flores. Pois é nosso corpo, nossa vida e só nós que poderemos cuidar de nós.

Deixemos de ouvir gritos, mostrando a quem grita que sabemos falar mais baixo. Se isso não funcionar, apenas nos retiremos e deixemos quem insiste na loucura, a gritar sozinho. Isso se chama respeito ao próximo e à sua própria divindade.

NAMASTÊ








 

quarta-feira, 26 de junho de 2019

EMPODERAMENTO

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

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Sou mulher, mas confesso que às vezes algumas atitudes feministas me irritam profundamente. No mundo atual ouço muito esta palavra: poder. E dela vem todas as outras como poderoso e empoderamento, no sentido de dar a si mesmo o poder.

Tenho percebido pessoas que querem a todo custo ter o controle. Se fosse só de suas vidas, talvez não preocupasse tanto. Mas é controle sobre a vida dos outros. Isso é típico de pessoas que necessitam urgentemente dizer para si mesmas que o mundo está em suas mãos, que são equilibradas e que nada as detém. Pura balela!

Analisando tais pessoas, vemos irritabilidade constante, não sabem conversar, apenas discutir. Isso sem dizer que alteram sua voz para que todos saibam que tem poder e que nada as afeta. Na verdade são pessoas insuportáveis, chatas e cansativas. Insuportáveis porque não se consegue ter opinião perto delas, sem que elas insistam que a maneira como pensam é a correta. Ou seja, não respeitam ninguém. Chatas porque é difícil estar com delas, já que a energia fica tensa. E cansativas, porque quem preza seu equilíbrio e vontade, prefere não estar ao lado de alguém repetitivo e sugador de energia.

Muitas mulheres, hoje em dia, talvez por mudanças radicais no comportamento, são assim. Não pense que os homens também estão livres desses títulos. Há os que são tão competitivos que nos fazem sair de fininho de suas companhias.

Tem pessoas que porque se sustentam e se saem um pouco melhor que outras, acham que sabem tudo, fazem tudo com mais perfeição e ainda, de sobra, adoram sorrateiramente humilhar os outros.

Acredito que o poder está em saber conduzir sua vida de forma a não atrapalhar como o outro quer conduzir a própria vida. É óbvio que podemos aconselhar, mas isso é diferente de impor. E tem pessoas que não aceitam que outras gostem de colorir. Acham que todos tem que ser preto e branco.

Aceitar opiniões, ouvir, discutir sobre assuntos é uma arte que poucos conseguem vivenciar. Normalmente, o que se vê são pessoas frustradas por não serem ouvidas e outras fingindo que são felizes porque impõe suas vontades.Fingindo, sim. Porque na verdade essas pessoas que se dizem "poderosas" são as mais iludidas. Se você pudesse ser uma mosquinha e caminhar ao lado delas, conheceria o verdadeiro Eu delas e suas vidas. São pessoas estressadas, infelizes no amor, confusas e cheias de medo. Muitas delas tem doenças somáticas, porque por fora são uma coisa e por dentro outra.

Talvez todos já passaram ou passam por este momento de querer ser o rei ou rainha do pedaço, se sobressaindo profissional, financeiramente ou socialmente. Alguns pisam em outros sem dó, nem piedade, outros são as próprias "maria vai com as outras", ainda sem definir sua própria personalidade. Porém, o que faz o mundo melhor é a eterna busca pelo autoconhecimento. A gente vai aprendendo a tornar a vida mais leve, seja ela de sucesso ou obscuridade.

Acontece que muitos não conseguem suportar a dor de ser apenas mais um. Precisam veemente fortalecer o ego. Não conseguem ouvir, precisam falar. Não podem apenas olhar, tem que ser vistos. Não sabem agradecer, precisam sentir o agradecimento dos outros a tudo que fazem.

O verdadeiro poder não está em gritar ou querer comandar tudo ao seu redor. Está em saber ser feliz. Mas ser feliz de verdade, sem pesos. Deixando de ouvir o que não vale a pena, deixando de falar o que não levará a nada e deixando para trás coisas e pessoas que não merecem nosso respeito, nossa atenção e nossa amizade.

Isso torna a vida leve e poderemos conduzir nosso caminho sem querer provar nada a ninguém. Não interessa a quantidade, mas a qualidade das coisas. Podemos ser ricos e leves. Podemos ser pobres e satisfeitos. Tem pessoas que simplesmente não entendem isso. Porque a cada dia surge o sol e com ele vem o que chamamos do verdadeiro empoderamento: a liberdade de pensar e decidir que vida queremos ter e ser.

Portanto, fique longe de quem te oprime e não deixa que você se torne única e exclusivamente a pessoa que você é. Busque sempre quem não se considera todo poderoso, pois na verdade há somente uma energia que é assim: Deus! O resto é carne e osso em forma de idéias e opiniões que um dia deixarão de existir.

terça-feira, 25 de junho de 2019

O TEMPO CERTO

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

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O que é o tempo certo?
É o que eu acho que tem que ser ou o que você gostaria que fosse?
Parece que tudo é relativo neste mundo. Há muita opinião e teoria para poucas verdades.

A incapacidade de lidarmos com todo o potencial de nossa mente, nos faz desconfiados ou iludidos.
A questão é que não nos damos conta do que realmente existe além de nós e de nossas atividades diárias. Ficamos focados na sobrevivência do corpo e dos desejos e pouco nos importamos com a alma.

E, onde exatamente a alma se aloja? Como somos seres de energia, quanto dessa energia vamos perdendo no decorrer da caminhada? Todas essas perguntas sem respostas nos fazem vítimas do que chamamos de tempo. Por algum motivo ele nos aprisiona e até certo ponto nos transforma em pessoas ansiosas e cheias de expectativas.

Então, talvez para aliviar um pouco toda essa tensão, criamos certos limites para tudo, e se por algum motivo aquele fato ultrapassar ou reajustar esse limite, inventamos justificativas para aliviar os sentimentos de surpresa, dor ou indignação.

Para esclarecer melhor, podemos citar o casamento, onde se impõe o famoso "prometo até que a morte nos separe". Por que a morte teria que ser a justificativa para uma relação que não dá mais certo? Ao invés disso, deveríamos apenas dizer que amaremos no tempo certo, para que tudo seja perfeito e bom.

Na saúde, por exemplo, dizemos que a pessoa tem que ter o tempo certo para se recuperar. Como somos prisioneiros do tempo, nosso corpo se deteriora dia após dia. Dentro de nós existe uma vontade absurda de sermos eternos, de controlarmos esse desgaste. Não sabemos se em outras dimensões isso é possível, mas aqui não. Parece que algumas informações ditas espirituais, ensinam locais para ajudar a saúde a ser mais equilibrada e o envelhecimento ser mais lento. São fontes termais, baseadas em determinados elementos químicos.

E qual seria o tempo certo para existir? Se realmente existe a reencarnação, me parece que a existência é longínqua, não sei se infinita. Mesmo estando com outra roupagem, a alma perduraria.

Qual o tempo certo para recebermos as dádivas do universo, de acordo com a física quântica? Citar números, focar no que se deseja realmente atrai para nós os nossos sonhos? Teriam, algumas pessoas, mais força ou poder sobre essa fonte de energia da abundância? Porque nos parece um pouco desequilibrado o mundo em termos de necessidades e sonhos. Só o fato de questionarmos e não depositarmos toda a fé prejudicaria esse ganho?

Temos o tempo certo para amar, para perdoar, para melhorar, para compreender, para nos restabelecer, para modificar, para mudar. Lembra do limite imposto para que cada coisa seja realizada? Pois bem, esse limite é apenas uma linha tênue que inventamos para que não fracassemos e desanimemos ao longo da caminhada. Porém, se for necessário ajustarmos essa linha para mais ou menos para que a vida se torne mais leve, isso pode ser feito.

O que acontece, às vezes, é que antecipando fatos, outras energias que seriam encontradas estarão perdidas. E, se prolongando a linha limite, o mesmo poderá acontecer, ou seja, um desgaste energético para fatos que já não podem mais trazer nada de útil ou bom. Nossa mente foi educada para seguir regras. E quando se quebram algumas, existe muita agitação em torno de quem resolveu mudar os limites.

Até mesmo esses textos são lidos por cada pessoa no tempo certo de cada uma delas. Algumas aprendem, outras desdenham e outras ainda começam a pensar de modo diferente. O tempo certo é o momento em que as coisas e pessoas desabrocham. A natureza dá frutos na estação certa. Porque o mundo é um conjunto de energia, tempo, espaço e vida.

Se notarmos que as coisas não estão acontecendo como deveriam, talvez estejamos prolongando demais o limite. Quem sabe não seja o momento de novamente jogar os dados e tentar uma combinação maior? Não há tempo certo para quem, incessantemente, busca. Mas há um tempo certo para definir como querer realmente viver no aqui e agora.

NAMASTÊ

segunda-feira, 24 de junho de 2019

HELENA - A ETERNA MENININHA

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)



Hoje quero escrever sobre minha segunda neta. Amanhã ela fará seis anos e é um verdadeiro "biscuit". Dei esse apelido à ela desde que nasceu, pois era miudinha. E continua assim. Mas ela é um doce de menina, peculiar, diferente da irmã que é mais tímida.

Helena tem estrutura pequena, olhos verdes e cabelos loiros. É uma bonequinha. Sua pele branca e cílios enormes são incrivelmente lindos. Eu a amo de paixão. Ela é daquelas crianças agitadas, que falam sem parar e querem atenção e companhia para brincar e a ouvir contar suas histórias.

Desde que começou a falar, ao passear com ela, cumprimentava a todos na rua, até o homem que estava lá em cima no poste consertando alguma coisa. A Helena sempre me chamou a atenção, porque ao olhar para ela sinto uma energia diferente. Minha vontade é de abraça-la forte, mas  é impossível ficar grudada à ela por muito tempo. Logo se desvencilha, querendo despistar, chamando a atenção para outra coisa.

Tem vozinha fina e é toda delicada. É extremamente inteligente. Às vezes, nos surpreende com frases ou comentários que não seriam de uma criança desta idade.


A Helena tem um coração imenso e talvez seja essa energia de puro amor que sinto quando olho para seu rostinho. Nunca esquece de repartir ou oferecer algo à irmã. É muito sincera e fala o que pensa, constrangendo as pessoas em determinada hora. Sabem aquela sinceridade que só as crianças tem e que chamamos de naturalidade? Pois é, a Helena é assim.... maravilhosa!

Para falar a verdade, vejo muito de mim nesta pequena, em termos de ser a segunda filha e ter seu mundo próprio. Sempre me senti assim. Adoro observar como ela brinca com suas bonecas, conversando com elas e criando um universo só delas. É bem verdade que, pela agitação dentro de sua pequena alma, não consegue focar em histórias ou coisas que demandem atenção.

Amo observar minhas netas, pois cada uma tem um jeito especial de ser e conduzir suas vidas. Eu admiro essa pequena pela força, criatividade e mente brilhante. Quando tenho tempo, alegro muito minha alma observando as meninas. A Helena tem um sorriso largo e às vezes emburra por causa de risadas dos outros. Eu era assim e até hoje não gosto de piadinhas sem graça e deboches. Se não fazemos isso com os outros, não queremos que façam conosco.

Talvez a gente vá envelhecendo e quando temos a felicidade de sermos avós, Deus nos manda um ser muito parecido conosco em personalidade, para que possamos refletir mais sobre nós mesmos, aprendendo um pouco mais e quem sabe, ensinando a este pequeno ser quais os erros que cometemos para que eles não façam o mesmo.

A vida é algo incrível! Sabe-se lá qual é realmente a função ou não de tudo isso. Mas viver questionando também não nos levará a nada, a não ser frustração. Então, nada há a se fazer a não ser aproveitar cada momento que temos como uma dádiva divina.

E a Helena é uma dessas dádivas. Ela é deliciosamente gostosa de pegar no colo e apertar. E ouvi-la dizer a todo momento que eu sou a melhor, mesmo sabendo que ela diz isso para todos, faz meu coração se encher de esperança pela vida e por tudo que sou e tenho. Afinal, como diz meu filho, a gente não precisa de muito para ser feliz, pois a felicidade não está em ter e sim em ser.

Esta semana é dela, da Heleninha! E peço ao bom Deus e nosso Pai que a envolva em sua maravilhosa luz dourada de proteção, para que ela seja sempre abençoada nas palavras, nas atitudes e continue com esse coração incrivelmente lindo. Que seu caminho seja suave e puro, que sua mente seja brilhante e traga para o mundo boas idéias e que sua vida seja plena de luz.

Um dia, minha neta, quando eu não estiver mais aqui neste mundo, saiba que eu te amei intensamente e que você está me ensinando a ser melhor, cada vez que eu te vejo e te encontro.  Te amo menininha da vovó!

Seja muito feliz e eu sempre serei feliz...

FELIZ ANIVERSÁRIO LELÊ


segunda-feira, 17 de junho de 2019

DIAS RUINS

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

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Dias ruins são assim...

A gente nem quer levantar.
E, se levanta, dá uma topada no canto da cama.
Quando vai tomar banho, ele dá um curto e você acaba rapidinho com o que resta da água morna.

Dias ruins continuam assim...

Sai correndo, porque se atrasou devido à preguiça de levantar e perde o ônibus.
Respira, senta e se concentra no celular,
tanto que não vê o próximo ônibus passar.
Tem que gastar num particular.

Dias ruins parecem não ter fim...

No trabalho, clientes não aparecem ou chefe que chega azedo implicando com algo.
Queima a boca com o café muito quente.
Percebe que a roupa está rasgada em algum lugar.
O sapato aperta o dedinho.

Dias ruins vão além da conta...

Ao sair despenca um temporal e esqueceu de trazer o guarda-chuva.
Consegue enfiar o pé numa grande poça d'água,
sem notar o carro que joga água em você debochando da sua raiva.
Ao tomar o ônibus, lotado, sem nenhum lugar para se sentar,
vai sacolejando de um lado pra outro, encharcada.

Dias ruins são inimigos da paz...

Chega em casa, cansada e lembra que o banho quente não vai rolar, a não ser de canequinha.
Coloca algo para esquentar e esquece no fogo... torra!
Decide comer biscoitos e estão amolecidos. Vai assim mesmo!

Dias ruins tem 24 horas...

E o cansaço insiste em se pendurar nos olhos.
Vai deitar, acolhida pelo edredon. Sente-se mais segura.
Mas o vizinho resolve fazer uma festa e a música começa alta quando pensa em dormir.
Fazer o que? Lembra-se de rezar, pensar que está numa grande nuvem afofada de amor e paz.

Dias ruins simplesmente se vão...

E mesmo assim você agradece, porque mesmo sendo ruim,
o dia te lembra que existe uma saída chamada DEUS!
E Ele te mostra que tudo aquilo foi um modo para que não tomasse outra direção...


NAMASTÊ

CONFUSÃO MENTAL

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)


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Acordo, olho em volta e me pergunto:
- O que faço aqui? O que exatamente é minha vida?

Mecanicamente, a rotina diária de tudo que se faz pela manhã, faz com que algo tenha sentido.
Mas, o que está dentro de mim continua confuso. Não há uma lógica, pelo menos para mim.

Assusta-me o futuro. A vida parece ter mais lógica quando estamos plenos.
E o que seria a plenitude?
Talvez amar e se amado?
Talvez não se preocupar com dinheiro?
Talvez ter uma saúde e vontade exuberante?

Algumas coisas me irritam tanto, que às vezes tenho vontade de fugir do mundo, das pessoas, dos assuntos que instigam fofocas. Não sei se estou ficando farta de mesquinhez jornalísticas, de politicagem, de estar a mercê de estradas que não quero andar.

A cabeça está no corpo físico, mas a mente parece não fazer mais parte deste plano. Me sinto só, mesmo com pessoas. O burburinho me irrita, mas por vezes, conforta. O silêncio é excitante, mas por vezes, irritante.

Estou confusa. Estou inquieta e nada parece mais me agradar. Olho em volta e não me sinto parte da paisagem. Quem sou ou no que me transformei?

Apelo à razão, ela me diz: "você só deve continuar"!
Apelo ao coração, ele me diz: "ame, sem se cobrar"!

Há muita confusão dentro de mim! Por que as vidas são tão distintas? Somos marionetes, robôs ou algo menos mecanizado? A loucura está se apoderando de mim? Onde estarão as oportunidades de apenas viver, curtir, sem se dar conta do amanhã?

Olhar o passado e ver o que vivi e construí me deixa feliz e ao mesmo tempo frustrada. Tanto fiz para chegar num final enfastiante. Estou confusa. Todos se sentem assim, presos a armadilhas da vida? Alguns se preocupam tanto em destruir vidas alheias com fofocas, intrigas, reportagens, que talvez não tenham tempo de olhar suas próprias falcatruas e condutas sem éticas.

Deixei de ver noticiários, me sinto cansada da maldade. Me sinto desgostosa com o ser humano. Não sou melhor  que ninguém, mas não quero fazer parte dos que crescem às custas da infelicidade alheia. Me enoja esse mundo sem escrúpulos e usurpador. Saí das redes sociais por cansar dos comentários medíocres e puxa-saquismos que externam pessoas carentes e muitas vezes querendo ser aceitas, ganharem pontos como queridas e aplausos como diplomáticas. 

Façam-me o favor! Se sou anti-social? Talvez, pois se ser social é fazer parte de um mundo mundano, prefiro me retirar e construir meu próprio mundo. Risadas fingidas, palavras soltas caçoando de alguém... isso é sinônimo de diversão? Isto para mim é tolerância zero.

Minha confusão mental me diz que cheguei num ponto de não fazer mais parte disso tudo, porém vivo isso tudo. E agora, o que preciso fazer para ter uma vida mais leve e honestamente sincera?

A resposta está trancada ainda em mim. Talvez a chave tenha se perdido, talvez se abra apenas com o desfalecer da minha alma.


NAMASTE

 

quinta-feira, 13 de junho de 2019

TRANSPARÊNCIA

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

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Quando pensa em transparência, o que vem em sua mente? Algo que se pode enxergar através, talvez. Ou verdades sendo ditas, não é mesmo?

Já pensou em quão transparente é em sua vida? Você demonstra realmente seu amor, o quanto gosta da pessoa e o quanto ela lhe faz falta? Você fala sobre seus sentimentos, expõe sua raiva, seus conflitos, ou prefere deixar tudo quieto dentro de você?

Este tema é complicado, visto que as pessoas nem sempre são sinceras e realmente torcem pela sua vida. Então, preferimos esconder o que tem dentro de nós para não nos expormos e passarmos por medíocres, idiotas ou descontrolados. Muitas vezes, as palavras vão até a abertura da boca e ali voltam para a garganta. Não temos coragem de falar.

Quantos de nós já se arrependeram por perder o momento de dizer o que se pensava? O problema é que existem dois lados da moeda em ser transparente. Um deles é a sinceridade excessiva, o que pode causar afastamento das pessoas. Mas, será que ser sincero é algo ruim? As pessoas vivem jogando seus venenos no ar e não podemos devolvê-los com nossas verdades?

O engraçado é que se reagimos somos estúpidos e se nos calamos, provavelmente teremos que trabalhar nossa raiva e frustração em algum terapeuta, por nos sentirmos trouxas. Infelizmente, algumas pessoas acham que elas podem dizer o que pensam, sem serem retalhadas ou receberem algum retorno. E, quando a transparência de nossos sentimentos são externados, elas se assustam, pois estão acostumadas com o controle das situações.

Outro lado da moeda é que podemos ser transparentes sem sermos grosseiros. Talvez com um simples gesto de negação ou surpresa, talvez de espanto ou indignação, conseguimos demonstrar que não ficamos satisfeitos em ouvir tais palavras.

A pessoa transparente é aquela que tem reações físicas imediatas. Demonstra não gostar do que ouviu e viu e pode até reagir, mas não necessariamente. Se for bem resolvida, apenas mostra o que sente para que a outra saiba que não aprovou e segue com sua vida. Conforme a questão, pode deletar, como também pode sair da vida da pessoa.

Já repararam como os cristais são transparentes, mas tem filamentos, riscos que os preenchem? E quanto menos riscos eles tem, mais puros são. Talvez sejamos assim, cheios de riscos, de situações engasgadas dentro de nós. Não somos totalmente puros, nem totalmente insanos. Temos brilho, temos valor. Alguns mais, outros menos porque ainda precisam de tempo para se purificar.

A questão é que é muito complicado para nós demonstrarmos nossa insatisfação ao ver, ouvir e sentir coisas que nos afetam emocional e fisicamente. Se temos medo de perder amizades ou pessoas, devemos analisar o quanto vale essa amizade ou pessoa que nos causa males. E, se ainda assim quisermos ter essas pessoas em nossas vidas, precisamos, aos poucos, ir nos acostumando e acostumando elas de que temos sentimentos e opiniões. E que valorizamos isso, externando-os quando necessário.

Infelizmente, algumas pessoas sairão de nossas vidas. Em compensação, estaremos abrindo espaço para novas amizades, conversas e oportunidades. O que atrasa nossas vidas é o medo de perder. Precisamos saber que o que nos move para a frente é a vontade de ganhar. E todos temos esse potencial.

A transparência pode ajudar relações a melhorarem, já que o silêncio também prejudica. Nele, entramos em terrenos sombrios de frustração e decepções. Falar e demonstrar o que sentimos fará o outro refletir e quem sabe, seja uma grande lição de vida para ele também. Poderá melhorar e ficar mais atento ao que esteja representando como ser humano.

Não é fácil ouvir verdades, mas precisamos ouvi-las para crescer como almas. Não é fácil dizer verdades, mas precisamos dizê-las para termos saúde mental, física e espiritual.

NAMASTÊ

quarta-feira, 12 de junho de 2019

O DIA DO AMOR

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)




Hoje, ao sair do carro, minha filha gritou: - Feliz dia dos namorados! Daí me dei conta que hoje não é só o dia dos namorados, mas o dia do Amor. Então resolvi escrever sobre este sentimento que move o mundo em todas as direções. Estou falando do AMOR verdadeiro. Aquele que simplesmente flui. Não esse sentimento que todos pensam que tem e que deveria ser retribuído na mesma intensidade pelo outro.

Por que o amor é inexplicavelmente bom e singelo. Ele não obriga ninguém a te amar, apesar de acharmos que deveríamos ser amados na mesma, ou até em maior proporção. Mas esse não é o verdadeiro amor. É um sentimento de posse e controle. De carência e ego sem estima.

O amor simplesmente é... amar! E amar é sentir-se pleno ao ver a pessoa que amamos sorrir. Porque o sorriso dela nos traz paz.

Amar é ficar extasiado com a felicidade de quem amamos. Porque a alegria dela enche nosso peito de satisfação.

Amar é sentir uma paz interior mesmo estando longe de quem amamos. Porque conseguimos enviar aquela pessoa só energias boas, pensamentos positivos e sensação de bem-estar.

Não precisamos provar que amamos através de presentes, porque esta pessoa sempre se sentirá cuidada, apreciada e lembrada. Porque amar é tão etéreo que fica fora de coisas físicas.

Tudo que exigimos é pura satisfação egóica, para que tenhamos a certeza que fazemos parte daquele coração. O dia do amor foi criado justamente pensando nisso. Que as pessoas gostam de alimentar seus egos com presentes e mostrar como amam ou são amadas pelo tamanho do pacote. Não é por aí. Existe muito mais envolvido neste sentimento do que simples pacotes com laços bonitos.

O amor é algo a ser aprendido dia a dia, através de todas as diferenças e indiferenças, dos humores e impaciências, das lutas e união. O amor se demonstra a cada gesto e palavra, a cada olhar e toque. Presentes satisfazem (mais uma vez) nosso ego. Precisamos contar o que ganhamos. E, se não foi exatamente o que queríamos, arrumamos desculpas para justificar o momento.

E quantos se esquecem de que o amado deixou de fazer o que gostava para nos ajudar, ou que simplesmente deu o último pedaço de bolo ou carne para nós, mesmo estando com vontade? Quantos não agradecem a simples xícara de café já preparada e o pãozinho feito? Quantos acham que é obrigação seu amor deixar o chuveiro quente ou vir te cobrir no sofá?

As pessoas deveriam ser mais gratas e menos cobradoras. Viver com alguém não é tão fácil. Existem duas cabeças em diferentes corpos, educadas e criadas em diferentes casas, tentando ajustar suas idéias e sonhos dentro de uma vida a dois.

Quantos dizem amar e nem se lembram do bom dia ou do beijo ao sair? Quantos esperam seu amor estar junto à mesa para iniciar e terminar a refeição? Quantos fazem uma surpresa e trazem de vez em quando um agrado ou arrumam a bagunça do parceiro sem que ele peça? Quantos surpreendem com um abraço ou cedem seu tempo para simplesmente te olhar? E muitos nem reconhecem tais gestos.

Falar em amor e dizer que ama é fácil. Demonstrar esse amor através de atitudes diárias não precisa de talento, mas de AMOR. O que atrapalha esse sentimento é o egoísmo e o orgulho. Algumas pessoas pensam que não precisam demonstrar amor fazendo favores. Mas é através da ajuda, do acolhimento, do carinho pela vida do outro que amamos. Cuidar é uma forma de amar das mais lindas existentes.

Amar não é fazer nada por obrigação, mas porque se olha e enxerga a necessidade no outro de ser ajudado, de ser admirado, de ser conquistado. E a alegria que transborda dos olhos de quem amamos nos enaltece, nos faz crescer como seres humanos e nos alimenta o espírito.

E não estamos só falando do amor entre homem e mulher, mas todos os tipos de relacionamentos. Devemos nos sentir apaixonados quando encontramos a pessoa que amamos, devemos nos sentir sem ar de tanta felicidade por saber que quem amamos está feliz, está em paz, está no caminho certo. Ao menor sinal de ciúmes e inveja quando nos contam sobre novidades boas, devemos observar se realmente amamos. Porque amar é desejar sempre o melhor.

Então, não olhe seu presente, olhe os olhos de quem te ama. Veja se há brilho, senão tente fazer brilhar. Não agradeça com um beijinho, mas com um abraço enorme. Sinta o cheiro da pessoa. Toque seus cabelos, seu rosto. E perceba a quanto tempo não faz isso. Seja inspirador, seja grato.

Não é fácil chegar no patamar do amor incondicional, porque temos que aprender a nos amar antes de tudo. E quando realmente nos amamos, sabemos que não precisamos ter ninguém grudado em nós. Podemos simplesmente amar, mesmo que essa pessoa esteja ou não em nossas vidas. Saberemos o quão gratificante é a vida sem nós (de laços), mas com nós (de companhias). Porque o que atrai é a liberdade que nos foi dada para amar...

NAMASTÊ

 

quarta-feira, 5 de junho de 2019

PERGUNTAS SEM RESPOSTAS

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

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Quando olho lá de cima e vejo a Terra tão pequena num universo sem fim, me sinto tão minúscula e insignificante perante tudo, que me pergunto se realmente existe uma finalidade para tudo. Tem alguém cuidando dos meus passos e ações, ou estou jogada, à mercê de alguma onda energética?

Talvez nunca tenhamos nos dado conta do que somos perante a grande vastidão. Talvez nem se importe com isso. Mas as perguntas sem respostas fazem parte de um amadurecimento, ou de não se ter o que fazer e pensar?

Às vezes, olho para mim, preocupada com meu corpo e excessos que porventura acabe tendo. E, no minuto seguinte, questiono sobre minha própria sobrevivência. Até quando estarei presente na visão das pessoas? Elas se importam com o que sou, com o que ando comendo ou como me apresento? Elas "realmente" se importam ou estão sugestionadas também pelo hipnotismo marqueteiro?

Vejo o desespero estético tomando conta de todos, sem realmente se interessar na própria missão ou passagem por este mundo. Parece que a estética deve ser uma prioridade, já que não vejo imagens de mestres gordos. Eles são sempre lindos, perfeitos. E talvez seja esta a palavra: perfeição! Mas, o que é a perfeição? A tempos atrás eram pessoas rechonchudas, hoje são peles sobre ossos.

Já me questionei se as pessoas que se diferenciam pela incrível beleza "natural" não seriam anjos na Terra em forma humana. Chamam a atenção, paramos para admirar e enfeitam a paisagem.

Quem realmente cuida deste planeta e das pessoas que aqui vivem? São extraterrestres ou seres disfarçados que vivem entre nós? São tantas informações e especulações que estão surgindo, mas ainda sem respostas decisivas. Uma pergunta que talvez tenha resposta: será que preciso arrumar mais ocupações para minha mente não ficar tão livre?

Talvez seja por isso que a humanidade está tão ocupada. Para não ter tempo de pensar. Talvez ficássemos loucos ou descobríssemos a realidade de tudo.

Diversos livros são escritos explicando nossas perguntas quanto à alma, nossa missão, de onde viemos e para onde vamos. Mas não é um manual assinado por um responsável. Apenas especulações ou as chamadas psicografias. O uso da nossa fé faz com que aceitemos determinadas situações e coisas. Mas são perguntas sem respostas concretas. Ou será que estou questionando ao invés de apenas acreditar?

Ninguém nunca parou para analisar tudo que acontece conosco? Ouvimos histórias de seres vivendo embaixo da Terra, dentro das águas, em vulcões, indo e vindo em espaçonaves, e por que não há uma divulgação e fotos destes fatos em amplitude? Medo de que a população enlouqueça, que haja um descontrole da humanidade? E o que está acontecendo hoje em dia com tantas mortes absurdas e pessoas sem juízo algum tomando conta de nações, fabricando armas de destruição e pensando o dia todo em como aniquilar pessoas?

Teorias de conspiração, projetos secretos, controle do clima, robôs do tamanho de insetos para espionagem, clonagens e todo o tipo de informação, ação e insanidades que estamos vivendo no sigilo, no silêncio e na obscuridade. Parece que só pensamos que temos controle de nossas vidas, mas na verdade não controlamos nem nossa fome.

Por que ando pensando nestas coisas? Talvez porque ande lendo e ouvindo muita coisa a respeito. E isso nos faz questionar e querer mais e mais saber se vale a pena a luta, o sofrimento, o choro, a alegria, o esforço. Não estou sendo negativista, só fazendo perguntas que talvez nunca saiba a verdadeira resposta.

Enquanto isso, tudo que nos resta é continuar pensando pequeno, se for olhar de fora da Terra. E essa energia que está presa em uma estrutura física, será lançada em algum lugar, mas também não sei o que será feito dela. Talvez existam pessoas que tenham a pretensão até de prender-se em um recipiente (como a mumificação), tamanho é o medo e a ansiedade de não ser mais nada um dia.

Pensar é algo livre. Então... pensemos!

NAMASTÊ