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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

O ESPÍRITO DE NATAL

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

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Alguém tem medo do espírito de natal? Porque ele chega devagarinho e invade nossas casas e corações. Vai tomando conta da situação, mesmo que a gente não esteja no clima. Não adianta fugir dele. Ele corre atrás de nós.

Mesmo os mais emburrados e frustrados com a vida podem se beneficiar da energia e criar um novo aspecto no pensar e agir. Quando somos crianças, o espírito de natal nos mostra o que significa a união da família ao redor de uma mesa e a troca de lembrancinhas. Crescemos, e já não nos importamos tanto com essa união, infelizmente. Alguns preferem reunir-se com amigos, outros saem em aventuras. Mas o espírito sacode o coração e sempre haverá uma certa culpa ou tristeza por não estar junto aqueles que são a família.

Estou falando de pessoas normais. Porque tem tantos tipos de pessoas neste mundo, com tantas formas de amar e de ser, que não se pode simplesmente dizer que tudo isso é uma regra. Apenas vejo isso todos os anos. E, quando se está na maturidade é que se percebe que deveríamos ter passado mais tempo ao lado daqueles que realmente amamos e que já não estão mais presentes no físico.

Às vezes, o espírito natalino passa meio longe da nossa casa e não sentimos tanta vontade de externar os sentimentos de paz e alegria. Apenas ficamos meio melancólicos, repensando sobre a vida, nossas ações e os relacionamentos. E acabamos sem sentir a presença verdadeira do espírito de natal.

Conta a lenda que um dia o Espírito de Natal bateu numa porta que vivia trancada. E bateu, e bateu e bateu... demorou muito para que a porta se abrisse em apenas uma fresta, suficiente para se ver os olhos de alguém. O Espírito perguntou se poderia entrar e imediatamente a porta fechou-se, num robusto bater. Como o Espírito de Natal nunca desiste de ninguém, resolveu novamente investir em seu desejo de entrar naquela morada.

Desta vez, a porta abriu-se mais do que uma fresta. O atendente parecia pronto a discutir e esbravejar pelo incômodo. Mas uma grande luz ofuscou sua visão e ele acabou por dar alguns passos para trás. Nesta hora, o Espírito de Natal aproveitou e adentrou aquela casa. Quando o morador conseguiu novamente visualizar ao seu redor, estranhou que sentia-se aliviado de alguma coisa. Era como se Deus passasse Sua mão sobre sua cabeça e tirasse dele a raiva, medos e angústias que vinham lhe afetando o humor e todas as suas relações na vida.

Lembrou-se que fazia muito tempo que não rezava. Seus temores o tinham tirado, inclusive, a fé. Resolveu ajoelhar-se e fazer uma oração que dizia mais ou menos assim:

"Pai, perdoa minha falta de fé. Deixei que minhas frustrações me desviassem cada vez mais do meu caminho. Me fechei, cortei pessoas de minha vida, busquei sofrer ao invés de rir, chorar ao invés de lutar, esmurrar ao invés de cantar. E esqueci que a leveza da vida e da mente, nos faz mais perspicazes. Minha teimosia me cega, não quero escutar conselhos, pois meu ego me protege das verdades que deveria ouvir. E agora, Pai, me sinto tão sozinho. Perdoa teu filho de não criar oportunidades de ajudar o mundo. Porque sei que ajudando o mundo, ajudarei a mim. Liberta minha alma de animosidades que me causam doenças e dores. Alivia meu espírito. Quero ser feliz, Pai!"

E, ao dizer isso, ouve a campainha. Estranha, pois há tempos que ninguém a toca. Seu aspecto emburrado e desconfiado, fizera as pessoas se afastarem. Mas se sente bem agora. E resolve abrir a porta e ver quem estaria lá fora.

E, ao fazer isso, tem a mais feliz surpresa! Amigos e familiares, preocupados com seu estado de desânimo e separação, resolvem lhe surpreender, trazendo comidas e enfeites para sua casa. Meio amedrontados, pois não sabiam como ele os recepcionaria. Mas ele se alegrou, seu coração se encheu de amor e felicidade. Convidou-os a entrar e ajudou na decoração de natal e nos preparativos da mesa. Até colocou uma música natalina. Haviam risos, abraços e uma paz imensa.

Não tinha nada para dar de presentes a ninguém. Não se preparara. Mas, antes de se preocupar com isso, alguém deixou escapar: - "Este é o melhor presente para nós, tio! Você abrir sua casa e nos acolher. Sentíamos sua falta nas festas. Muito obrigada"! E todos concordaram e brindaram.

E o Espírito de Natal irradiou tanta luz, que aquela casa, mesmo com problemas que todos tem na vida, nunca mais deixou de agradecer e abrir seu coração para as pessoas. E, quando houve essa compreensão, muitas coisas deixaram de ter sentido, abrindo as portas para novos horizontes e oportunidades.

Porque basta varrer para fora de nossas casas o que já não precisamos e só preenche espaços. E deixar livre lugares para serem preenchidos pela Luz de Deus!

Feliz Natal a todos!

NAMASTÊ

 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

HOMENS COM H

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

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Nós mulheres temos que agradecer aos homens, sim! Alguns são simplesmente espetaculares. Sabemos que tem um jogo de cintura enorme para aguentar nossas menstruações, nossas menopausas e nosso furor. Mas além disso, tem alguns homens muito especiais. Não sabemos determinar exatamente por que se diferenciam dos demais. Se tem a ver com a educação, com a índole ou talvez seja mesmo espiritual.

Os homens gostam e precisam mostrar aos outros homens que são viris. Isso é parte deles, sabemos disso. Eles se reúnem para falar de bobagens, de mulheres e do quanto são machos. Alguns até fazem papéis que na realidade e no íntimo não são. Só para "agradar" ao público masculino.

Porém, existem homens que, apesar disso tudo, são tão especiais no tratamento para com as mulheres, que sem dúvida, merecem este texto e esta página no meu blog. Em minha vida conheci muitos homens por causa de empregos, relacionamentos, clientes e familiares. Sou muito observadora. E tem alguns que se destacam em uma simples qualidade: respeito!

Não sei se todas as mulheres são iguais a mim que prezam muito essa qualidade. Acho que tem a ver com me sentir como um ser humano e não como uma carne na pradaria pronta a ser devorada. Tem homens que ainda moram nas cavernas. Não trabalharam em nada suas encarnações. Olham para as mulheres e vêem peças de fábrica que tem obrigações para com eles. Lamentável!

Mas quero falar dos Homens com H. Eles são aqueles que simplesmente tem dentro de si algo a mais. E a mulher que encontra esse tipo de homem, normalmente é feliz. É o homem que tem consideração pela mulher de antigamente e respeita a mulher atual. É o homem que não quer competir, mas proteger. É o que trabalha para o bem comum (como nós fazemos), e não somente para si. Lembra de ser gentil, de respirar fundo quando os nossos hormônios nos deixam enlouquecidas e respeitam nossas crenças e os momentos que precisamos ficar sós.

Alguns homens sabem ouvir e nos acalmar. Não querem sempre ter razão e, mesmo tendo, sabem ter flexibilidade incrível para nos acalmar e nos mostrar a realidade. Às vezes tenho pena de alguns desses homens, pela falta de valor que nós mulheres, damos a eles. Diz o ditado que só se dá valor quando se perde. Talvez seja por ai mesmo!

Homens com H são sensíveis, sim. E não se envergonham disso. Choram, se lamentam e buscam o colo quando precisam. Afinal, tem sangue nas veias e coração que também sofre e ama. Não vivem se escondendo atrás de deboches e ironias. São autênticos. Como nós, mulheres, somos cobradoras, eles acabam tendo uma " paciência de Jó ".  Alguns homens lembram o que significa compartilhar. E não é só o material, mas também toda ajuda que uma mulher necessita, afinal cuidamos da casa, cozinhamos, limpamos, damos a luz, amamentamos, corremos com filhos para lá e para cá, trabalhamos e nos esforçamos para que nos olhem como guerreiras, mulheres, não perfeitas, mas reais, cheias de vontade e de carinho.

Alguns homens lembram de nos elogiar, mesmo usando tamanhos maiores. Outros são tão meigos, que nunca esquecem uma flor num aniversário.

Homens com H se importam com si mesmos, sem exageros. São reais através dos sentimentos, não do corpo. Ninguém merece ao seu lado pessoas que só sabem falar de estética e dietas. A vida é tão fútil nisso. O gostoso mesmo é saber aproveitar a pessoa que nos faz rir, sentir a vida e nos sentir vivos. E daí se tiver uma barriguinha para a gente deitar a cabeça e ganhar um cafuné? E daí se for tão magro que as calças precisem de cintos mais apertados? O que importa é o que essa pessoa nos faz sentir e ser.

Homens com H não prejudicam as mulheres de forma alguma. Nem sexualmente, nem financeiramente, nem profissionalmente. Enxergam-nos como pessoas que também buscam, lutam e querem seu lugar no mundo. E respeitam isso! Não vêem o sexo como diferença para salários, ao contrário, enaltecem a pessoa, não o sexo. O direito está na capacidade e potencial, não no órgão sexual.

Homens com H são os que respeitam seus pais, sua família, sua casa. Jamais farão sexo com outra mulher na cama que dorme com a mãe de seus filhos. Pode até ter uma sombra obscura, onde guarda seus desejos só para si. Mas respeita! Respeita sua família, seu trabalho e as pessoas em seu caminho.
Ah, esses homens com uma sensibilidade de olhar para nós, mulheres, e saber exatamente o que nossos olhos estão dizendo e....pedindo! E eles vão lá e fazem. E fazem bem feito, só para nos ver sorrir.

Eu conheci alguns desses homens na minha vida. Talvez venha a conhecer mais alguns. Eles não estão aos montes por ai, não por que não existam, mas porque não querem melhorar. Pois poderiam ser homens com H. Mas o ego não permite que eles assim o sejam. E é lamentável, pois o mundo teria melhores relacionamentos. Claro que nós também precisamos colaborar com as ligações, mas os homens maravilhosos tornam tudo mais fácil.

Quero agradecer a estes Homens que transformam a vida de algumas mulheres em paraísos constantes. E desejar que eles também sejam abençoados e encontrem em seu caminho mulheres certas. Ninguém é perfeito, mas podemos melhorar muito a vida com respeito, compreensão, carinho e atenção.

NAMASTÊ



 

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

RECLAMAÇÕES E AGRADECIMENTOS (ORAÇÃO)

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)



Senhor meu Deus, meu Pai,

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Estou a exatos treze dias do término de mais um ciclo da vida na Terra. Neste momento, um sentimento de análise começa a florescer dentro de mim. Parece que este sentimento faz parte do final de cada ciclo e atinge todos os corações deste planeta. Ao olhar para trás percebo que tentei fazer o que me era possível, dentro dos meus relacionamentos, da minha família, do meu trabalho. Às vezes deu certo, noutras houve desequilíbrio.

Mas, será que realmente fiz o possível? A pergunta fica perambulando em minha mente, tentando me direcionar para a visualização dos meus atos e responsabilidades. O que fiz por mim mesmo, afinal? Mudei, prometi coisas e cumpri ou simplesmente deixei a vida passar? O que é certo para mim será certo para o outro? Quanto obriguei alguém a seguir regras desnecessárias para uma vida mais leve?

Deus, querido Pai! Somos tão pequenos perante o universo. Poeira cósmica tilintando na imensidão. E temos tanto orgulho e soberba. Perdoe-nos, Pai! Mas, só pedir seu perdão não resolve a mentalidade dos humanos. Somos teimosos, queremos que tudo e todos sejam exatamente o que precisamos e desenhamos. Essa mania de criar expectativas para tudo, por acaso foi o Senhor que introduziu em nós? Porque acho isso maravilhoso e ao mesmo tempo frustrante. Nos dá adrenalina, mas se não é como pensávamos viramos monstros prontos a culpar alguém.

Sabemos bem que o tempo do universo não regula com nossos desejos imediatos. Parece que deve haver um malabarismo entre a energia desprendida, com o direito que temos de ter. Isso frustra um pouco, mas pensando bem, se fosse tão imediato, ninguém moldaria seu próprio destino.

Sua Sabedoria é infinita, Pai, mas tem vezes que olho ao redor e, mesmo buscando a amorosidade das pessoas, o que recebo é menos do que gostaria. Talvez eu não mereça, tenha ferido essas pessoas no passado, as feito sofrer de alguma forma e agora estou simplesmente recebendo de volta a minha energia. Quando será que vou compreender que as pessoas tem seu tempo? Quero aprender mais sobre isso. Me ajuda, Pai!

Mas, voltando ao que o final do ano nos traz, surge também um sentimento de gratidão imensa por tudo que consegui fazer. Algumas preocupações, desequilíbrios na saúde, incompreensões, mas ainda estou aqui. E cheio de vontade, com o coração pronto para amar a vida, as pessoas e a mim mesmo. Desejar ser melhor faz parte deste mundo pequeno e cada vez mais cheio de rivalidades. O medo de não conseguir uma parte nos faz meio selvagens. Não somos civilizados, estamos sempre querendo ser o outro, ter o que o outro tem. Mais uma vez, perdoe nossa inveja e egoísmo. Existe forma de mudar isso e transformar nossa casa num lugar menos violento?

Onde estás, Pai que não se manifesta e nos ajuda? Me sinto mal ao fazer esta pergunta, pois Tu me amparaste tantas e tantas vezes neste ano, que só posso ser grato. Cada um de nós deveria refletir em que momento Tu esteves presente e afastou o mal, ou deu Sua mão, ou cochichou em nossos ouvidos. E devemos esse agradecimento a Ti, Pai! Que filhos são esses que só reclamam?

Não sabemos o que virá no novo ano, mas sabemos que de tudo poderá ter um pouco. Afinal, são tantos sentimentos, preocupações e falta de trabalhar nosso próprio interior, que a única certeza é que precisamos nos preparar. Pai, preciso de Ti, não me abandones!

Faz-nos entender que as pessoas não são eternas e que, um minuto com elas, pode ser um presente para a eternidade. Então me ajude a ser tolerante, amoroso e gentil. Não quero ser fingido, mas aprender a oferecer melhor o amor. E criar laços, e respeitar a vida e o crescimento de cada um. Pois nem todos estão no mesmo patamar da escada. Que eu me orgulhe e tente aprender com os que estão mais altos, e que eu consiga abrir os olhos dos que não querem ou tem dificuldade de enxergar.

É tão mesquinho de nossa parte não perdoar! Parece que somos tão melhores e incapazes de erros. Eu quero, Pai! Quero que ajude meu coração a perdoar a mim mesmo e aos outros. Por isso abro minha alma e deixo que a sua Luz invada minha vida. E que no novo ciclo eu me transforme em sorrisos, em força e sabedoria. E, mesmo sendo atacado, que eu me erga, levante a cabeça e consiga novamente seguir meu caminho, sem guardar qualquer sentimento que me adoeça o físico e o espiritual.

Termino agora, meu Deus, meu Pai e Grande Amigo, manifestando um grande suspiro, invocando o prana puro do universo, unindo as mãos num imenso e sincero simbolismo de gratidão a Ti, deixando que Tua Luz seja parte de mim e de tudo e todos ao meu redor.

Amém,

NAMASTÊ


 

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

O PÁSSARO AZUL

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

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Quem não ouviu falar da história do pássaro azul? Aquele que, se encontrarmos, trará a felicidade e prosperidade para nossas vidas. Você já se deu conta de quantos pássaros azuis apareceram à sua frente e simplesmente os ignorou?

Pois a maior dificuldade está no estado de alerta que estamos para decifrar a mensagem do pássaro azul. Muitas vezes, ele se faz presente, mas estamos tão focados em outros pontos da vida que o ignoramos. Nem percebemos sua presença. É a tal lenda da carruagem da felicidade, que nos convida a entrar nela, mas não aceitamos.

Mas, por que um pássaro azul e não rosa, verde ou talvez roxo? Talvez porque simbolize a cor do céu, a paz e a serenidade. Além disso, o azul é a cor do 1o. raio do mestre El Morya, que é o raio do poder e do pensamento divino. E a palavra chave para esta cor e raio é "aquele que abre as portas". Então, nada mais justo que o pássaro da felicidade seja azul.

A lenda do pássaro azul não só "abre as portas", mas modifica nossa essência de pessoas amargas, egoístas e maldosas. Quem tem a felicidade de encontrar-se com ele nesta vida, receberá ensinamentos para a alma, modificando o próprio íntimo. Se já passou por isso, talvez possa relembrar como era e como se transformou após algum tipo de acontecimento que passou.

O pássaro azul voa pelo mundo e pousa inesperadamente na janela ou árvore da casa de alguém. Talvez enviado por Deus, talvez pelo próprio mestre El Morya. O propósito é fazer acordar alguém que esteja envolvido em seu próprio ego obcecado, transformando sua vida em sofrimento e dor.

A dificuldade que este pássaro tem para acordar algumas pessoas, faz dele um guerreiro. Porém, o livre arbítrio não o permite interferir nas decisões de aceita-lo ou não em nossas vidas. E como saber onde está esse pássaro? A questão é interiorizar-se de uma forma ou outra. Quem sabe numa oração, quem sabe ouvindo alguém que queira nos aconselhar. Normalmente não queremos ouvir conselhos, quando nos achamos donos da verdade. Esse é nosso ego se erguendo e lutando para não morrer. Mas se aceitarmos a luz vindo de alguma forma e lugar, será o primeiro passo para aprendermos algo em nossas vidas.

Observe melhor as coisas e pessoas ao seu redor. O pássaro azul é simbólico. Talvez esteja camuflado em palavras, em objetos ou em pessoas. Quem nunca encontrou algo em sua vida que tenha deixado interrogações de como tudo aquilo apareceu de repente? É só abrir o coração e interiorizar-se para perceber as mensagens embutidas que podem surgir em nossas vidas. É o pássaro azul cantando para nós.

O que de mais impressionante acontece é que, ao percebermos a mudança, o pássaro se vai, porém sem deixar nenhum vazio. Quando a tarefa de preencher nossas vidas com paz, alegria e discernimento se completa, ele segue seu caminho em busca de novos desafios. E nos sentimos plenamente dispostos e encarar um novo mundo com amorosidade e sabedoria.

Todos podem encontrar-se com o pássaro azul. Mas nem todos estão abertos para discernir este símbolo que nos é ofertado pelo universo de luz. E é só isso que precisamos: estar abertos para novos processos e sermos humildes o bastante para aceita-los.

NAMASTÊ

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

ÂNIMO

Josianne L.Amend (JosiLuA)

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Quisera eu ter o ânimo das borboletas,
que se entregam ao vôo deslumbrante e agitado,
buscando o néctar das flores e colorindo o mundo.

Quisera eu ter o ânimo do macacos,
que pulam de galho em galho, sem parar,
e podem observar o mundo com agilidade e destreza.

Quisera eu ter o ânimo das formigas,
que trabalham sem parar, caminhando quilômetros,
carregando seu alimento e construindo suas casinhas.

Quisera eu ter o ânimo dos planetas,
que giram sem parar ao redor do astro rei,
buscando aquecer e fazer viver tudo que dele depende.

Quisera eu ter o ânimo dos pássaros,
que acordam cedo, já cantando e deslumbrando,
impondo-se ao mundo a fim de sobreviver.

Quisera eu ter o ânimo dos animais da pradaria,
que sempre estão caminhando, mesmo na chuva ou sol,
brincando como num jogo de vida ou morte.

Quisera eu ter o ânimo das crianças,
cuja essência é ser feliz, sorrir e amar.
Mas que os adultos acabam por destruir esse universo.

Quisera eu me animar para descobrir mais e mais do mundo.
Quisera eu me animar para ser mais e mais para a vida.
Quisera eu me animar para buscar mais e mais sabedoria.

Não deixemos que o desânimo nos afete, nos apodreça, nos tire a fé.
Nem que acabe com nossas forças, nossa alegria e nossa humildade.

O ânimo é para o espírito o néctar das borboletas,
o salto dos macacos, a força das formigas,
o calor do sol, o canto dos pássaros, o agito dos animais
e a alegria das crianças.

Juntemos tudo isso e o resultado será VIDA!

NAMASTÊ
 

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

SUPERAÇÃO

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

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Não temos noção da força que temos dentro de nós. Da capacidade de dar a volta por cima quando queremos. E o fato está exatamente na vontade extraordinária que temos escondida em algum lugar e que aparece no momento em que resolvemos sair de nosso próprio casulo físico e emocional.

Todos já passamos por diversas situações críticas, constrangedoras ou perigosas em nossas vidas. Pode ser na saúde, financeiramente, no amor, nas relações, no trabalho e até tentando provar a nós mesmos que conseguimos fazer sozinhos, seja numa viagem, numa aventura ou num esporte radical. A questão é que naquele exato momento pensamos em desistir, entregar os pontos e até sumir.

De repente, seja através da fé, da oração ou puramente da raiva (pois a raiva é um sentimento que impulsiona), resolvemos agir, lutar e nos impor ao mundo. E o que nos parecia perdido, começa a tomar nova forma e proporção e nos faz capazes. O gosto de superar aquilo que estava acabando conosco é inacreditavelmente bom. É um alívio saber que podemos, quando realmente queremos. Sem dar crédito ao óbvio, que é a fatalidade de tudo, buscamos viver. E viver de maneira feliz, satisfatória e saudável.

Talvez sejamos alvo de pessoas más que, ao se juntarem em bandos, resolvem chacotar-nos porque de algum modo somos diferentes e por que não dizermos, únicos. Sempre falo que esta atitude tem a ver com pessoas medrosas, que tentam transferir a atenção para outras, porque elas mesmas levam consigo frustrações que não conseguem lidar. São invejosas e perversas. Isso provoca na vítima medo de se expor, até que ela resolva superar isso através de suas próprias qualidades e potenciais. Quando se dá conta de que o que os outros pensam e falam não pode interferir na sua vida, ela explode para o mundo e começa realmente a existir. Isso é superação!

Outras formas se dão nas doenças, quando vemos que mesmo desenganadas, algumas pessoas resgatam vontade e força sabe Deus de onde e, pelo menos por mais um bom tempo, continuam a assistir a vida na Terra, participando dela.

Muitos se jogam em esportes de aventura a fim de superar seus próprios equilíbrios e físicos. Há algo dentro de nós ( mais em alguns, do que em outros), que agita nosso interior na busca pela superação de nossos medos, atitudes e vontades. Tantos estudos sobre o cérebro, sobre o físico do ser humano. Mas, e além disso? O que há por trás do nosso físico, da nossa estrutura molecular? De onde realmente vem a força "interior"?

Por que pessoas buscam nas drogas "superar" suas dores, fracassos e medos? Seriam elas tão fracas a ponto de entregar suas vidas por preguiça?  Sim, preguiça de dar a volta por cima, saber que seu tempo passou e que podem haver outros tempos, pessoas e coisas a fazer de acordo com a idade? Como, infelizmente, alguém acha prazeroso colocar para dentro de seu corpo drogas, fumaça e remédios que os deixam abobados, sem sentidos, anestesiando a si mesmos?

Qualquer pessoa já passou por alguma coisa doída, triste ou arrasadora. Alguns conseguem descobrir a força interior, mesmo que a tenham ignorado toda a vida. Isso é aprendizagem, crescimento espiritual e superação. Outras, insistem em dizer e dar comando aos seus cérebros de que tudo acabou e que preferem entregar-se. São escolhas, puramente escolhas. Não há certo ou errado quando se trata de escolhas que fazemos para nós mesmos. Afinal, é nossa vida, ganhamos ela e a tratamos como somos capazes. Sim, tem a ver com capacidade, força de vontade. Nossa alma, em silêncio, sabe bem disso!

Um pé diante do outro, lentamente... uma colher de comida para mastigar bem devagar... levantar de manhã e abrir as janelas para deixar a luz entrar... resolver cuidar de si mesmo, se não está satisfeito consigo... buscar realizar o sonho, seja em que fase da vida estiver... saltar da montanha, para a vida ou para o amor... falar aquilo que está incomodando na relação com outra pessoa... sair de perto de quem te trata mal... todas são formas de superação! Não precisa necessariamente ser uma grande atitude, basta ser algo que provoque mudanças em nós.

A palavra já diz: superar a própria ação. E é isso que devemos ter em mente ao acordar para um novo dia. E, se o dia acabar e por acaso não termos obtido o sucesso esperado, pelo menos tentamos. E só isso significa que superamos o medo de estacionar.

NAMASTÊ

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

O FINAL DE ANO

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

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O que acontece nesta época, afinal? Tudo continua sendo o mesmo: o trabalho, as amizades, a família. Mas tem algo inexplicável com o final de ano. É diferente dentro da gente. É como se o peso das costas fosse amenizando, não aumentássemos tanto o valor das preocupações e relaxássemos o espírito. Espera! Será esse o tal "espírito de natal"?

Acho que tudo começa com as férias escolares, onde a correria da manhã e gritos de "pegue o casaco", " toma logo seu café", fosse trocado por uma boa espreguiçada e abraços de bom dia! Ah, como o mundo devia ser exatamente assim todos os dias!

O trânsito nas cidades vai diminuindo por conta da ausência dos estudantes, os ônibus vão menos lotados e os motoristas desestressam, conseguindo até ouvir e cantar a música no rádio. E o ambiente nas empresas parece até melhorar. As pessoas tornam-se felizes, falando sobre presentes e amigo secreto. A preocupação financeira ainda existe, mas com o sabor de mais um salário, o alívio para pagar ou adiantar aquela conta vai deixando a mente mais leve.

Eu não sei exatamente o que é, mas há alguma energia envolta em tudo isso. Ou talvez seja a soma de todas as energias do mundo, que vão aliviando e transformando a vida mais relaxada e feliz. Será o clima de festa universal que faz isso tudo? Luzes, enfeites e planos para juntar a família numa Noite Feliz?

Para mim, o final de ano é especial. Parece tocar o fundo do coração, trazendo lembranças e sentimentos de uma pureza imensurável. Quisera sentir essa coisa meio relaxada durante todo o ano. Talvez a vida fosse mais delicada. E não é especificamente por causa da festa de Natal. É algo maior, que está no ar, nas pessoas, na vida. Isso é o que faz tudo ser divinamente gracioso.

Em alguns lugares do mundo, a neve chega. Aqui para o sul do equador, inicia o verão. E com ele vem as manhãs ensolaradas, cheias de cantos dos mais diversos pássaros. O passeio nas ruas é mais vaporoso, observamos mais e não há pressa. Delícia de tempo!

O que acontece, talvez, é que as pessoas criam dentro de si algo como a chegada. A corrida está no fim e estou prestes a cruzar a faixa. Não interessa se na frente ou por último. O que importa é que estou correndo, estou no jogo. E estou pronto a recomeçar o desafio, cheio de esperanças e idéias para melhorar minha própria vida. Parece que durante a jornada isso não é possível. Por quê? Por que a força em nós é muito mais potente no final do ano?

É como se pudéssemos esquecer o passado e criar um novo mundo, só pelo simples fato de que após a meia-noite, tudo será diferente. Essa força é incrivelmente bela. É uma pena que a dispensamos no decorrer do ano.

Mas o final do ano chegou. Mais um mês e tudo "se renovará". Ou pelo menos queremos que isso aconteça. E, se entendermos que essa magnífica força de acreditar está em nós e não na época, talvez possamos mudar o mundo em qualquer época, em qualquer lugar.

Portanto, respiremos a energia que se faz presente neste momento e tratemos de modificar em nós a essência. Quem sabe assim, possamos brindar todos os dias um novo ano, um novo momento e um novo amanhecer.


NAMASTÊ

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

GOTAS DE CHUVA

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

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Apresse-se!
As gotas de chuva não duram para sempre.

Aproveite-as!
Deixe-se molhar, sinta-as no rosto.

Sonhe!
Ao fechar os olhos e senti-las rolar na face.

Refresque-se!
No calor cruel, a magia do frescor.

Rodopie!
Abra os braços e ventile a alma.

Gotas de Chuva... paralisam os pensamentos.
Tornam-nos extasiados.

Corra!
E perceberás um leve torpor,
uma sensação de liberdade!

E daí se molhar? Lavará e secará.
Apenas se envolva em cada gota.

Gotas de Chuva...
Aproveite uma vez esse momento...

NAMASTÊ

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

ANIVERSÁRIO CHEGANDO

Autora: Josianne L. Amend (JosiLuA)

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Como você se sente quando está chegando seu aniversário? Normalmente, há uma transformação em mim. Mesmo que esteja numa fase não muito boa ou chateada com algo, a esperança que vem dentro da gente à chegada de uma novo ano, parece fazer a fênix renascer das cinzas. E isso é tão bom!

Escrevo este texto hoje, pois meu aniversário será no domingo. E, em especial nesta semana, estou me sentindo em paz. Andei com alguns processos estranhos dentro de mim com relação a assuntos que não vou comentar. A idade nos faz cada vez mais pensar em nossas vidas, nas relações que criamos e como tratar delas da melhor forma possível.

Não há dúvida que vamos, aos poucos, ganhando uma certa solidão. Os jovens nos acham chatos e cheios de manias. E vão se afastando sorrateiramente. Eles não estão totalmente errados. Mas agora começo a perceber o quanto fui displicente em minha relação com meu pai. Minha mãe ainda vive, mas ele se foi. E posso perceber que se tivesse tido mais paciência com ele, hoje meu coração estaria menos doído de saudades. Quisera ter oportunidade de refazer o que fiz errado.

Mas, voltando ao assunto aniversário, bem ou mal, enfezados ou animados, saudáveis ou doentes, não devemos deixar de ganhar um abraço e ser feliz neste dia. Abençoados os que, mais uma vez, podem comemorar estar passando para outra fase. Olho para mim e vejo alguém quase realizada. Não totalmente, porque não pude fazer tudo que tive vontade de fazer. Falo em relação a profissões e viagens. O interessante é que, com o passar do tempo, fui me sentindo atraída por coisas que na adolescência ou juventude, ignorava. Daí, sem aquele furor de energia dessa época, vamos deixando passar.

Meu aniversário está chegando! E estou e sou feliz, pois a cada dia que se aproxima, me sinto revitalizada e cheia de ânimo. E decidi comemorar, convidando pessoas que estimo e considero especiais para mim. Muitas já me disseram que não vem participar e as entendo. Nem sempre a programação pode ser modificada. Outras, talvez não sejam tão especiais quanto imaginava. E outras, ainda, são muito especiais, mas entendo a distância e o pouco tempo para estarmos juntos. Mas o que quero dizer é que sempre tenho o lema " vai estar, quem deve estar"! E é só isso que importa.

Eu tenho sentido a presença do meu pai esta semana, com um largo sorriso, me olhando de algum lugar no universo, feliz com a mudança que estou sentindo dentro de mim. Andei com alguns desequilíbrios, mas um banho de cachoeira e a energização de um ser incrível de luz, mais a companhia de um beija-flor se banhando junto comigo, levou embora alguns sentimentos horríveis que grudaram em mim.

Se todos pudessem sentir o que a natureza nos faz, seria incrivelmente modificador para nossas vidas. Eu preciso da Mãe Terra. Aliás, sou fã dos quatro elementos. E quando preciso, busco.

Quero desejar a todos que estão lendo meu blog, que me seguem, que tenham seus dias natalícios cheios de paz e alegria. Neste dia tem que haver felicidade, nem que seja um pouquinho. Acreditem em vocês e no que há dentro de suas almas.

Acenderei uma vela, pois o fogo queimará meus sentimentos ruins. Assoprarei essa vela, pois o ar levará para longe o que não mais me importa para crescer. Lavarei mãos e rosto, me banharei com mais vigor, com as ervas da natureza, pois isso me limpará a aura, meu espírito e abrirá meus caminhos. E andarei descalça pela terra, para que a força telúrica me equilibre, agradecendo sempre à Mãe Terra pelo alimento e energia.

Um aniversário, não é só uma comemoração. Deve ser um ritual de agradecimento e amor. O meu está chegando. Parabéns, para mim! E que eu possa comemorar com amor, recebendo e dando abraços e sorrisos.

Obrigada Luz, NAMASTÊ

 

terça-feira, 20 de novembro de 2018

O MISTÉRIO DA ENTREGA

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

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Era uma casa sem muito amor. Aquela família vivia diariamente automatizada. Faziam tudo igual e mal se olhavam nos olhos. Acordavam, chamavam uns aos outros, se arrumavam, sentavam à mesa para o café, uns com aparelhos eletrônicos, outros já fazendo contas. Apenas uma única pessoa desta família observava seu alimento e o saboreava com gratidão. Além disso, ela também esperava uma oportunidade de conversar com alguém, mas todos comiam como robôs e estavam mais interessados nos seus objetos.

Mesmo assim, aquela única criaturinha era feliz, não julgava. Pois a maneira como vivia era de puro amor. Apesar de ser quase ignorada, o que lhe bastava era ter ao seu lado as pessoas que amava. E saber como elas estavam, o que faziam e como eram.

Convivia com aquilo há tanto tempo, que não reparara na própria solidão. Era suficiente estar ao lado delas. Às vezes sentia-se frustrada por querer contar uma novidade ou mostrar algo que tinha adquirido com esforço, sem que ninguém se importasse ou lhe desse ouvidos. Mas seu amor era tão intenso que acabava por deletar o sentimento de dor e tristeza no coração.

Um dia, para chamar a atenção no café da manhã, resolveu fingir que estava engasgando. Quem estava ao lado deu um tapinha nas costas e ouviu alguém dizer "tome um gole de água que passa". De nada adiantara fingir algo para chamar a atenção. Todos estavam mais interessados nas notícias e fotos das redes sociais, nos seus e-mails e toda forma de comunicação eletrônica.

Ela achava tudo aquilo uma bobagem, afinal a vida estava ali, à sua frente, mas todos tinham olhos apenas para máquinas. Preferia observar os passarinhos no muro da casa buscando comida, o sol brilhando por detrás das cortinas e os pequenos grãos de poeira brilhando através de seus raios, dançando, num balé fantástico pelo ar da casa.

Numa manhã, ela foi atender alguém que batia no portão e voltou com um pacote misterioso, entregue por um mendigo que levou alguns pães amanhecidos. Ela disse que não precisava, mas ele insistiu. Achou aquilo estranho. Não fez alarde, pois ninguém se importaria mesmo, já que estavam entretidos nos seus aparelhinhos e tv. Levou para seu quarto, abriu com certa cautela, bem devagarinho. E espantou-se com o que viu dentro da caixa: absolutamente nada! Ficou irritada a princípio, querendo ir atrás do mendigo e tirar satisfações da brincadeira boba. Mas relevou. Deixou a caixa ali, embaixo da cama mesmo e foi fazer outra coisa. Pensaria melhor sobre ela depois.

À noite, enquanto dormia, a caixa esquecida embaixo da cama começou a lançar uma luz fortíssima que tomou conta do quarto. Ela acordou assustada e a primeira atitude foi perguntar "quem acendeu a luz"! Mas ninguém respondeu. Resolveu levantar e viu que vinha da caixa. Pegou-a nas mãos e, meio assustada com aquilo, colocou a mão dentro dela para ver de onde vinha a luz. Apenas sentiu seu corpo vibrando, seu coração um pouco disparado, mas sua mente estava incrivelmente lúcida.

Não entendeu nada daquilo, mas achou interessante o que a caixa fazia. Contava ou não sobre aquilo para sua família? Será que eles a ouviriam? Entenderiam? Ou a achariam louca e a desdenhariam de novo? Resolveu tentar a sorte e mostrar a todos no dia seguinte no café da manhã.

Ao sentar-se, lá estavam todos já ofuscados pelos aparelhos, sem ter noção de que existem pessoas ao seu redor. Colocou a caixa em cima da mesa e a abriu. Ninguém se importou. Ela emanava a luz e ela disse: - vejam! Todos levantaram seus olhos para a caixa e perguntaram: - vejam o quê?
Vocês não vêem a luz? Perguntou ela. Eles riram e voltaram seus olhos para o que estavam fazendo.

Ela coçou a cabeça, pensou e sentiu-se meio boba. Mesmo assim, a caixa tinha se tornado um objeto querido para ela, pois aquela luz a fazia se sentir melhor, mais lúcida e animada. Ao sair de casa, encontrou com o mendigo sentado na esquina e resolveu questionar sobre a caixa. Ele olhou nos olhos da menina e disse: - Eu sabia que não erraria ao entregá-la a você. És a única naquela casa que enxerga a luz. Os outros, vivem por viver e estão tão preocupados com seus egos, que jamais poderiam abrir seus olhos e ver o que de mais belo existe no mundo. Poucos recebem este presente e o aproveitam de verdade. Não subestime nunca seu amor pela vida. Deixe que a luz te acompanhe sempre e um dia, terás a certeza de que nunca esteve sozinha, nem à mesa, nem em seus caminhos e nem em sua casa.

NAMASTÊ

 

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

MÁQUINAS ATUALIZADAS

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

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O que está acontecendo com o mundo que conheci quando era criança? Pessoas estão cada vez mais diferentes, valores sendo escoados pelos ralos, a falsa liberdade destruindo famílias, lares e relacionamentos. Tudo está tão diferente que, em alguns momentos, me sinto deslocada de minha própria vida.

Se compararmos a nós, seres humanos, com robôs elaborados por algum tipo de entidade ou ser, podemos chegar até a pensar que algum responsável pela manutenção dessas máquinas, está fazendo alguma brincadeira ou, no mínimo, trocou os materiais.

Tudo está fora do contexto e as pessoas, para se sentirem como peças raras e que não julgam nada, estão cada vez mais loucas, se é que posso dizer assim.

Quando vim para este mundo, passei minha infância tendo um cais para aportar sempre que precisasse. As mães faziam seus papéis de mulheres. Sim, porque, as feministas que me perdoem, mas as mulheres tem seus papéis na sociedade, assim como os homens. Então, eu tive uma mãe dona de casa, conselheira e observadora e um pai protetor e provedor. Isso é nosso porto seguro.

Daí, veio alguém mexer nas engrenagens e desregulou a vida cotidiana que transformava as novas máquinas em seres lutadores, trabalhadores e centrados. Tá, você conhece alguém que não se dava com seus pais. E daí? Era um em um milhão. Hoje ninguém respeita pai e mãe, há um desdém imenso pelos mais velhos, os jovens querem cada vez mais e se perdem na própria busca, as crianças já tomam remédios controlados para poderem estudar e até interagir com colegas. Sem falar na sexualidade exacerbada onde as mulheres acham que seus corpos são propagandas que vendem o produto nas danças, roupas e cirurgias.

Onde estão as vovós de saiotes e óculos que são a idealização de carinho, amizade e ensinamentos na culinária e até da vida? E os vovôs com suas enxadas ou marretes mostrando como se faz algo, sem ter que pedir para alguém? Estão escondidos nas tintas de cabelos, nas plásticas e nos bares à noite, misturando-se com jovens e não querendo saber de envelhecer.

Quem, e com que consentimento, trocaram nossas peças para criar seres tão estranhos, cheios de manias, que arrumam briga por tudo, que esnobam os menos abastados ou que se vendem para dizer a si mesmos o quanto estão felizes? Só podem estar se divertindo às nossas custas.

Ver mulheres saindo em prol do feminismo pelas ruas me faz questionar até que ponto são femininas? E os homens que hoje em dia não sabem pregar um prego ou se jogam em sofás com cervejas no colo durante uma tarde toda, fazendo cara de mau para não ser incomodados?

Esses realmente somos nós, seres humanos? Eu estou ficando velha, sim, mas vou levar comigo a felicidade de um tempo cheio de boas lembranças. Já me sinto deslocada ao sentir e ver o tratamento que temos dos mais jovens. Uma falta de respeito com quem já viveu o suficiente para saber alguma coisa da vida. Tínhamos tempo de brincar e correr nas ruas, nos parques e nos bosques. Onde está tudo isso, afinal? À noite, íamos para a cama cansados de viver. Hoje, as crianças vão para a cama sem sono, obrigadas pelos pais que, por correrem o dia todo para "ter mais", alegam não terem forças para brincar ou até conversar. E as pobres maquininhas vão enferrujando suas peças, algumas as perdem pelo caminho, sem saber exatamente como recuperá-las.

É triste sim ver um mundo em ascensão no progresso, regredir tanto na forma de viver das pessoas.  E muitos vão deixando para trás parafusos, roscas e peças importantes. Transformando-se em seres irreconhecíveis com o tempo. Mesmo tendo sido amorosamente bem feitos, fazem questão de se estragar. Pobres coitados que, com o tempo, estarão nos ferros-velhos.

Infelizmente cada um tem seu caminho e decisão. Não somos donos da fábrica de máquinas e nem temos o poder de modificá-las. Fomos criados para um auto-reconhecimento e controle. Temos que nos reciclar com diversos tipos de manuais. Alguns parecem ler os mais errados possíveis e se transformam em coisas. Outros, ainda se salvam, buscando aprender, consertar e ordenar-se a si mesmos.

Este é um mundo de máquinas atualizadas, mas gostaria muito que pelo menos o meu mundo voltasse a uns 40 anos atrás...

NAMASTÊ

terça-feira, 13 de novembro de 2018

MOMENTO DE TRÉGUA

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)



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Pedimos trégua...
 
Não aguentamos mais o bombardeio,
as palavras mal ditas,
as ações mal interpretadas e
os olhares insensíveis.

Pedimos trégua...

Suportar o medo de não ser aceito é devastador.
Ser criticado pelo nossos ideais e sonhos é típico de invejosos.
O corpo não aguenta, a mente não resiste, o espírito adoece.

Pedimos trégua...

Porque precisamos nos encontrar,
encontrar a paz e a vida pulsante que tínhamos dentro de nós.
Então precisamos de espaço para sonhar e acreditar.


Por isso, pedimos que nos dê uma trégua!
Esqueça-me um pouco, deixe-me um pouco.
Alimente a si mesmo com o que é verdadeiro e único.
Coloque amor no coração!


Dê uma trégua para a vingança e as brigas,
para querer tomar o lugar que não é seu.
Deixe o mundo girar conforme o universo se move.
É assim que encontramos o que tínhamos perdido.


Pedimos trégua a tudo que perturba,

a tudo que se arrasta como lama grudenta a nossos pés.
Livrai-nos do mal, tende piedade da nossa alma,
e nos dê a trégua necessária para que possamos criar novos horizontes.

E que a trégua sirva para olharmos além das montanhas,
que sirva para acolhermos além dos nossos braços,
que manifeste em nós o espírito que perdoa, que acorda, que reage.

Faça uma trégua,
e entregue ao seu pequeno mundo,
a libertação para um mundo maior, 
que ainda não foi explorado.
 
NAMASTÊ

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

CANSAÇO

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

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Ando cansada.
Mas o cansaço vai além do corpo físico.
Ando cansada de fingimentos,
de tristezas, de monotonia.

Ando cansada de fofocas,
de mentiras e de pessoas artificiais.

Ando cansada da mesmice,
da falta de acontecimentos incríveis
e de surpresas agradáveis.

Ando cansada da bagunça,
de trabalhos repetitivos,
de histórias já ouvidas mil vezes.

Ando cansada da minha falta de paciência,
e de ver tanta coisa ruim no mundo.

Ando cansada da informação exagerada,
na falta de escrúpulos e
da degradação sexual e moral.

Ando cansada.
Talvez por isso alguns aceitem bem a própria morte.
Talvez a velhice nos faça enxergar que não dá mais,
que podemos descansar, desistir e nos entregar.

Nunca entendi o que era o "descanse em paz".
Agora começo a perceber.
Pois num mundo tão cansativo, onde tanta luta e frustração se chocam,
só um repouso do corpo limitado pode suprir a paz que buscamos.

E, se por acaso o outro lado tiver tudo isso,
que tipo de resultado somos?
E quando finalmente teremos o descanso?

NAMASTÊ

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

LIBERTAÇÃO

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

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Teu rosto aparece na brisa da manhã,
como um sopro de luz.
As coisas não são exatamente o que são,
consequência de uma mente perturbada e triste!

A energia se desfaz no meio do orgone universal.
Me sinto perdida, não sou amada, mas tenho amor.
Busco carente a imagem de teu rosto,
mas ela se foi... foi apenas um breve presente.

Por que libertar-se do amor,
se ele nos faz tanta falta?
Essa libertação é uma verdadeira prisão,
num mundo egoísta e insano.

Desenho no ar, espalmo as mãos,
mas nada mais desponta. Estou só!
Qual o real significado de libertação, afinal?
Lamento pelo que aconteceu e pelo que não aconteceu.

As ondas do mar são como mensagens do amanhã,
os raios de sol como estradas a percorrer.
Me sinto só, longe de qualquer tempestade, segura.
Mas tentando alcançar o infinito, só para ver onde é.

Teu rosto se desfez, tua energia vaga pelo espaço.
Talvez eu acesse sem saber, encontre sem sentir.
Você conseguiu a liberdade, ou a prisão é eterna?
Imploro que me seja permitido o consolo do teu olhar.

Estou à espera de que tudo seja uma ilusão,
algo que o mar levará, o sol aquecerá, o vento limpará e a terra cobrirá!
Algo que apenas venha me trazer,
minha libertação!

NAMASTÊ
 

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

GRANDES MISTÉRIOS

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

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Comecei a analisar algumas situações de minha vida e não há dúvida que somos um grande mistério mesmo. Vivemos nos perguntando por que isso, por que aquilo e apesar de justificarmos tudo de uma forma simplista, a questão é que não sabemos exatamente o que acontece.

A vida tem tantas fases, acontecimentos e fatalidades que nos deixa, muitas vezes, sem chão. Quem, como eu, que tem tempo de sobra para pensar, já que ama estar em casa, sozinha e aconchegada, deixa que o pensamento trabalhe solto. Mesmo nas atividades de casa, por não ser incomodada com vozes, perguntas e outras pessoas, a gente acaba pensando demais. E analisamos tudo minuciosamente, tentando achar respostas.  Mas nem sempre aparecem e esses são os grandes mistérios das nossas vidas.

Queremos constantemente definir o destino. O universo é um emaranhado de energias, inclusive as nossas, cruzando de um lado para outro. Isso justifica idéias iguais em locais diferentes, sincronicidades e as famosas "conexões de pensamentos", causando as intuições.

O ser humano precisa e quer acreditar em algo. Parecemos pendurados no penhasco pelo cipó. Entendemos que uma hora não aguentaremos mais e despencaremos. Mesmo assim, tentamos de todo jeito escalar e chegar ao topo para ter mais segurança. Mas, no íntimo sabemos que as tentativas, um dia, serão vencidas pelo cansaço. Não sei exatamente como surgiu em nós a crença de que somos eternos (energeticamente falando). Assisto a muito programas científicos e especulativos sobre a vida. Quero tentar entender, absorver e aprender. Talvez isso alivie minha alma da ansiedade normal que todos temos no futuro.

A questão é que nossa existência é tão misteriosa que talvez seja isso que faça nossa máquina movimentar-se em busca de soluções para nosso dia a dia. A resposta definitiva ainda não veio, apenas crenças. E acreditar que apesar de tudo haverá algo melhor (ou pior), faz de nós seres tão diferenciados em pensamentos, escolhas, ideais.

É um mistério o que há em nós, em nossa consciência e na forma como agimos e nos apresentamos perante a vida. Para uns parece tão fácil, para outros é complicado. Uns seguem um caminho de busca, beleza interior e aprendizado, outros de violência, desajustes e escuridão. Por que isso? Vocês devem estar pensando em educação, oportunidades e estrutura mental. Sim, pois não somos nada iguais. E talvez tudo isso possa realmente refletir em nós. Mas e as escolhas? Quando elas realmente são feitas? E por que escolhemos prejudicar, errar, destruir?

Se pudéssemos observar-nos num grande microscópio o que veríamos de diferente em nós? Será que, se olhássemos com os olhos do universo e observássemos a Terra e nós, entenderíamos alguma coisa? Será que somos constantemente analisados por algo maior, que ri às nossas custas ou se compadece com nossos sofrimentos?

É loucura tentar decifrar tanto mistério. E bem mais cômodo nos satisfazermos com respostas apropriadas com a história do mundo, das civilizações, dos acontecimentos, da ciência. E quantos de nós não sabem de nada, do real, do que escondem da população?

E assim caminhamos... com aquele sufoco dentro de nós, sabendo que há algo, mas não entendendo o que é esse algo e por que nos agita. Será que um dia reveremos antepassados, poderemos estar num estágio tal que o corpo físico seja superado pela inteligência energética e universal? E que tudo realmente faça parte do todo, que sejamos energia aptas a exercer algo maior, que hoje nem imaginamos ou sequer possamos definir. Ou será que tudo é nada, que apenas nos desmanchamos num universo repetitivo e sarcástico?

Seja lá o que realmente há, existe e movimenta, o cipó continua pendurado no precipício. E estamos nos agarrando a ele. Por vezes, um alguém qualquer nos sacode como marionetes e balançamos amedrontados ou caímos de vez. Em outras, ficamos tentando e tentando subir, com ou sem sucesso. E em outras ainda, só paramos para observar o que acontece ao nosso redor, esquecendo de nossas próprias vidas.

O grande mistério da nossa existência talvez não seja conhecido, mas possa ser trabalhado de maneira que só se continue. Não sabemos para onde, nem quando, já que nem o tempo parece realmente existir.

NAMASTÊ