Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Este é um assunto interessante. Resolvi escrever sobre ele, porque tenho visto pessoas que fazem de tudo para serem "queridas". Elas se camuflam de simpáticas, são as queridinhas da sociedade e, no fundo, morrem de medo que a sociedade não as aceite.
Ser simpático, prestativo, também tem seus limites. Muitas vezes, esse excesso de zelo acaba com invasão de privacidades. Acontece que as pessoas estão tão carentes, que essas pessoas queridas, encontram seu nicho perfeito para seu ego ficar calmo.
Como sempre fui uma pessoa que não suporta puxar o saco de ninguém, observo muito determinadas atitudes. Na hora, se percebe as que precisam ser elogiadas e bem quistas, das que ajudam, elogiam porque definem aquilo como uma atitude a ser feita e ponto final.
O que essas pessoas não sabem ou não querem saber, é que por dentro delas existem milhões de medos, de sentimentos confusos que as fazem pensar que esta é a arma para serem amadas. Precisam, tem uma necessidade absurda de agradar, mas quem realmente as agrada? E é nesta hora que bloqueiam suas frustrações através da dedicação.
Infelizmente, tudo isso não passa de paleativos para se sentirem aceitas, mas bem no fundo ainda guardam processos de desamor. Morrem de medo que não gostem delas, então procuram fazer até coisas que nem gostam tanto, mas que as fazem ficar próximas de seus familiares e amigos, esquecendo de suas vontades, seus sonhos e de sua própria vida.
O que mais as enaltecem são os elogios, sejam lá de onde vierem. Alimenta o ego e conseguem enganar-se que suas vidas são perfeitas. E, como existem pessoas carentes, essas são as que mais as elogiam quando recebem seus serviços. Pronto, dupla perfeita: carência x desamor. Encaixam-se perfeitamente na sociedade que precisa ser aceita e viram maria-vai-com-as-outras.
Um dos locais onde mais se sente isso é a mídia social. É interessante ler os posts e observar que se todos concordarem, ótimo. Se uma única pessoa der sua opinião sincera e contrária, pronto! É o maior motivo de estupidez e grosserias para com quem tem sua própria opinião.
Isso faz com que muitas pessoas criem seus grupos de alter ego e que se sustentem diariamente com elogios e acordos, pensando que são as mais populares e incríveis da turma. Muitos estudam tantos anos, para terem sua própria opinião, acreditar no que buscam, e não simplesmente no que alguém diz.
Como já trabalhei em alguns lugares, pude observar que isso é constante nos empregos. E, se você não "se adapta" a lamber sapatos, logo é excluído, inclusive da empresa. Acha isso ruim? Eu não! Acho que ter liberdade de falar, de agir quando se quer, seja lá se for agradar ou não, é somente uma fonte de verdade para sua própria vida. Gostem ou não, eu ajudo, ouço e vou quando e aonde quero.
Claro que em determinadas horas, podemos, por delicadeza, fazer algo que realmente não estamos com vontade. Mas não é para ser aceito, e sim para que possamos fazer alguém feliz ou cumprir ordens superiores.
Outro grande problema são os relacionamentos, onde as pessoas se transformam para serem aceitas, durante o namoro. Quando casam, elas se mostram outras e por isso, a relação entra em queda livre. Para serem amadas, elas viram as pessoas mais meigas, atenciosas e prestativas que existem. Mas, depois de terem a certeza da relação, começam a dar ordens, impor, machucar e até anular as vontades e sonhos do parceiro. Isso é tão lamentável!
Lembram da invasão de privacidade? Pensem nisso! Há momentos que a necessidade de dizer para si mesmo que é útil deve ser deixada de lado, para que os outros possam ter seu crescimento através do próprio sofrimento e dor. Doar-se sem limites pode afetar a vida do outro, deixar alguém sem decisões e até interferir no rumo de sua vida. Perguntar sempre: - você quer ou precisa de ajuda?
Esta é uma decisão importante. Antes de mais nada, tenha carinho por sua criança interior, que busca incessantemente ser aceita e amada. Como saber disso? Receba um simples "me deixe em paz" de alguém ou "eu posso decidir sozinho" e perceba como se sente. Cuide de si mesmo, se aceite, se goste o suficiente para que a falta de elogios não faça de você uma pessoa infeliz.
Pense nisso!
NAMASTÊ
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