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Coração Aberto

Quando decidi escrever me senti uma borboleta saindo do casulo. E junto com ela saíram os sentimentos e os pensamentos que muitas vezes não conseguimos transmitir. Descobri que ser poeta é opinar sem medo, escrever é desvincular-se de segredos e expressar-se é viver intensamente.

JosiLuA

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

QUANDO ULTRAPASSAMOS O LIMITE

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)




Nem sempre tratamos as pessoas como deveriam ser tratadas. Quantas e quantas vezes nos sentimos mal depois de dizer coisas ou ignorar os sentimentos de alguém?

Pois é...! Acontece que existe em nós algo chamado limite. E há dois lados da moeda para falarmos deste tema. Vamos começar falando sobre ter paciência.

Muitas vezes, por conta de convivermos com pessoas que julgamos ou irritantes, ou exibidas, ou chatas, ou implicantes ou qualquer outro adjetivo que costumamos dar aqueles que de uma forma ou outra são alvos de atenção, acabamos por perder a paciência, quando não o controle dos próprios atos. Se nos observarmos melhor, talvez descubramos que podemos ser ou ter os mesmos defeitos e não sabemos como administrá-los. Então, quando vemos esses defeitos em alguém é como se um espelho estivesse à nossa frente e nos mostrasse quão irritados podemos ficar com nossas projeções.

Já observaram que, quando esses "defeitos" se mostram num grupo, alguns imediatamente julgam, se afastam ou começam a envenenar os outros com comentários? E outros, do mesmo grupo, não estão nem aí, convivem tranquilos e deixam que aquelas pessoas simplesmente sejam o que são.

Isso é o que se chama projeção. São os "defeitos" que vemos nos outros, mas não admitimos em nós. Não necessariamente são defeitos para outras pessoas, mas para nós, rotulamos assim quando não podemos chamar mais a atenção do que aquele ou lidar com nossos monstros.

O outro lado da moeda é quando não percebemos o desequilíbrio emocional em que nos metemos e não temos paciência para nada. Nem precisa haver alguém que nos irrite. Pode ser alguém bacana, que se esforça para te ver feliz ou que quer ajudar sem nada receber, mas que acaba levando o troco por causa da nossa falta de paciência.

Este fator é causa de busca intensa sobre as questões da nossa vida. Estamos ultrapassando o limite do sadio e da felicidade, para nos tornarmos pessoas amargas, onde tudo ao nosso redor nos irrita. Não conseguimos pensar, respondemos por impulso, muitas vezes arruinando corações. Esta fase, em alguns casos, já são tratadas como distúrbios do humor. Nada satisfaz, tudo é cansativo, frustrante ou pesado demais para o dia a dia.

O que as pessoas não compreendem é que temos o poder de liberar hormônios importantes que ajudarão no processo de aliviar as tensões, seja por exercícios físicos (só se gostarmos de fazer), seja por uma atividade diferente e que nos traga paz, uma certa solidão momentânea e nos deixe sonhar com coisas felizes. Artesanatos, hobbies, ajudar pessoas ou animais são algumas maneiras de fazer algo que alimenta nosso espírito.

Precisamos de um tempo para nós. O limite que ultrapassamos por nos sobrecarregarmos de tarefas consideradas necessárias para uma vida "mais satisfatória", financeiramente falando, está transformando pessoas em máquinas prontas a explodir seus mecanismos.

Viagens são um néctar quando bem programadas, passeios por lugares que encham nossos olhos com beleza e paz também. Se não houver recurso, talvez um bom filme no cinema, uma rede embaixo da árvore ou um banho no rio. Tantas opções para liberar hormônios que nos ajudem a encontrar o caminho da paz de espírito existem para nos ajudar!

Muitas vezes, se deixarmos de nos cuidar e vigiar, podemos acabar com diversas doenças, dores e depressões. E ao invés de utilizarmos as ferramentas disponiveis no universo para a melhora interior, acabaremos em nos viciarmos com drogas e seus efeitos colaterais.

Procuremos antes de mais nada a própria respiração. Este ato pode enviar bênçãos para os órgãos internos. Prestarmos atenção nela quando estivermos sentindo a aproximação de ultrapassar o limite da sanidade, poderá auxiliar imensamente nas condições físicas e emocionais dos nossos corpos.

Limites existem para soar alertas e eles precisam ser ouvidos por nós.

Faça isso pelo menos uma vez na semana e acabará viciado em paz:
" procure um local tranquilo, seja ele em sua casa, no parque, no caminho de casa... sente-se confortavelmente e inspire pelo menos 3x enchendo bem os pulmões e expire completamente imaginando colocar para fora aquilo que te incomoda. Feche os olhos e deixe que a paz te invada através de uma luz branca e dourada. Afaste pensamentos angustiantes, elevando sua vibração com imagens alegres, lembranças boas e lugares incrivelmente lindos. Comece a sonhar com um mundo melhor para você e os que ama. Perdoe-se de verdade e peça perdão. Sinta amor neste processo, muito amor! Imagine sua energia do coração se ampliando cada vez mais para fora de você. Faça parte do lugar onde está e receba o Prana universal.
Respire profundamente, abra os olhos e só observe o seu redor. Quando estiver se sentindo revigorado, agradeça e manifeste amor aquele momento é lugar."

E jamais esqueça de deixar que as pessoas sejam o que são, pois somos todos um e a peça que falta na grandiosidade do nosso caminho, pode ser justamente aquela que dispensamos pela nossa soberba. Mas nunca deixe de seguir sua missão na Terra, confiando em seu potencial.

NAMASTÊ 

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

O MISTERIO DAS RELAÇÕES

Autora: Josianne Luise Amend (JosiLuA)









Já repararam que as relações entre as pessoas são um misto de entusiasmo e decepção? A princípio sempre a excitação de conhecer alguém é emocionante. Parece que o peito não conseguirá arcar com tamanho sentimento de euforia e alegria. É a tal história da cara que parece ter visto o passarinho verde.

Isso tudo é muito normal, pois não conhecemos a fundo o outro. Idealizamos alguém em nossos pensamentos por causa de um contato breve e olhares sensuais. Encontramos o amor!

Quantas e quantas vezes isso acontece em nossas vidas, até que pesquemos alguém no grande lago e depositemos mais confiança, investindo tudo naquela pessoa? Mas a questão é que apesar do convívio diário, nunca conheceremos realmente ninguém. Pura e simplesmente porque não podemos estar vinte e quatro horas com a pessoa, entrar na sua mente ou saber o que se passa em seu íntimo. Isso nem seria saudável, pois estaríamos deixando de viver nossa vida, para viver o outro.

A realidade é que não falamos tudo sobre nós e nossa vida diária, às vezes para não magoar, outras para não preocupar e outras até porque alguns segredos serão sempre levados conosco.

Então, quem somos nós e o que representamos para os que amamos? Somos seres que amam e decepcionam, aprendemos e julgamos, construímos e detonamos. Somos frutos de ocasiões e manipuladores de situações.

É incrível como os erros que cometemos podem desestruturar nossas vidas. Talvez saibamos esconder dos outros, mas jamais de nós mesmos. A carga de errar com palavras, atitudes e até pensamentos é espiritualmente pesada.

As pessoas são diferentes para tratar isto. Algumas se agarram na espiritualidade e tentam se perdoar, outras enraivessem, não deixando espaço para perguntas e observações alheias, tentando tirar o foco da real questão.

Em se tratando de pessoas, podemos dizer que é difícil uma ou outra hora não nos decepcionarmos com elas.

E o que fazermos então para nos proteger da tristeza e dor? A resposta é simples: viver cada dia sem expectativas, porém não desistindo de observar sempre o outro. Surpresas são questões quase que inevitáveis. Uma hora alguém é gentil, noutra está por te atacar.

Ser feliz é encontrar a cada dia o motivo para aliviar a própria alma, sendo em gargalhadas, na paz de espírito ou tendo aconchego nos braços de alguém.

Tentar mudar pessoas que não querem mudanças, pode ser cansativo e frustrante. As pessoas não compreendem o hoje, aqui e agora. Vivem no passado, cobrando dos outros o que fizeram ou o que não fizeram. Mas também deixam de perceber o crescimento da busca pela própria transformação que alguns se propuseram.

Se erramos no passado na forma de ser, mas a vida nos mostrou caminhos melhores com os quais nos encaixamos, por que não sermos reconhecidos no esforço e termos que levar estigmas ruins para toda vida?

Na verdade, sempre há uma pessoa mais compreensiva para atravessar nosso caminho. Relações desfeitas com mágoas não são sinais de que não encontraremos pessoas que nos compreendam e nos transformem. Acreditemos na real empatia de seres que podem mudar seu jeito estúpido, sua maneira grosseira, seus atos repugnantes em crescimento real na maneira de ver a vida e tratar pessoas. Para isso basta esforço e querer.

Ninguém precisa ser ruim a vida toda. Temos a chance nas mãos, o ouro divino e a esperança pronta para ser moldada em nossos corações.

Invistamos em nós antes de investirmos em alguém. É provável que tenhamos mais paciência e discernimento para nos relacionarmos.

NAMASTÊ


domingo, 12 de janeiro de 2020

ENCONTRAR O FIM DO TUNEL?

Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)


Não sei o que acontece, mas
às vezes o sentimento de ir fica intenso, meio tranquilizador. Há um certo medo do desconhecido, mesmo parecendo que sabemos onde vamos.

Livrar -se dos receios e angústias que cobram o amanhã já fez vítimas dessa pressa. Não é o que buscamos, mas seria uma saída, ou tudo permaneceria?

O coração se agita, a respiração fica difícil, a garganta sufoca, o cérebro parece confuso. A vontade de encontrar paz para uma vida perseguida por cobranças, críticas e ignorância é intensa.
Existem dois lados: A saudades e a luta. O peso da luta ainda é maior, mesmo tendo o peito apertado como se uma bigorna estive o esmagando.

Ninguém quer ouvir, nem se importa. Não devemos julgar. Cada pessoa já tem sua própria carga, suas neuras para trabalhar. Mas é um mundo cruel, manipulador e cheio de discriminações. Fingem criar leis para isso, mas está em toda parte: nos empregos, quando te distinguem por idade, sem se importar com sua experiência e inteligência; nas amizades, quando o que importa é se tem dinheiro; na família, quando você é o menos abonado e têm medo de que precisem te ajudar; no amor, quando teu corpo já não responde aos padrões da beleza,  na cor da pele, do cabelo, na lingua que fala, no local que mora, na roupa que veste e assim vai. E você acha que não discrimina alguém? Não nos faça rir.

Por isso as pessoas estão cada vez mais neuróticas, frustradas e gananciosas. Precisamos ser um troféu ou ter um, caso contrário nosso lugar é na sombra.

Como será o depois? Nos cobram para viver ou há um lugar para todos? A real liberdade não tem nesse mundo. Tudo é superficial, para pensarmos que somos livres. Se deixarmos de ter dinheiro, somos excluídos de várias formas: nos prendem, nos afastam, nos deixam fora da comunidade. Nao podemos ir a qualquer lugar, temos que ter permissão.  Somos obrigados a TER, muito mais do que SER.

Sentir-se um incômodo faz parte da velhice e de um mundo rude, obcecado pela beleza e pela juventude. A fragilidade acaba sendo um pecado. Quando o cérebro começa a dar sinais do cansaço e esquecemos coisas, deboches e incompreensão são algozes.

Passamos a vida em cursos, lendo e, ao chegar na idade avançada, eles vão servir para enfeitarmos nossas casas. Quem tem coragem de falar sobre isso, pode se tornar rotulado como depressivo, frustrado ou negativo. Mas temos certeza que terá esse sentimento em algum momento de sua vida! Basta esperar.

Talvez a morte não seja nada ruim, livra-nos de pesos. Mas aprendemos a temê-la para não destruírmos a nós mesmos, sem que plantássemos sementes. Caso contrário, o mundo teria bem menos pessoas, com certeza. Porque o desespero e a solidão às vezes tomam conta.

Viemos por um motivo e será que vamos embora tendo cumprido a missão? Parece que podemos passar toda a vida sem ter a certeza de que realizamos realmente o que viemos fazer. Falta-nos, muitas vezes três coisas: liberdade, dinheiro e oportunidade. E saímos dessa frustrados. 

Mesmo assim, temos que nos livrar de um mundo de dualidades e começar a pensar em dimensões onde nosso espírito reside eternamente. Essa luta pela qual passamos durante a vida terrena é apenas mais uma fase da grande lição espiritual. Um dia estamos dando lições,  noutro sendo alunos. E só quem tem humildade suficiente para entender isto conseguirá ultrapassar a grande barreira com leveza.

NAMASTÊ