Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Eu estava assistindo um documentário sobre o tema e comecei a me questionar sobre o medo que as pessoas têm de morrer. É óbvio que ninguém, nem fazendo buracos e vivendo dentro deles a quilômetros da superfície irá sobreviver eternamente.
Acho que o medo de como morrer é o que mais assusta. Água, fogo, tsunamis? O que fazer com a família, como ajudar?
Infelizmente acho que não há muito o que fazer. Mesmo que alguém já tenha sua nave espacial pronta ou seu buraco devidamente equipado não creio que vá escapar, se for sua hora, de algum tipo de calamidade. A nave pode falhar, o ar do buraco pode faltar, as brigas pela comida com certeza poderão iniciar novo ciclo de guerras e desesperos nestes lugares.
E o inconsciente coletivo da humanidade parece querer que algo aconteça e sabem por quê? Porque no fundo todos nós gostaríamos de ver um novo começo, sem guerras, sem matanças, sem gente inescrupulosa, sem fome, sem sede, sem ganância, sem doenças e por aí vai...
O problema é que muitos dos que estão pensando em sobreviver, já estão planejando em como dirigir os sobreviventes. Não sei se gostaria de ficar para ver o tumulto que isso irá resultar. Sei que um dia morrerei, não sei como, mas talvez minha energia sobrevivente possa estar melhor amparada em algum outro lugar que não seja os comandados pelos eternos e insaciáveis seres humano.
Dizem que 2/3 da humanidade será dizimada e que o restante poderá recomeçar. Recomeçar o quê, se muitos dos que estão temendo por suas vidas são pessoas gananciosas, egoístas e cheias de ideais? Seria ótimo se os que recomeçassem, também recomeçassem a pensar de uma forma diferente.
Agora já têm muitas teorias sobre o 21 de dezembro. Até Nostradamus já está perdendo notoriedade e as profecias Maias estão com algumas centenas de interpretações. E o ser humano continua querendo adivinhar seu futuro, sem ao menos querer mudar o seu presente.
O mundo pode acabar hoje mesmo para todos nós, se todos nós mudássemos nossa consciência e começássemos um mundo novo dividindo, amparando, abrindo horizontes e deixando de lado tanta mesquinharia.
O problema é que o homem tem preguiça e prefere deixar que o mundo tome seu rumo conforme a imaginação permite. Eu acho que cada um pode viver e morrer de uma forma digna, bastando que faça sua parte como ser humano agradecido pela nave mãe que é a nossa Terra.
Triste ilusão que os desesperados que se enfurnarão embaixo da Terra ou sairão voando pelos ares, não sofrerão consequências como doenças, saudades, brigas e tudo o mais que ainda faz parte do comportamento egoísta dos seres humanos.
O que eu acho é que ao invés de bombardear essas idéias de final dos tempos, do mundo em todas as pessoas, poderia se disperdiçar melhor o tempo e bombardear coisas boas como "mudanças comportamentais", regras básicas de como ser um dirigente digno e respeitador dos seres dirigidos e por ai vai.
Estamos parecendo adolescentes em véspera de prova, querendo fazer "colinhas" para não sermos surpreendidos e enganar o professor. Mas sabemos que na hora "H", a colinha pode cair no chão, o professor pode pegar a cola e sua prova será recolhida. O certo mesmo é estudar e tentar. Pelo menos a consciência que teremos é de que a honestidade está acima de qualquer coisa.
Se tiver alguma dúvida quanto ao futuro, meu conselho é: VIVA O PRESENTE!
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