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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

quinta-feira, 5 de abril de 2012

EDUCAR OU CADUCAR?


Assunto muito discutido hoje em dia, já que jovens e crianças parecem tomar conta do espaço em que estão.  Culpa de quem? Um joga a culpa no outro: pais, professores, escola, amigos, parentes...

Acho que esse assunto realmente depende da hereditariedade. Me parece que as pessoas nascem com índoles. E, como dizia um grande homem que conheci, espiritualista e profético, os filhos são como os dedos das mãos: estão na mesma plataforma e são totalmente diferentes, além de exercerem cada um uma função.

Já perceberam como as famílias têm filhos inteligentes, os problemáticos, os que vivem doentes, os que são espertinhos, os que se sacrificam e por aí afora? E todos são do mesmo pai e mãe, com a mesma educação, porém com índoles diferentes.

Não descarto que a sociedade influencia e muito. Quando começam as amizades, alguns escolhem os bons amigos, outros os maus e aí tudo se complica. Mas os pais também são assim: uns são atentos e outros alheios. Colocam filhos no mundo, não para se responsabilizar, mas para criar um título.

Antigamente, os filhos não levantavam a voz para os pais, respeitavam os professores e sabiam o horário das coisas - comer, tomar banho, entrar para jantar, fazer as lições de casa, etc. Caso não obedecessem, sabiam que iriam ser castigados e esse medo impunha respeito. Eram castigos como ficar trancado no quarto, não ver seu programa preferido, não poder sair para brincar ou até a surra. A barganha nunca foi errada em minha opinião, pois tudo na vida é barganhado. Ou você trabalha direito, ou é eliminado da equipe; ou você aprende a ser gentil, ou acabará sem amigos; ou você toma remédio, ou sentirá dores horríveis. E assim vai...

Com o tempo, a surra foi perdendo o tamanho e a oportunidade. Lógico que espancar um filho só causará mais dor e revolta. Mas ainda assim acredito na força do amor. Um filho amado,  aprende a amar seus pais e, depois da dor, acabará fazendo de tudo para agradá-los e entenderá que o que fez foi errado e por isso foi repreendido. Um filho que sofre de rejeição, que não sabe o que é amor, entenderá a surra como motivo de ódio pela falta de carinho e essa revolta abrirá portas para chamar a atenção, fazendo coisas que os envergonhe.

Os pais e educadores de hoje se sentem perdidos. Mas por que será? No meu ponto de vista, porque não têm tempo. A mãe, que era educadora e que aprendia a ser mãe, hoje se preocupa mais com seu curriculum e com sua profissão ( que não é a de mãe, mas outra qualquer). O pai que era o provedor e que impunha respeito ao lar, hoje discute com a mulher quem paga as contas e além de tudo demonstra negligência e egoísmo na relação e nas coisas da casa. Ao chegarem em casa, ambos esgotados com todo peso do dia, deixam de lado a atenção dos filhos e dão graças a Deus quando eles dormem cedo ou se distraem em frente de computadores ou trancados em seus quartos sem saber o que lá se passa.

E porque essas crianças e jovens se revoltam? Porque falta diálogo! Não quando alguma coisa acontece, mas desde que eles nasceram. Falta tempo, amor, atenção e respeito por aquelas pessoas colocadas no mundo.

Você me pergunta: mas e antigamente?

Antigamente, os pais apesar de severos sentavam seus filhos no colo, os levavam para passear e nos finais de semana tinham tempo para brincar de pipa, de piquenique e no parque. E tinham tempo de ensinar horários e impor esses horários.

Hoje, a psicologia quer ditar regras sobre como educar. Me desculpem os psicólogos, mas educação é sinônimo de atenção e amor no meu vocabulário. E mesmo assim você estará sujeito a perder uma ovelha de seu rebanho, pois que a tal da ovelha negra existe, mas ela pode ser compreendida. Cabe aos pais observarem melhor seus filhos.

Eu fui criada num ambiente de muito rigor, tínhamos medo quando minha mãe dizia que iria contar para meu pai as coisas. Mas meu pai jamais levantou as mãos para nos dar uma surra. E aprendi isso com minha mãe, pois ela dizia que se for dar uma surra que seja a mulher, pois o homem tem mão muito pesada e pode machucar. E que Deus criou o bumbum para isso, pois é macio e eficaz. Nunca bater em cabeça, em rosto ou com algum tipo de objeto. Nesse caso, quem deve receber punição e terapia são os pais.

Alías, é muito propício perceber em que estado emocional pretende educar um filho. Pais emocionalmente abalados tendem a jogar suas frustrações para cima de seres indefesos. Então, respire antes de educar. Saiba o que está fazendo, pois tenha certeza de uma coisa: SEUS FILHOS PERCEBEM MAIS DE VOCÊ DO QUE VOCÊ PENSA.

Eles sabem exatamente como manipular seus pais hoje em dia. Cuidado com isso. A segurança que demonstra a seus filhos é a chave de uma boa educação. Pais descontrolados, filhos desorientados.

Mas não desanime, você tem plenas condições de EDUCAR, se sabe AMAR. Ninguém vai CADUCAR se errar uma vez. Com certeza você poderá mostrar que sabe se posicionar como pai ou como mãe, pois isso será muito importante para a FAMÍLIA, célula mater de nossa sociedade.

Estar presente, não basta! SER PRESENTE É O QUE REALMENTE PODE AJUDAR!

Mesmo que uma família não esteja mais unida, hoje em dia, pelos quatro cantos de uma casa, ela pode estar unida através da demonstração de respeito entre os pais e da atenção total para seus filhos...


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