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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

sábado, 4 de outubro de 2014

DA BOCA PRA FORA

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)


Como é fácil falar e mostrar o que realmente não se sente.
O sentimento que nos afoga o peito quando estamos frustrados chama-se despeito.
Tal sentimento barbariza tudo que de bom havíamos vivido.

Roteiro certo dos rompimentos, sejam amorosos ou profissionais, o despeito faz com que o desapontamento, tão dolorido, seja camuflado de maneira enganosa.

A facilidade da comunicação hoje em dia, faz com que nossa ansiedade seja extremada com relação à vontade de expor situações e palavras, a fim de cutucar o outro numa provocação.

Isso normalmente acontece, quando dentro de nós ainda temos sentimentos por determinada pessoa ou lugar. E para não nos sentirmos inferiorizados, após termos sido afastados, a explosão de sentimentos mesquinhos acontece.

Para todos que veem tais manifestações, é óbvio que estamos despeitados. Parece que só nós não enxergamos isso, sofrendo ainda mais com essa afeição rejeitada. Insistimos, então,  na divulgação de fotos e palavras onde aparecemos de maneira feliz, na tentativa somítica de criar ciúmes e alertar para a perda.

Nossa autoestima está tão baixa que não conseguimos focar em nossas vidas. Passamos o dia refletindo sobre como atacar o outro, a fim de conseguirmos o que pensamos ser uma pobre vingança. Mal sabemos que nosso tempo e energia está sendo desperdiçado com vãs atitudes e que ainda, mereceremos o título de infantis.

O coração não nos engana, o que nos engana é nosso pensamento. Apesar de dizermos a todos que aquilo não está mais nos afetando, nem nos nossos planos, nosso coração fica doendo e o jogo continua num eterno conflito interior.

O melhor mesmo é sermos donos de nós. Se sofrermos, sofremos até onde puder, para que não nos destrua. E também não devemos destruir a paz do outro. Pode ser que ainda haja uma oportunidade de retorno.

Lembram da velinha de bolo que mesmo assoprada, acende novamente algumas vezes? Isso pode acontecer em nossas relações. Só que ela se apaga realmente quando supriu todas as tentativas de reacender ou apaga quando alguém resolve apertá-la com os dedos molhados. Essa ação representa bem o que fazemos com o que ainda poderia dar certo. Irritamos, provocamos tanto outra pessoa com atitudes e palavras infelizes que apagamos de vez a vela da relação.

Sabemos que é difícil nos conter por causa da nossa autoestima. O melhor mesmo é deixar que o tempo mostre se ainda haverá retorno. Às vezes, insistindo em algo tão complicado, estaremos atrasando o aparecimento de alguém ou de uma nova oportunidade, que possa reacender nossa vela.

Portanto, segure sua boca o máximo que puder, porque o grande lance é estarmos de bem com nós mesmos e deixarmos que o curso do rio encoste galhos e sujeiras, para que nossas vidas possam fluir tranquilamente.

NAMASTÊ

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