Total de visualizações de página

Pesquisar este blog

Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

segunda-feira, 11 de junho de 2018

VENTO MORNO DE OUTONO

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

Resultado de imagem para VENTO MORNO DE OUTONO

Não se tem certeza da temperatura lá fora.
Aqui dentro, o ar gelado da casa após uma noite fria, nos deixa na dúvida do que vestir.
Espiando pela janela, o vento balança as folhas das árvores sutilmente.
E, ao olhar para o céu de outono, às seis horas da manhã, a escuridão ainda administra as cores.

O jeito é vestir-se para o frio, com perspectiva de sol ou chuva. 
Quem mora em Curitiba, sabe do que estou falando. Ora o tempo abre, ora escurece e esfria.

Mas, ao sair de casa, a claridade da manhã já se faz presente. E posso observar o céu azul claro, com a linda lua minguante ainda a enfeitá-lo. As nuvens rasgam o céu em formatos diversos. São poucas, mas alinhadas de forma interessante. Mas o que me chama a atenção é o vento morno. Não imaginava que estaria tão inefável. A vontade é ficar ao lado do meu cedro, apenas sentindo o balançar dos galhos, envolvendo-me calidamente.

A diversidade de tons e temperaturas da natureza é algo incrível. Temos que nos adaptar a elas. Mas a surpresa de um vento morno de outono, inesperadamente chegou e agradou. Hoje a temperatura não amanheceu tão baixa, estava em 14 graus. Mesmo assim, dentro de casa está mais frio que na rua. É delicioso sentir no rosto o vento morno, quando o corpo treme.

Quisera estar numa planície coberta de flores, ou na montanha ensolarada sentada em uma enorme pedra, apenas sentindo o vento morno de outono. Ouvir o som do universo em suave melodia com o chiado das folhas e o bater de asas dos pássaros dançando no céu. 

Não há nada mais belo que acordar para a vida que está ao nosso redor. Sermos gratos por toda essa abundância natural e bela que temos diante de nós. Não é questão de ir para um local lindo e despejar nosso cansaço e frustrações, mas de nos conectarmos com a essência, com a energia e com a beleza que está ao nosso redor. E respeitar aquele local como um santuário divino. 

É assim que vejo e me conecto com a natureza. Cada ação natural pode ser admirada, seja o sol batendo no mar e o fazendo brilhar, seja os raios cortando o céu numa noite escura e sinistra. Sentir a areia nos pés, o sereno no banco da praça, os cristais de gelo nos galhos das árvores ou o lindo arco-íris que se forma depois da chuva fina alcançada pelo sol. Tudo é incrivelmente belo!

Se você não desperta com esses sentimentos ao observar a natureza, deve estar faltando sensibilidade em você. E sensibilidade é algo tão bom, pois sentir a vida nos faz mais felizes e satisfeitos com o que temos. 

Um simples vento morno de outono pode tocar nossa alma e coração e é capaz de deixar o dia muito mais inspirador. A força parece tomar conta da gente, a alma fica mais leve e o amor parece brotar dos poros. Talvez o tempo que alguns tem para sentir isso seja curto, mas mesmo assim pode fazer desabrochar sentimentos únicos, que energizam qualquer espírito disposto a aceitar.


NAMASTÊ

Nenhum comentário:

Postar um comentário

CRÍTICAS, ELOGIOS, OPINIÕES E SUGESTÕES SOBRE A LEITURA OU O QUE QUER LER SERÃO MUITO BENVINDOS.