O DIREITO DE NOS SENTIR ASSIM...

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Cada um reage às situações de uma forma. Uns se irritam, outros não ligam. Uns se encantam, outros acham besteira. Uns se emocionam, outros debocham. Esta maneira de encarar a vida tem a ver com a personalidade que criamos durante a caminhada.

Mas tem momentos em que não conseguimos controlar o que sentimos, e até gostaríamos. Dependendo da emoção, sofremos demais, ignoramos demais ou nos entregamos demais. Quem observa de fora pode achar que exageramos ou erramos no quesito equilíbrio, sem se dar conta que muita história está envolvida e acumulada durante anos.

Temos direito de nos sentir magoados com algumas respostas que ouvimos, bravos com atitudes e felicíssimos com o desenlace de uma situação. Os sentimentos fazem parte de nós, desse mundo interno confuso e perturbador. Queremos ter controle, porém surtamos algumas vezes,  como se fosse literalmente a gota que transbordasse. A questão é que, em algumas situações, o descontrole acaba com alguém que não precisava de tudo aquilo. E criamos tensão nas relações.

Mesmo assim, temos o direito de nos sentir assim cabisbaixos, quietos ou cheios de energia. E temos o dever de resolver o que deixamos para trás como corações partidos, desordens e loucuras, se quisermos ter ainda essas boas relações e conquistar paz. Temos esses direitos, mas deve haver respeito e consideração com aqueles que nos ouvem ou são atingidos de alguma forma pelos nossos sentimentos.

Nossos laços são frágeis, se considerarmos que cada um carrega seus fardos e têm limite para a paciência. Mas na vida, na nossa vida, precisamos aceitar que num determinado dia, temos o direito de nos sentir assim...e nos permitir se isolar, rir alto, cantar ou quebrar uma xícara. Porque afinal, libertar-se do que nos incomoda pode ser a resposta para voltarmos ao eixo do equilíbrio mental.

NAMASTÊ

O VALOR DOS BISCOITOS DE NATAL

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Quando eu era criança via minha Oma (vó  em alemão) de tamanco preto de saltinho, com seu avental branco, vestido, com as faces rosadas, amassando massa para biscoitos, no calor de uma cozinha. Para falar a verdade,  nunca me dei conta do trabalho que ela tinha para fazer pacotinhos para toda a familia e, junto com um presentinho, lá estava o tradicional pacote de biscoitos. Quando ela se foi, os biscoitos também se foram. Bem mais tarde, quando me tornei vó, resolvi procurar tais biscoitos para dar para minha primeira neta. Acabei encontrando uma senhora que fazia sob encomenda.

Como gosto de cozinhar, resolvi buscar receitas sobre os biscoitos de natal e fiz minha primeira fornada. Percebi como é divertido cortá-los em formatos diferentes e enfeitá-los. Resolvi fazer para os dias especiais do ano como Páscoa, dia dos pais e mães e das crianças. Hoje, apesar do cansaço, me sinto realizada em fazer isto já há muitos anos. Mudei um pouco o estilo do famoso biscoito natalino, para dar ênfase nos de sabor. Percebi que diferentes biscoitos não enjoam tão rápido e podemos saboreá-los com uma xicara de chá,  café ou achocolatado, sentindo o aroma e sabor de cada um.

Minhas netas adoram e fico feliz por deixar este legado e lembrança, como minha Oma me deixou. Às vezes, até sinto a presença dela quando estou na cozinha e acabo falando sozinha, pedindo conselhos ou reclamando do calor, dando ainda mais valor pelo que ela fazia. Parece que foi só eu procurar estes biscoitos que muita gente resolveu fazer para vender. E agora existem muitas pessoas vendendo.  Confesso que tem um mais lindo e perfeito que o outro. Mesmo na simplicidade, os meus são feitos com muito amor e cada um vai com uma boa energia, mentalizada na saúde e satisfação de cada pessoa que experimenta um desses. 

Agradeço a todos que, junto comigo, fortalecem essa tradição prestigiando os biscoitos. O motivo inicial foi apresentá-los às netas e agora é a satisfação de ver alguém feliz. Todo ano digo que será o último que farei e acabo na cozinha de novo no ano seguinte. 

Para minha querida Omama deixo este texto em sua memória e de seus lindos, delicados e saborosos biscoitinhos de natal. E que o verdadeiro motivo deles seja a felicidade de fazer e de comer. Gratidão, Oma!

NAMASTÊ 

EU COMIGO MESMA

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Sou intensa, sempre fui.

Quando amo, quero cuidar.
Quando sofro, choro muito.
Quando quero, dou um jeito de conseguir.
Quando decido, vou em frente.

Minha energia às vezes assusta,
Às vezes irrita,
E nem sempre é compreendida.

Nao sei se é do signo,
Ou a alma agitada.
Talvez uma vontade desenfreada de ser feliz,
Querer viver e ver o mundo com olhos curiosos.

Mas a mesmice me entedia
Preciso ser mais que existir.
Não sou do barulho, prefiro o silêncio,
Nem de ambientes cheios de gente.
Gosto de conversar apenas em dois ou três.
Quando fico quieta é porque estou sem paciência.
Não costumo falar o que estou sentindo,
Mas meu jeito transparece,
Meus olhos se iluminam ou apagam,
E aos poucos vou mostrando desagrado.

Explodir não faz parte de mim,
Mas se o fio acaba, saia de perto!
Sou como um tornado que passa rápido
E depois só vê os estragos, corroendo o coração.

Porque sou amor,
Não gosto de brigar, de maldades.
Busco a paz onde quer que eu vá.
Mas o mundo está cheio de espinhos
E eu cheia de furinhos que vou curando.

Sim, sou intensa!
Intensidade nos dá vida!
Não curto o mais ou menos, nem pessoas mornas que, quando estão do seu lado, não te deixam viver, nem sorrir, nem ser.
Não pense que esqueço, me finjo de morta se você merecer. Caso contrário, saio de fininho.

Não gosto de ser comandada, mas orientada.
Nem de ser tratada com gritos ou deboches.
Respeito é um sinal de maturidade e sabedoria.
Também não gosto de que controlem minha vida, me dizendo o que fazer.
Se me quer por perto, espere eu pedir sua opinião  e pare de dar ordens.

Sou sagitariana, bruxa e alma livre.
Ando pelos caminhos do bem, sem olhar a quem.
Me entenda, se puder.
Goste ou não de mim, pois é um direito seu.
Mas, se fizer parte da minha vida, seja você mesmo, para que eu saiba com quem ando.
Quem em sã consciência escreve sobre si mesmo? Só quem tem a mente aberta ...

NAMASTÊ 

CERTO OU ERRADO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Muitas vezes pensamos se o que fazemos é certo ou errado. Parece existir entre um e outro, uma lacuna perigosa que afeta profundamente a vida e o emocional. Somos constituídos de pensamentos e emoções, agindo conforme o momento. A dificuldade de se desvencilhar de alguns sentimentos pesados, nos faz tomar decisões, às vezes drásticas, às vezes incoerentes.

A vida nos presenteia constantemente de dores que gostaríamos de esquecer, mas que ficam guardadas, e isto vai tornando nossos corações duros, cheios de reservas e inseguros. Se formos novamente golpeados com certas atitudes e palavras, vamos nos fechando num casulo que só nós conhecemos, porque falar disto é criar dramas. Tudo que não precisamos é dos comentários de gente que é pior que nós no quesito compreensão e que se acha sábia o suficiente para resolver os problemas dos outros, sem olhar suas vidas encardidas.

Mais tarde, quando a tal poeira baixa e conseguimos concatenar as idéias, ficamos nos perguntando se agimos corretamente. Existe uma auto-defesa, às vezes até insuportável, ou orgulho, que fica nos mostrando razões para termos agido daquela forma. É um tipo de proteção na qual queremos acreditar que agimos certo.

Por outro lado, a angústia que permanece no peito, fomenta o pensamento em direção a nossos erros, questionando se agimos certo ou errado em relação aquele assunto. A platéia tem opiniões diferentes, todos com suas certezas, sem saber o que se passa dentro de cada um e de seus corações. Por isso, muitas vezes sofremos calados, a fim de não juntar mais confusão nos pensamentos já conturbados.

Quando encontramos a pessoa certa para nos ouvir, a paisagem muda de figura e o que parecia uma nuvem negra, libera agora raios de sol por entre elas. Certo ou errado é algo que está nos dois lados da moeda. Fácil julgar, difícil passar pela mesma situação, sem analisar toda uma vida.

Para quem tem mais sensibilidade, fica um pouco mais claro observar e sentir verdades e mentiras. Mesmo assim, vamos ferindo a nós mesmos com manifestações erradas, que julgamos serem corretas. É um mundo cheio de julgamentos! Porém, o mais algoz deles vêm de dentro do nosso coração, que maltrata e nos molda a cada dia em pessoas melhores ou piores. Certos ou errados, vamos carregando fardos e ajustando as relações em amorosidade ou eternas rusgas.

NAMASTÊ 

COMPREENSÃO E LEVEZA

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Se fiz algo que te magoou e tem raiva de mim, eu peço perdão pela minha ignorância.
Se eu disse algo que te afetou, peço que entenda o momento e analise se há razão nisso ou não.
Se deixei de estar presente para você, entenda que nem sempre as condições são propícias ou eu não estava bem comigo.
Se te abandonei algum dia, talvez também tenha me sentido abandonada e precisei de espaço para me refazer.
Se fiquei em silêncio quando você  esperava uma reação minha, é provável que precisei pensar no que iria dizer.
Se desviei o olhar quando queria que eu estivesse atenta, talvez minha cabeça estivesse em outro lugar, preocupada com alguma situação.
Se meu abraço não foi tão confortante, me ajude a ser melhor e pergunte o que se passa comigo.
Se não te ofereci o que esperava receber, talvez esteja vazia, ou sem ânimo, ou ainda apenas sem vontade.

Peço que não desista de mim quando não correspondo às suas expectativas. Que não me deixe sem seu carinho e seu abraço. Também preciso disso! Corre muita informação, muitas lembranças e tristezas dentro de mim e que ainda não consegui sanar. Estou me esforçando, trabalhando para ser melhor, mas sou mais uma pessoa vivendo sua própria história. Às vezes mal contada, às vezes sem intenção de ofender e magoar quem me acompanha na estrada. Também sofro, tanto com minhas impetuosidades, quanto com o que ouço e recebo. Vamos melhorar as relações e tornar a vida mais leve?

NAMASTÊ 

UMA AJUDA PARA MAUS SENTIMENTOS

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Perceba como os maus sentimentos são deletérios para a saúde e nem percebemos. Não é só comida que faz mal, mas o emocional também nos afeta, e muito.

A raiva traz a energia da agonia. Uma sensação que aperta a mandíbula, criando problemas dentários. É como se nos sufocasse e o peito quisesse explodir. Nesta situação, a mente fica confusa e não relaxa. Os pensamentos só se conectam com palavras e lembranças ruins. Não conseguimos sorrir e achamos tudo ruim e sem graça. Vemos maldade em tudo sem querer entender as atitudes do próximo.

COMO TRATAR: com muita respiração profunda, fechar os olhos e envolver-se numa luz violeta, para transmutar esse sentimento. Para quem gosta, acender um incenso que ajuda na aromaterapia ou borrifar essências no ambiente como a lavanda pode aliviar a tensão e ajudar o mental.

A inveja corrói o plexo cardíaco. Pensamentos ruins também surgem e ao invés de torcer pela felicidade alheia, deseja-se que os planos do outro dêem errado. E se isto acontece, há uma satisfação interior em ver a desgraça alheia. Este sentimento é mais comum que se imagina. Porém, ele não traz para nós a alegria, apenas camufla quem realmente somos, pessoas insatisfeitas e com baixa confiança em nós mesmos.

COMO TRATAR: entender que todos podem ter momentos de alegria e conseguir seus sonhos através do que é justo e de direito. Se somos pessoas honestas e corretas, isso é mais fácil. Nunca deixar nossa dignidade para querer nos equiparar com o outro. Pensamentos que nos coloquem confiantes sobre nossas lutas e sonhos são importantes.

A impaciência normalmente causa enxaquecas ou dores na cervical, porque não nos damos chance de pensar e respirar. Partimos para a grosseria, sem que às vezes a outra pessoa entenda o que está recebendo. Por não respirar corretamente, o cérebro deixa de receber a oxigenação necessária e a mente fica confusa. Toda carga que sentimos acaba causando tais dores e até tonturas.

COMO TRATAR: antes de mais nada se perceber. Perguntar a si mesmo como agir, responder ou resolver as questões de forma a ter amorosidade e bom senso. Nem sempre o outro está preparado para nossa ira e acabamos ferindo alguém. O floral de Bach IMPATIENS é excelente para quem se irrita facilmente.

A irritação pode causar problemas gástricos e estomacais, já que nos sentimos como se levássemos um soco no estômago. Porém, se estamos constantemente irritados, precisamos ter um tempo para andar descalço na terra e reenergizar o corpo, ja que este sentimento é como um curto circuito em nós. Nisso, respondemos e agimos sempre impulsivamente.

COMO TRATAR: andar na terra, respirar profundamente, fechar os olhos e imaginar um lugar abençoado, tranquilo e seguro. Colocar um vasinho com alecrim onde se trabalha ou fica, tomar chá de laranja ou erva cidreira sempre que puder.

Estes são alguns sentimentos que temos e que quase não sabemos como contorná-los, nos fazendo sofrer calados. E as dores aparecem. Estar em paz é um dos mais benéficos remédios da vida. Não custa tentar ajudar a si mesmo a melhorar.

NAMASTÊ 

O AMANHÃ PODE NÃO EXISTIR

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Ao virarmos as costas tudo pode acontecer. Talvez a vida nos agracie com a chance do perdão, ou quem sabe teremos que lidar com as palavras duras que deixamos para trás, principalmente se amamos alguém. Jamais saberemos se aquele abraço será uma despedida, se aquele carinho ficará marcado pelo tempo e se aquele olhar poderia ter sido mais longo e atento aos sentimentos do outro.

Então,  devemos pensar na oportunidade que temos, sem nos distrairmos com bobagens, enquanto esse alguém conta sua história ou apenas tem nossa companhia. Precisamos olhar melhor quem amamos, observando seu olhar, sua transformação física e o que seu semblante procura esconder atrás de sorrisos tímidos. Não ter tempo é a pior desculpa que temos, já que é justamente o tempo que faz tudo parecer infinito quando queremos.

Podemos ter que carregar por toda a vida a culpa de não ter ouvido ou não ter compartilhado momentos simples, mas distintos, que só a vida em si encaixa no lugar certo e hora certa. Precisamos levantar a mão se estamos ouvindo e somos interrompidos por um terceiro, que chega arrebatando o momento. Porque a simplicidade daquele diálogo pode ficar perdida no esquecimento e na confusão mental. Às vezes, alguém toma coragem em falar o que há muito está travado na garganta, escolhendo-nos como confidentes, mas se não conseguimos dar atenção necessária, o sentimento se esvaece.

Aprender a abraçar com vontade, beijar e até abençoar os que amamos pode ser uma maneira de nos tranquilizar se o acaso nos surpreender. Parece que ter essa chance é uma forma de transmutar o desespero que nos assola na perda. Ninguém está livre de ter que trabalhar a ausência, mas pelo menos haverá uma certa serenidade por saber que não perdemos um tempo precioso dado a nós para a existência terrena.

Portanto, façamos ajustes nas relações,  tendo mais paciência, atenção e disponibilidade para aqueles que consideramos amores, amigos e família. A gente se acostuma com a falta, mas o coração jamais será curado da nossa própria indisciplina nas conexões amorosas.

NAMASTÊ 

ENERGIA DO NATAL

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Nesta época a energia no planeta se intensifica. Temos próximos a nós as boas lembranças, as almas dos entes queridos, a alegria das crianças, as luzes e brilhos pela cidade, os cantos e músicas natalinas. Ao mesmo tempo, o coração se aperta, algumas lágrimas escorrem de repente, a saudade de algumas coisas do passado que nos ensinaram sobre a vida e o amor saem do baú e a melancolia se instala nos fazendo ter um olhar perdido.

Apesar de o mundo parecer cada vez mais material e mecânico, ainda tem valores sobre familia, união e respeito ao próximo. Alguns membros que faziam isso se tornar intenso e único já se foram deste mundo, deixando um certo vazio nas festas de final de ano. Mas seu legado ficou, apesar de que as coisas não parecem mais as mesmas. Não sei se porque envelhecemos e a correria em volta da casa deu lugar aos preparos da comida. Talvez a espiadela na janela para ver o Papai Noel, agora seja só ansiedade em esperar a família em casa ou decidir onde será a festa.

A gente procura manter as tradições, mas o mundo modificou e, apesar das árvores enfeitadas e peru na mesa, algo está faltando e não sei bem o que é. Talvez seja uma certa fantasia, ou aquela magia da inocência que ficou para trás, abrindo espaço para o presente caro e do momento. Mudanças, às vezes, são inevitáveis, mas nem sempre são as melhores opções.

Qual a criança que não gosta de imaginar e de fantasiar quando olha ao redor e vê ruas iluminadas, Papai Noel desfilando num carro e encontrar os primos e amigos para brincar, sem medo de cobranças? E toda aquela amorosidade, alegria, risos e satisfação de rever familiares, sem ter pressa e controle para a ceia, mas nunca esquecendo da oração de agradecimento?

Precisamos despertar em nós o Natal. Não esse de dar e receber presentes, mas de se encantar por algo etéreo e que atinge a alma, na intensidade de nos maravilhar e nos transformar. Talvez colocar luzinhas na porta, enfeites nas janelas ou um presépio no canto da sala, com uma vela que será acesa na noite de Natal. Não importa se somos solitários ou vivemos num clã. O que importa é conectar a fonte perdida, a vontade de ser feliz e de sentir paz interior.

Infelizmente, em muitos lugares, parece que alguns fios se desconectaram, algumas luzes se apagaram e se age apenas para cumprir com o protocolo, negligenciando a própria satisfação em fazer parte de algo que já não combina com o espírito. Ser criança é maravilhoso, pois não existe toda a carga que um adulto carrega. Para elas tudo é leve! Apreciar a festa é natural e fácil. E é por esta geração que ainda precisamos dar continuidade ao Natal. Não como comércio, mas como uma forma de lhes mostrar como criar boas lembranças e lhes ensinar a beleza por trás desta festa, sentindo a energia que renova o espirito e que cada um de nós pode buscar, a fim de fortalecer os bons sentimentos.

NAMASTÊ 

E SEGUIMOS...

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Tem vezes que ser forte significa não contar com ninguém para chorar ou abrir seu coração.  Aprendemos a nos calar e engolir tudo que sentimos para não ouvir justamente o que não precisamos naquele momento.

É triste ouvir: - Olha o drama!, quando a vontade que temos é de receber só um abraço e ser amparada no peito de alguém. Ninguém quer, numa hora em que a fragilidade da vida nos envolve, ser agraciada com "ais" ou olhares de deboche. Queria que as pessoas soubessem que tenho coração e que ele dói. Que a vida, apesar de dura, me fez fazer tudo que podia para dar amor e deixar de lado o " eu", para ser "nós ".

Minhas falhas, muitas vezes foram de cansaço por falar e não ser ouvida, fazer e não ser compreendida e precisar estar ausente quando queriam minha presença. Ainda não me aceitaram como sou e tentam moldar meus pensamentos que são diferentes ou que não se ajustam na vida dos que participam da minha. Isso vem em forma de castigos que destróem a alma com isolamentos e distanciamentos. E, apesar de querer estar presente, participar e sentir o prazer da alegria, esquecem ou me eliminam dos planos, sobrando restos que vou catando e preenchendo um pouco da vida que me resta, me iludindo com o amor que penso existir.

Compreendo que a vida de cada um são suas escolhas e que devia estar acostumada por não fazer parte delas. Quando amamos,  devia existir um presente divino, onde ao menos sentíssemos que o que nos mostram é real e não fantasia. Me considero forte, mas ainda preciso de abraço. Me considero independente, mas quero ter amigos, contar minhas historias e ouvir a deles. Me considero espiritualista, mas preciso de dias de terra que sustentem meu espirito.

Tem dias que olhamos o céu e nos perguntamos "até onde vou"? Tem palavras que ouvimos e são como balas a furar a alma. Tem dias que, com toda beleza e cor do mundo, enxergamos a vida cinza, opaca e sem brilho.  Ainda falta compreender por que esperamos tanto de quem ainda não aprendeu a olhar através dos julgamentos, querendo exorcizar de si mesmo seus próprios demônios. E não conseguem olhar para frente, sem apontar um dedo na direção do que consideram um erro seu, a fim de justificar suas próprias vidas. Nem sempre o sol nos ilumina por completo, mas ainda resta os frágeis raios de luz que jamais deixam o coração se apagar. E seguimos...

NAMASTÊ 

PROGRESSO HUMANO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Se eu fosse sol choraria com lágrimas de fogo e elas certamente acenderiam algumas velas para que eu encontrasse o caminho.

Se eu fosse a lua faria de tudo para viver cheia: de amor, de amigos e de felicidade.

Se eu fosse uma árvore deixaria minhas raízes serem vistas para entenderem que elas são fortes exigindo respeito.

Se eu fosse uma estrela faria mais que brilhar; tentaria iluminar corações desesperados.

Se eu fosse o vento andaria pelos quatro cantos do mundo varrendo a sujeira e levando o lixo para um lugar inatingível.

Se eu fosse um rio deslizaria por colinas e vales, me curvando sobre a mata e a enchendo de vida.

Mas sou só humana. Uso o fogo para queimar a natureza, a luz para ofuscar egos, não respeito minhas raízes, busco a iluminação como desculpa para ganhar dinheiro, jogo lixo em qualquer lugar e só me curvo para ganhar atenção.

Talvez um dia eu aprenda mais sobre o verdadeiro valor do universo e suas lindas funções.  Até lá, espero que aquilo que chamam de progresso atinja os humanos.

NAMASTÊ 

MATURIDADE E DISCIPLINA MENTAL

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Não sei se isto é sadio, mas com o tempo a gente percebe que ignorar ou abstrair certas discussões, comentários e egoísmos nos faz ter uma vida mais nossa. A gente se livra de nuvens pesadas acima da cabeça, que chovem o tempo todo em pensamentos destrutivos.

A raiva até se manifesta na hora, talvez por um ou dois dias, mas quando buscamos paz, aprendemos a nos livrar do mau tempo e fazer o sol surgir através da amorosidade que encontramos em pessoas que nem imaginávamos. É fundamental focar em ser feliz, não guardando na bagagem o que só pesa e não nos traz nenhum bem.

Vez ou outra as nuvens se acumulam querendo trazer escuridão e tristeza, mas precisamos aprender a ter um espanador por perto para retirar a névoa. A mente precisa funcionar em função de atividades importantes para nossa saúde e distração. É nesta hora que precisamos usar nossos dons ou gostos e exercitar o que seja benéfico para aliviar a pressão do coração.

Nossa vontade nem sempre será aceita, assim como temos direito de dar nossa opinião ou discordar de algumas imposições. Mas a maturidade, que no fundo é o acúmulo de experiências já sofridas e conhecidas, faz com que o cansaço disso tudo seja determinante para desconsiderar algumas palavras duras, atitudes desagradáveis e pessoas frias, nos tornando verdadeiros atores apáticos.

Trabalhamos o processo da melhor forma possivel para a saúde de nosso emocional, sem sustentar rancores, mas com a inteligência necessária para não esquecer cada agulhada recebida, com o elixir perfeito criado através da sabedoria do autoconhecimento. Só assim sobreviveremos aos invernos animicos que estão constantemente dispostos a nos tirar da nossa primavera.

A dura realidade dos sentimentos vis, ainda tão aflorados pela humanidade afora, nos faz encontrar pelo caminho o sabor amargo da ingratidão e da falta de bom senso ou respeito. E se não nos prepararmos para isso, iremos sucumbir, desanimando para a grande missão de nossas vidas que é viver, custe o que custar. Porque enquanto choramos ou nos lamentamos por alguém, o mundo continuará girando e os outros tentando a própria felicidade, com ou sem nós.

NAMASTÊ

FAÇA MAIS QUE EXISTIR

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Quando abrimos os olhos pela manhã, nem nos damos conta de que metade do mundo já está nas atividades e uma outra parte ainda dorme. Não nos damos conta nem do que se passa na vida e na casa de nossos parentes e amigos, imagine ao redor do mundo.

Então, será que ao abrir nossos olhos, realmente acordamos? E não falo de saber das tragédias através dos noticiários, mas de saber dos sentimentos humanos como aflições, medos, alegrias e tristezas, desespero e satisfações. Engraçado pensar que talvez estejamos com o mesmo sentimento de milhões de pessoas hoje. Ou que enquanto sorrimos, outros choram. E amanhã as coisas podem se inverter.

Parece maluquice pensar sobre isso, mas no fim das contas, vivendo todos no mesmo planeta, estamos sob a influência de diversos pensamentos e sentimentos. Isso pode tornar o mundo mais leve ou pesado, dependendo de como a vida de cada um está. E isso nos torna responsáveis por querer tornar o mundo melhor só pela gratidão. Cada grão de areia vai construindo uma escultura etérica que pode ser benigna ou maligna, dependendo de nós.

Fazer o possível para colaborarmos com um mundo melhor através do pensamento ponderado, das atitudes de compaixão e da gratidão, torna a vida mais leve. Quanto menos nos influenciarmos com as tragédias, no sentido de comentar e não de ajudar, melhor. A ajuda pode vir através da oração que é uma forma de limparmos a energia ruim e trazer bênçãos para o planeta. O que não podemos é nos abster de qualquer ação,  sermos egoístas ao ponto de prejudicar ainda mais aqueles que estão caídos. E, quando abrirmos os olhos pela manhã realmente acordarmos, tendo em mente mudar coisas em nós que sabemos não serem corretas, assim como olhar ao redor e fazer algo necessário e bom, para colocarmos na escultura da vida nosso grãozinho de areia. Não precisamos imaginar grandes coisas, pois o necessário está nas pequenas, que juntando tudo, farão grandes diferenças. Portanto, se por acaso vir alguém com alguma dificuldade, ao menos pergunte: - Posso ajudar"? 

NAMASTÊ

TRANSFORMAÇÕES NA VIDA

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Tudo muda na vida...

Os risos já não são os de outrora,
As amizades se dissipam,
O respeito abre lugar para confrontos.

O inicio é singelo, mas o fim destrutivo.
Não temos a mesma facilidade, nem agilidade.
O tempo parece encurtar e as relações vão se evadindo.

O que muda em nós, muda o mundo ao nosso redor.
As saídas à noite dão lugar para os cafés ou churrascos em casa.
Barullho demais incomoda e o som alto afeta nosso equilíbrio.

Até os gostos pela comida, pela beleza e pelos lugares mudam, conforme vamos caminhando.
Mudam os jeitos, os pensamentos e o estilo.
Seria correto dizer que somos muitos numa só vida? Alguns ficam introvertidos, quando eram os que mais se destacavam no colégio. Outros, desenvolvem a capacidade de falar, quando eram tão calados que passavam despercebidos.

Tudo muda nesta vida...
Vamos nos transformando, nos modificando e, um dia, olhamos no espelho e não nos achamos naquele que imaginamos que somos.
E o que antes era um certo narcisismo, dá lugar para o medo e a preocupação com a auto-estima.

A bagagem nos faz mudar de idéias e opiniões e entramos em choque com os que ainda pensam arcaicamente, porque cada um tem um tempo.
Os que lutavam por algum ideal, simplesmente cansaram. Os que se inteiraram, estudando e se reciclando, descobrem visões diferentes do que antes parecia irrelevante.

E tudo muda...
Porque se não mudar, não evolui, não há descobertas, nem oportunidades de transformar o que precisa no mundo.
Mas a mudança pode ser cruel, pode doer, pode destilar venenos.
Um lado pode sofrer, enquanto o outro desperta.
Alguém pode ficar para trás, para dar lugar a almas contemporâneas .

Muda quantidade e qualidade
Muda aparências e condições!
O que não muda é a alma,
Que sentindo as mudanças físicas, 
Sempre será a mesma alma,
Carregando em si o aprendizado eterno.
Porque alma é o que fomos ontem, somos hoje e seremos amanhã, essencialmente!

NAMASTÊ 

PESSOAS ILUMINADAS

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Quem realmente luta por você? Nesta vida, pela estrada, às vezes andamos sozinhos, às vezes encontramos pessoas que nos ajudam a entender as dificuldades. Elas podem vir e ir, podem apenas ter um papel ou ser um laço. Mas elas são! São luz, são verdadeiras e únicas e jamais te abandonam. São muito raras, mas existem. E, quando Deus observa nossas tristezas ou dificuldades, Ele as coloca em nossas vidas.

Elas são de carne e osso, mas a alma é alimentada com uma tenacidade inconfundível. Não desistem de te ver feliz e bem. Alguns sentimentos como egoísmo, inveja ou orgulho não as alimentam. Sabem bem como você está por dentro, mesmo demonstrando alegria por fora. Vêm com algo a mais dentro de si, uma consciência inabalável e que não se deixam vencer pelas maldades da vida. Elas realmente te amam!

Esse amor não acaba por causa da distância ou de pequenos transtornos, porque é puro, limpo e forte. Não é amor obrigatório, mas livre de influências e tradições. Sim, existem pessoas assim, mas elas estão escondidas na própria teia cósmica. O problema é que elas também sofrem e sentem a falta de compreensão e amor. E, apesar de tudo, estão e estarão para e por nós.

Alimentadas emocionalmente pelas correntes de luz, conseguem suportar as adversidades e abandonos. Estão se moldando para atravessar dimensões e buscando compreender o que ainda lhes falta de discernimento para um mundo cheio de questionamentos. Mas não desistem nem por um minuto de estarem ali, ao nosso lado, quando precisamos chorar, de um abraço ou apenas de um olhar.

A grande lição é perceber estas pessoas que Deus coloca em nosso caminho e, no mínimo, respeitá-las. Elas tem direito a desabar, errar e se indignar, porque são humanas. Mas, se você tiver o bom senso necessário,  verá que ela volta, ela não de abandona, não te esquece e não te deixa para trás. Vai te puxar na caminhada, vai te direcionar e te alimentar a alma de amor. Por essas pessoas devemos ser gratos e honrá-las. Não são figuras que vemos, mas almas que já estão há muito tempo trabalhando por nós.

GRATIDÃO!

OPORTUNIDADES PERDIDAS

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Ontem conheci ao acaso uma senhora na rua que me perguntou onde ficava a panificadora. De repente, ela começou a falar da vida dela, que não era daqui e que tinha perdido o marido a pouco tempo. Parece que era sadio, não tomava remédios e era ativo, fazendo suas coisas diariamente. Neste dia, deu comida aos cães,  tomou seu desjejum e foi ao quarto, quando sentiu uma tontura e caiu de cabeça no chão. Levado ao hospital, precisou colocar um dreno no cérebro, mas não resistiu ao ferimento e morreu.

Comecei a lembrar disso hoje e percebi que não somos nada além do amor. E que nem todos compreendem o amor que externamos. Precisamos aprender a nos deixar guiar por este sentimento puro e que não pede nada em troca. Estamos aqui para amar "apesar de" e isto é dificil. Num dia você é necessário, noutro apenas alguém para alguém. Alguém que serve, alguém que ajuda, alguém que tem uma função. O que não estamos vendo é o "além de". Quando alguém está em nossa vida, não é por acaso. É porque aquela energia nos transformará. É justamente aquela energia que precisamos para juntar os cacos e colar na alma atemporal.

A dificil missão está em aceitar o tempo, que não é o mesmo para cada um. Simplesmente não conseguimos compreender o que se passa na mente de cada pessoa que nos acompanha, que nos ama da forma delas e que, de repente, está nos julgando, criticando ou nos isolando. Mas é o aprendizado e dele avançaremos ou ficaremos à mercê de todos os sentimentos.

Ouvi na meditação a seguinte frase: " Temos responsabilidade pelo que cultivamos no coração das pessoas". É um peso imenso não olhar com os olhos do amor! Porque constantemente nos sujeitamos à ira, às pequenas vinganças, às birras, olhando sempre para o passado e o que nos fizeram ou deixaram de fazer. A cegueira da visão impede o avanço da alma, onde há ternura, perdão e união. A falta de sintonia ainda é o maior obstáculo nas relações.

Se tivéssemos a visão através do invólucro fisico, talvez aprendêssemos a respeitar tudo no planeta. Não só as pessoas, mas toda a natureza, da qual simbolicamente está em nós. E poderíamos tratar melhor cada um, aceitando sua forma de amar, mas também seu momento de solidão e aprendizado espiritual. Novamente ouvi outra frase na meditação: "Devemos amar as pessoas pelo que são e não pelo que fazem por nós!"

É dificil ser lacônica num assunto tão complexo e que ainda estamos engatinhando. Mas podemos observar todo crescimento da humanidade e acreditar num progresso, bastando nos alimentar da sabedoria divina que brota dentro de nós e que insistimos em não regar. É importante usar a mente, mas racionalizar demais tira o foco para o sentir pleno. E, sem ele nos tornamos corações imaturos, duros e não nos permitimos avançar.

Voltando à história inicial, perdemos oportunidades de ter quem amamos mais perto, participando de nossas vidas e pensamentos. O medo nos faz recuar para não termos que competir, sem entender que às vezes, tudo o que o outro quer é estar conosco, fazendo parte e transferindo amor.

NAMASTÊ 

FIM DE OUTUBRO

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Último dia de outubro, dia das bruxas, próximo a finados... quanta coisa acontecendo e trazendo reflexões. Natal chegando, final de ano, descanso de mais um ano. Essa época nos atrai a pensar no que está acabando, no que fizemos ou deixamos de fazer. Nada melhor e que combina mais que uma oração para este dia.

Força Cósmica, Grande Pai!
Permita-me estar conTigo e Te ouvir.
Força Telúrica, Grande Mãe!
Fortalece-me com Tua energia e vigor.
Força Cristalina, Mestres Ascencionados!
Entrega-me o Arco-íris em meu coração.

Mais um mês terreno está terminando.
Venci mais esta batalha,
Estou pronta para entregar-Te meu melhor.
Cura-me dos sentimentos infelizes,
Livra-me dos perigos e do mal
Permita que meu anjo ancore ao meu lado
Guiando meus passos, aliviando minhas dores.

Entrego a Ti minha vida, minha familia, minhas decisões e sei que estando em Tuas mãos só virá o bem.
Que a Mãe Terra seja abençoada e que a natureza livrada.
Que os Cristais vibrem e fortaleçam o planeta.
E que a consciência crística tome lugar na mente humana.
Assim seja, assim é,  assim será.

NAMASTÊ 

VOCÊS E A MINHA JORNADA

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Você é aquela pessoa que me ouve. E não é só isso, também não me julga. Me sinto à vontade a seu lado e muito mais verdadeira.
Você me ensina e me faz pensar sobre meus erros e eu preciso disso muitas vezes.
Você me conquista pelo sorriso. Só de te ver sorrir sou mais feliz e tenho ânimo para realizar tudo que preciso.
Você me puxa para a Terra, pois sou uma sonhadora sem limites. Mas viver nas nuvens nem sempre é tão bom.
Você me estimula a fazer mais, a ir em frente e conquistar meus sonhos.
Você nem sempre me ajuda, me fala coisas pesadas e me faz chorar.
Você já me decepcionou muito, pois eu estava ali, do seu lado, mas não fui reconhecida.
Você me fez ver que nem sempre filhos são os que nascem da gente. Temos alguns laços espirituais intensos.
Você me faz tentar de novo, querer mais e entender até onde posso ir.
Você já me fez chorar muito, mas eu perdoei, pelo simples fato de que eu te amo.
Você me faz ajoelhar e acender velas para te abençoar, porque insiste em se meter em enrascadas.
Você é a pessoa carinhosa, querida e que nunca esquece de me perguntar como estou.
Você não imagina como gosto de você e que, mesmo de longe, você é lembrança boa.
Você já me socorreu em momentos tristes, segurou minhas mãos e esteve presente no desespero. 
Você é quem me olhava com ternura, aquecia minhas mãos e me apoiava sempre.
Você já me deu trabalho, me fez passar raiva e me mostrou mudanças importantes.
Você já me recebeu de braços abertos, quando senti o mundo fechado e, só por isso, honro tua presença. 
Você me encanta com tanta força e luz.
Você é aquela pessoa que todo mundo precisa na vida: ouve, diz piadas e faz rir e é consciente o suficiente para me fazer pensar.
Você me deu amor e carinho, mas também me apunhalou, me deixando sem chão.

Você não gosta de mim, eu sei. Mas não posso fazer nada além de existir para você.
Você conseguiu bagunçar minha vida, mas não conseguiu me destruir como gostaria.
Você foi importante e achei que estaria comigo sempre, mas tuas palavras nos separaram.
Você me viu chorar e só me abraçou, deixando que eu externasse minha dor.
Você nunca riu de mim, nunca debochou ou me colocou em saia justa e isso é caráter.
Você me elogia, me admira e sinto a tua verdade sem inveja, nem ciúmes.
Você me ensinou,  mas também se deixou aprender. Ouviu e questionou com interesse e humildade.
Você é  aquela pessoa que me valoriza, não me esquece e que sofre junto.
Você me faz ser simples, não preciso representar ao teu lado, nem vestir máscaras, porque você é o que é.

Você apareceu do nada, deu seu recado e transformou minha vida.

Todos que vêm, vêm porque precisam!
Todos que saem, saem porque não há mais o que trocar.
Todos que ficam, ficam porque há laços que não se rompem, ou porque realmente nos amam.
Mas todos sem exceção, são um grande aprendizado numa escola tão extensa e diversificada na vida.
E por todos sou grata,
Para todos envio luz!
E com todos criei os processos da minha vida.

NAMASTÊ 

INSATISFAÇÕES PESSOAIS

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Não conseguimos evitar alguns sentimentos internos. Eles simplesmente estão ali, manifestando suas consequências. Temos todo tipo de ferramentas para nos tornarmos saudáveis emocionalmente, mas a vida em si insiste em nos testar.

As doenças silenciosas vão surgindo sem nos darmos conta de que tudo é desequilíbrio, afetando o mental, o emocional e o físico. Sabemos quando não estamos bem, sentindo o corpo apático, a mente confusa e o emocional desmotivado. As tristezas são diversas, algumas passageiras e outras inesquecíveis e profundas. Toda tristeza traz consigo a ansiedade e até uma certa inércia, nos fazendo prisioneiros na própria vida.

Alguns buscam terapias, outros acabam em remédios, tentando ajustar o organismo em busca da felicidade. Mas, onde está a felicidade, afinal? Precisamos realmente da química para um controle desses sentimentos ameaçadores ou temos em nós a capacidade de auto cura? Obviamente, este é um assunto polêmico e cheio de conjecturas. Num mundo cada vez mais fóbico com relação à imagem corporal, à longevidade e aos cuidados necessários para se conseguir tudo isso, vamos nos tornando cada vez mais ansiosos, tristes e frustrados.

Fingimos a satisfação, mas interiormente o pensamento gira em torno de comparações e necessidades de ser mais e melhor que o outro. Quem acha isso sadio não está percebendo o quanto tudo tem causado males.  É como se vivêssemos competindo e nos desgastando num esforço sem fim, porque nunca estamos totalmente realizados e felizes com o que somos.

Além disso, pela não satisfação, geramos expectativas demais sobre nossos sonhos, colocando muitos pesos para atingi-los, sem ao menos apreciar o que está à nossa frente, como um simples passeio ao ar livre, belas árvores e flores e até uma conversa descontraída com alguém. Tem pessoas que deixam passar lições de conhecimento porque não reconhecem no outro uma aparência decente. Muitas e muitas são as formas de nos entristecer como desapegos, solidão ou abandonos. E disfarçamos tudo com sorrisos amarelos, maquiagens e roupas da moda ou ainda comprando coisas, não para nós, mas para que os outros nos admirem.

E a vida se torna cansativa e chata. Nem queremos nos relacionar para evitar as comparações ou ficar ouvindo falar de academias, comidas saudáveis e procedimentos estéticos, que é a cultura atual. Ninguém tem interesse em assuntos relevantes, caindo sempre na mesmice. Analisemos bem o que estamos fazendo com nossas vidas! A tal qualidade de vida de uns, não tem nada a ver com a real qualidade de vida, que deveria ser a manifestação da alegria em sua plenitude, contribuindo para que nosso corpo vibre nessa sintonia, elevando a harmonização de todo processo de cura. Infelizmente, seguimos com o que buscamos e achamos correto: a vida num patamar ocidental de ganância, gastos desnecessários e trabalho dobrado. 

NAMASTÊ 

TALVEZ DURE MAIS

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Talvez dure mais quem ande devagar, não abusa da velocidade, nem tem pressa em chegar.

Talvez dure mais quem aceite o envelhecimento de forma natural, sem passar por procedimentos que agridem o corpo.

Talvez dure mais quem se exercita, anda pela natureza e conversa sozinho com Deus num lugar tranquilo.

Talvez dure mais quem tem tempo para mastigar, saborear a comida e enfeitá-la a seu gosto e prazer.

Talvez dure mais quem dança, quem ri e quem se conecta com a vida.

Talvez dure mais quem cuida do invólucro da alma, tratando o corpo com respeito.

Talvez dure mais quem não se vicia, nem com drogas, nem com bebidas, nem com sexo.

Talvez dure mais quem não se mete, tem bom senso e disciplina com sua própria vida.

Talvez dure mais quem não se arrisca demais, quem não coloca a vida por um fio, quem não pratica atos extremos.

Talvez dure mais quem faz da sua história um romance e não uma tragédia.

Acontece que tudo isso é só "talvez". Ninguém sabe se o que escolhemos nos levará à morte, à loucura ou à paralisia. Mas ter opções é o que faz a vida mágica. Sabemos quem somos e o que precisamos, mesmo que inconscientemente. Usamos quanto da nossa mente para definir prioridades? Seria ignorância ou pura inocência certas escolhas? Talvez um instinto de destruição, ao invés de libertação?

Talvez a morte seja apenas uma marca num calendário cósmico, sem direito a reclamações. Ela chega e leva. Mas não podemos deixar de pensar que talvez dure mais quem tem algo ainda a resolver ou a fazer por si e pelo mundo. Nem que seja uma simples questão de palavras.

E talvez toda loucura ou cuidados só nos dê a impressão de que estamos no controle. Uma experiência ou brincadeira para ver até onde chegamos ou somos capazes. O destino parece não ser nosso comando, mesmo com tanta manifestação consciente. Ele apenas vem com o vento, encontrando-nos no seu caminho e nos levando junto a voar, roubando a cena.

NAMASTÊ 

VIDA DENTRO E FORA DE NÓS

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

A vida lá fora normalmente é diferente da vida aqui dentro. Uma coisa é o que somos, outra é o que representamos. Na busca de ter relações sadias e nos sentirmos parte do mundo, vivemos sobre as ondas de modismos, obrigados a achar graça, rir e mimar pessoas.

Os verdadeiros e originais são nomeados de antipáticos ou chatos, porque já se livraram deste fardo de quererem agradar a qualquer custo. Não escondem seus sentimentos e, gostem os outros ou não, se libertaram dos papéis de comprazer para assumirem sua identidade plena.

Tratar bem, ser simpático, ajudar faz parte de relacionamentos sadios, mas fingir o que não se sente incomoda e nos causa aborrecimentos, porque engolir palavras que não conseguimos externar desequilibra o emocional.

A vida dentro de nós é muito mais importante que a vida lá fora. Não há nada melhor que sentir paz interior, tranquilidade no pensar e felicidade. Aí sim, o que transmitirmos será essa realidade! Com certeza, a vida lá fora também melhora. Precisamos de espaço para sermos o que queremos ser, transferindo para o mundo novidade e exemplo.

Todos buscam ser livres, mas vivem presos às tradições familiares, às regras sociais e às "opiniões" de quem, muitas vezes, não tem coragem de nada, só de interferir na vida dos outros, para que se sinta melhor com seus próprios medos. É difícil dizer para si mesmo que não está sendo convincente o suficiente para ser admirado.

Precisamos ter em mente que o mundo lá fora é cruel, pois nem todos se preparam para se transformar, continuando arrogantes, orgulhosos e austeros. Mesmo com nossos cuidados internos, encontraremos pessoas dispostas a nos ferir com palavras desnecessárias e que causam dor. O que elas não sabem ou não querem saber é que são elas que estão cheias de sentimentos ruins, não trabalhados e tentam manter o próprio controle, controlando pessoas.

Isto tudo não é sobre sinceridade ao pé da letra, mas sobre prudência, análise e bom senso ao falar. A verdade pode ser dita de forma suave. Podemos ser bons lá fora, como tentamos ser bons com nosso interior. Muitas vezes, para não magoar ou causar danos nas pessoas que nos irritam, nos machucam ou são rudes, o melhor mesmo é sair do caminho e deixá-las seguir o seu.
Se um aluno não presta atenção na aula, quando vier a prova não saberá a resposta. A vida nos ensina, mas alguns não querem aprender. Não cabe a nós obrigar ninguém a melhorar a si mesmo. Isso é consciência crística e é responsabilidade de cada alma.

NAMASTÊ

HONRA AOS ANTEPASSADOS

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Minhas raízes são bem mais profundas do que eu imagino. Elas atravessam o tempo, gerações e dimensões. O que sou é uma mistura de toda seiva que corre nesta grande árvore da vida. Por isso, respeito a cada um que me deu bagagem para encontrar suporte suficiente na caminhada.

Eu os admiro pela época que viveram, ainda sem tantas facilidades, tecnologia, condições e, mesmo assim, deixaram seus legados. Eu os reverencio por se anteciparem e abrirem o caminho para minha alma. Eu os honro por prepararem o terreno, lavrarem a terra e terem sucumbido às guerras, políticas e ignorância da época. 

Com certeza, buscavam ser felizes, ter suas vidas tranquilas e imaginavam o futuro, assim como nós. Mas eles tiveram seus papéis, contribuindo para a dança cósmica. Sim, todos dançamos conforme a música, preparada e tocada para sincronizar o que somos e o que viemos fazer. Nossas entranhas são um receptáculo de personagens míticos, borbulhando sobre histórias mal acabadas, sofrimentos e abnegações. Carregamos, muitas vezes sem nos dar conta, os conteúdos inconscientes que ainda precisam de ajustes, consertos e perdões. Tudo faz parte desta grande teia biológica.

Quisera encontrá-los e aprender mais sobre sua força e resiliência. Colocá-los num lugar de destaque ou apenas abraçá-los, agradecendo sua existência. Talvez alguns possam nos surpreender com o que foram na Terra, porque eles também têm direito ao erro e às consequências. Suas energias ainda fazem parte das nossas energias e nossos dons, insights e trejeitos podem ser suas heranças.

Lembrar dos antepassados nos fortalece. É como saber de qual cais saiu nosso navio, navegando por mares tranquilos ou revoltos até encontrar ancoragem em nossas almas. Respeitar o processo é nos colocar nesta árvore, seguros de toda uma linhagem feita exclusivamente para nós, a fim de nos transformar em espíritos de luz. Só precisamos manter a chama acesa com dignidade e amor, celebrando a Grande verdade universal.

NAMASTÊ 

A ARTE DE PROFESSORAR

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Hoje, ao meditar, pedi pelos professores, mestres, educadores, instrutores ou seja lá qual for o nome que cada um dá às almas escolhidas para serem os grandes pilares da evolução humana. Afinal, é dia de comemorar que eles existem.

Olhando para trás, percebo o quanto desperdicei meu tempo sem ler as histórias ou buscar aprender nas ciências. Há muita coisa boa e interessante! Com três incríveis e dedicados professores na família, quase enlouquecidos pela correria que é esta vida, não só de ensinar, mas de entender, ouvir lamúrias de pais, observar os alunos e suas características, preparar aulas e buscar meios de chamar a atenção e interesse, percebo que eles são realmente as bases do desenvolvimento de cada ser que frequenta uma escola.

O valor de um funcionário em qualquer emprego, normalmente é analisado pela sua capacidade e graduações. Contudo, os professores são pessoas que deveriam ser melhor recompensados, já que são eles que fazem qualquer pessoa chegar onde chegou em suas profissões. Comecei a visualizar o mundo de fora e percebi almas tão fortes que chegavam a irradiar uma luz a cada passo, orientadas pela espiritualidade, levando o conhecimento a diversos cantos do planeta.

Professores sabem exatamente quem são os que despertarão e os que não se importam com seu desenvolvimento. As almas se sobressaem na curiosidade, na aplicação de suas tarefas, no foco em aprender. Mas a missão dos professores, árdua e consciente, é fazer com que todos aqueles designados aos seus cuidados encontrem o despertar. O orgulho destes profissionais é um dia encontrar aqueles que já foram seus alunos, em  pleno progresso profissional.

Lembro o nome de todos os meus professores do primário e ginásio,  hoje ensino fundamental. Sempre tive muito respeito por eles. Antigamente, não se ouvia sobre violência nas escolas e pasmem, ninguém ia fazer terapia. Não éramos robôs, brincávamos, existia malandragem e até o bullying (que não tinha toda essa mídia), mas as coisas se consertavam com conversas. Nunca vi um professor ser agredido. Portanto, os novos mestres tem muito mais trabalho que os antigos. Suas escolhas são realmente uma intuição, talvez um contrato espiritual, pois é um dos trabalhos mais difíceis e cansativos que existem.

Mas, como tudo na vida, existem os bons e os maus professores. Estes últimos sabem que só cumprem horários, sem se preocupar muito com o potencial de seus ensinamentos. Percebemos quem são pelos próprios alunos sem entusiasmo e cheios de críticas.

Voltando à meditação, quando penso em mestres visualizo espíritos de sabedoria, com a missão de explorar o despertar desta sabedoria em outros espíritos. Cabe a nós,  cada aluno, aproveitar esta dádiva espiritual para aprender, construir pontes na caminhada e buscar multiplicar nosso desenvolvimento. Sem isso, seremos apenas andarilhos num caminho de dúvidas, de solidão e de ignorância, sem poder usar de todo potencial semeado em nós, mas que não foi cultivado, terminando numa vida vazia. Professores são bênçãos em nossas vidas, acendendo a chama do conhecimento. Que possam receber o reconhecimento de todo seu esforço e trabalho. Gratidão a esses profissionais!

NAMASTÊ 

A DIFICULDADE DA CURA

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Não é nada fácil se curar. Achamos que falar em cura é passar a dor de cabeça,  a alergia ou a dor nas costas. Achamos que cura significa ausência de dor ou sintomas. Mas curar-se vai muito além disso.

Durante a vida vamos colocando na famosa "malinha" decepções, muitas tristezas sem respostas, palavras doídas que causaram feridas na alma, falta de bom senso que causaram brigas sem consertos, explosões momentâneas que podem até ter tirado o brilho ou a vida de alguém, tudo com pitadas de mágoas e arrependimentos. Ah, se pudéssemos voltar no tempo e retirar da mala algumas peças mofadas, deterioradas e hoje, sem nenhum uso, mas que estão ali, num compartimento secreto, utilizando espaço que já deveria ter sido curado.

Ainda guardamos erros cometidos contra pessoas que fazem ou fizeram parte de nossas vidas, prejudicando as suas, seus relacionamentos e tirando deles a sorte de ter uma vida melhor. Sim, cada um tem segredos de uma época cheia de orgulho, querendo ser mais que o outro ou se colocando em posição de destaque, pisando na vida de alguém. Duro ouvir isso? É só fazer uma retrospectiva e descobrir as roupas velhas na mala. A dor persiste, mesmo camuflada com atuais gentilezas e vontade de ser melhor.

Por isso, a dificuldade de se curar. Sabemos dos nossos erros e de como fica difícil mudar algo que está lá no fundo do baú. E nos perdoar também não é tão fácil, pois envolve a compreensão do por que agimos assim. É fácil dizer somos humanos, nos isentando da responsabilidade.

Estamos falando de curar a alma, senti-la leve, com a sensação de que na vida se tem a paz interior e necessária para evoluir. Não adianta conseguir livrar-se de alguns entulhos sem conscientizar-se de melhorar como pessoa. Todo dia é um dia de abrir espaço na mala. Para isto é necessário muita coragem e enfrentar os que prejudicamos ou buscar a limpeza através do autoconhecimento. Sabemos quando somos honestos ou apenas desempenhamos papéis que ajudam a nos confortar para podermos nos olhar no espelho. Mas não há como camuflar culpa interior. E é ela que corrói e fere tanto a alma, quanto o corpo físico. 

Por isso, a cura é gradual, precisando de ajustes e auto perdão. Esse "deixar pra lá" da boca para fora, não cura passado. Toda essa energia vai diminuindo a interação entre pessoas, pois todos querem buscar a própria libertação e, sem a cura real, não há como voltar a ter boas relações. A questão é que ela deveria vir de todos os lados, tanto dos prejudicados, quanto dos que prejudicaram. E essa sintonia pode não atingir mais um patamar desejado, pois a ferrugem criou muitos buracos na alma, difíceis de conserto. Para se ter uma vida feliz, temos que focar em despertar aqui e agora, longe do que já não tem mais conserto. O melhor é sempre se questionar por que estou fazendo isto? A resposta pode frear atitudes impensadas.

NAMASTÊ 

CRIANÇAS E NOSSA SENHORA

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Não é à toa que o dia de Nossa Senhora é comemorado com o dia das crianças. Ela é a maior mãe que todos nós poderíamos ter. Acolhe tantos e tantos filhos, ouve e acalma, ajuda e aconselha. E mais que tudo, ama a todos, sem distinção.

Toda criança de hoje, de ontem e de amanhã necessita de uma mãe assim para que confie em si mesmo e no seu caminho. Porque não há lição maior que o amor. Ele desata nós, alimenta o caráter e sustenta a alma para digerir melhor nossos erros e confusões mentais.

Crianças são seres especiais, anjos iluminados que chegam à Terra com pureza, sem saber o que os espera. Muitas vezes, a recepção não é festejada e, imediatamente, aquele pequenino ser se enche do medo, traumatizando seu potencial de crescimento.

Mas tudo pode ser mudado, caso a vida e, quem sabe, a Grande Mãe coloque pais de nobreza em seus caminhos. Porque ela observa e ouve os corações, aconselhando e acolhendo em seu manto os que precisam de refúgio. Acreditemos ou não na mãe Divina, ela existe!  Precisamos lembrar o quão forte ela foi quando seu filho estava na cruz.

As crianças, todas especiais, com seu jeito e beleza únicos, precisam brincar. Porque brincar é externar a energia retida em cadeiras de colégio,  hoje celulares e castigos, muitas vezes desnecessários, porque não são ouvidas e se rebelam. Por outro lado, precisam ser ensinadas e orientadas  para terem um parâmetro sobre suas atitudes na vida. Cada dia mais elas trazem o despertar mais rápido e estão, inclusive, ensinando os adultos. E precisam ser amadas!

"Criança feliz, feliz a cantar, alegre embalar, seu sonho infantil"! É a música que nos ensina quão importante é a criança feliz! Só percebemos como entregamos ou não receptividade a elas, quando elas crescem e tomam consciência de quem realmente são e quem querem ser. Sim, temos responsabilidade sobre o desenvolvimento da personalidade delas.

Amemos estes seres pequeninos e o mundo poderá ser melhor. E que a Mãe Divina possa abraçá-los e coloque um botão de rosa hoje no coração de cada uma, para que floresçam e se transformem em adultos conscientes do bem e do seu trabalho na Terra. Mas nós também precisamos fazer a nossa parte.

NAMASTÊ 

É TUDO POR AMOR

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

É tudo por amor!

Aquele amor que mendigamos a vida toda da família, dos amigos e de todos com quem nos relacionamos pela vida. Quando recebemos o que queremos nos sentimos plenos, felizes e conseguimos realizar tudo com eficiência. Mas, quando nos sentimos sem amor, nossos pensamentos são nocivos e até vingativos.

O amor é responsável por quem nos tornamos e como encaramos a vida. Podemos observar que ao sentir falta ou dificuldade neste sentimento, a vida perde a graça, nos irritamos com facilidade e nos fechamos. Porque no fundo tudo é por amor! É a energia que circula ao redor.

Um simples desdém traz à tona lembranças passadas, onde nos sentimos decepcionados e tristes com aqueles que mais queríamos que nos amassem ou protegessem. Amar é mais que sentir. Precisamos provar por atitudes, palavras e companheirismo. Caso contrário,  a dúvida machuca e sentiremos desamparo.

Quando o amor não está presente, nos sentimos como a taça sem um bom vinho, como a praia sem sol ou como a árvore seca no meio da floresta abundante. Fazemos parte de tudo, mas a alma não se manifesta. Precisamos amar e ser amados, mas às vezes exigimos o amor que não está ao nosso alcance. Mesmo tentando agradar, há almas que não estão no mesmo ritmo, na mesma empatia. Alguns só sentem obrigação em amar, mas isso é sentido por quem quer ser amado.

Simplesmente porque a energia do amor é inconfundível. Ela irradia pelos olhos e exterioriza pela aura. Aprendemos que precisamos amar determinadas pessoas e nos sentimos culpados se não amamos. Porque devemos amar a todos ou pelo menos tentar. Seres humanos passam a vida se culpando porque não conseguem amar alguns. Mas também se frustram por não serem amados por todos. Por isso, tudo se resume em prol do amor! Felicidade, tristeza, raiva, ganância, frustrações... se analisarmos, tudo está interligado.

Não tem muito o que fazer, nem tem conserto. Somos o que somos, temos mais ou menos preferências e simpatias por uns e outros e talvez, seja isso que faz o mundo interessante. Porque podemos amar as almas sem fingir, criando grupos afins e tendo ao nosso lado aqueles que sentimos que nos amam. Nada é obrigatório, só precisamos respeitar o espaço de cada um. E, assim como temos que lidar com nossas frustrações, provavelmente muitos sentirão também nossa ausência, porque mais que tudo, precisamos amar a nós mesmos!

NAMASTÊ 

A MINHA PASÁRGADA

 Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)

Como Manuel Bandeira, estou pensando seriamente em ir embora para Pasárgada. Parece que seria uma cidade onde se poderia viver a solução para os nossos problemas. Seria ela realmente imaginária ou se encontra no mapa? Talvez seja o lugar perfeito para relaxar e desobstruir pensamentos, restaurando a alma.

Minha Pasárgada seria diferente do autor. Não me interessa a perversão, mas a paz interior. Encontraria satisfação em cada passo, através das belas paisagens e de sentimentos auspiciosos soltos no ar para os sentir com prazer. Minha voz seria ouvida, não só a que sai pela boca, mas a que se expande do coração. Não me sentiria vazia, mas completa com todo amor que há ao redor.

Posso copiar praias e banhos de rio refrescantes do poema lendário, mas incluiria a energia telúrica unida ao cosmos, que me mostrariam a importância de existir. As flores exalariam cheiros profundos com perfumes hipnóticos e as alucinações só se tornariam mais fantásticas. O sol poderia encontrar a lua e ambos enfim poderiam se tocar e disto resultaria na descoberta do grande mistério que nos envolve.

Neste lugar haveria compreensão, ternura e nenhuma solidão. Não que a solidão seja ruim, mas a companhia de essências divinas seria maravilhosa. Um céu tão estrelado que o brilho da noite pareceria uma enorme caverna de cristais. Ah, Pasárgada! Como encontrar o teu caminho? Seria ele no meio da floresta ou com pedras coloridas? Teria um arco de boas vindas e um porteiro?

Só os que sonham podem entrar, diz ele! E, ao olhar nos meus olhos lacrimejados, ele abriu a porteira e estendeu a mão como que me dando passagem. E tudo que imaginei ali estava, transmutando imediatamente os sentimentos de abandono, desilusão e dor que sentia. O lugar existe, mas ainda não sei e não entendi se estou viva ou já morri.

NAMASTÊ