Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
O quanto uma pessoa pode guardar dentro de si, tentando apenas viver sua vida sem incomodar ou ganhar o apelido de dramática? A resposta é: muito! Talvez muitos já morreram sem que realmente os conhecêssemos realmente, ou o que levavam dentro de seus corações.
Me pergunto se as pessoas não reparam (ou não querem reparar) na tristeza dos olhares, no afastamento e silêncio e no sorriso amarelado que muitos de nós liberamos. Existem vários aspectos a serem analisados, desde o passado destas pessoas, de como foram criadas, o que ouviram na infância ou o que sofreram, até a atualidade, quando se transformaram em indivíduos de poder ou apenas mais um na sociedade.
Enganam-se os que pensam que os que tudo tem não escondem segredos interiores e frustrações. Apenas há uma diferença em quem usa a raiva para derrubar tudo que há na sua frente (seja de que maneira for) e os que se agarram na espiritualidade ou na bondade para seguir suas vidas. Realmente não sei dizer qual é a maneira certa de buscar a paz e a felicidade. Acredito que se estivermos realmente completos e equilibrados, o caminho que encontramos para estarmos em paz e felizes não importa.
Acontece que se prejudicarmos, roubarmos ou pisarmos literalmente em outras pessoas, a fim de buscar o que almejamos, com certeza não teremos nossa paz interior. Cedo ou tarde, o que chamamos de consciência nos cutucará e, mesmo sorrindo para todos e tendo uma boa vida, teremos problemas com aquilo que não se vê. E acredite, isso corrói, tira o sono e cria doenças.
Existem também as pessoas altruístas por natureza. Parece que são fontes de luz e amor. Dedicam suas vidas aos que estão ao seu redor e além. Prezam a família, os amigos e até os que acabaram de conhecer. Muitas vezes são rotulados de chatos ou sem graça, pois não admitem brincadeiras bobas ou atitudes insanas. Mas são mal compreendidos. Apenas querem participar, estarem juntos, rir e talvez, apenas observar. E, por sentirem o deboche ou descaso dos outros, vão acumulando tristezas dentro de si. Acabam se afastando e até culpando alguém pela falta de amor. Alguns são fortes o bastante para erguerem suas bandeiras, mas sempre haverá sentimentos escondidos.
Nós somos seres tão diferentes, complicados e inusitados! Podemos até estar sentindo os mesmos sentimentos, mas a forma com que agimos e resolvemos as questões são muito diversas. O que não se vê é o que realmente deveria nos preocupar, pois são mágoas profundas, que tentamos esconder, esquecer e enterrar. Muitas vezes, as terapias conseguem nos libertar dessas correntes que nos puxam para um mundo meio sombrio. Mas, e os que não acreditam ou não podem fazer tais tratamentos? Estes, acabam solitários, tristes e depressivos, remoendo suas dores internas e, cedo ou tarde, explodem. E, quando isso acontece, muita gente e muita coisa vai pelo esgoto.
O que é o certo, afinal? Talvez se fôssemos sinceros o bastante poderíamos dizer tudo que pensamos e sentimos. Acontece que as pessoas ao nosso redor não estão preparadas para isso. Elas reagem de forma rude ou se afastam com mil desculpas. E, para não desmoronarmos com algumas relações, engolimos sapos e vamos levando uma vida, por assim dizer, de disfarce.
E o que não se vê, os sentimentos que recebemos e que nos magoam, as palavras e atitudes que nos são entregues sem nenhum esforço, continuarão guardados para todo sempre, dentro de caixas chamadas corações. Morrerão conosco. Todos temos segredos que não temos coragem de contar. Pois o mais triste disso tudo é quando escolhemos alguém para contar e esta pessoa não consegue apenas ouvir e nos abraçar. Mas insiste em nos fazer enxergar o seu mundo, não entendendo que em nosso mundo, não há lugar para a incompreensão, a falta de amor e a indiferença.
O momento da força é diferente de um para outro. Precisamos entender que o cansaço toma conta de alguns pelas milhares de tentativas de encontrar seu caminho, sem êxito. Então, quando não há sintonia, apenas ouvir o outro e acalentá-lo, talvez seja o melhor a se fazer. A questão é que quando alguém está triste ou magoado, as pessoas que naquele momento estão bem ou tentando ficar bem acabam se afastando, pois a baixa energia incomoda. Então, sutilmente elas se afastam ou arrumam desculpas para não estarem com quem está infeliz.
Enfim, o que não se vê nas pessoas é o que elas levarão em suas almas. Talvez, em algum momento da infinitude de nossa existência possamos descobrir na íntegra o que cada pessoa em nosso caminho representou nas nossas vidas. E, quem sabe, choraremos por saber que deixamos passar por nós um ser que precisava de amor, que precisava de compreensão e de alguém que o olhasse e enxergasse aquilo que ninguém vê.
NAMASTÊ
O quanto uma pessoa pode guardar dentro de si, tentando apenas viver sua vida sem incomodar ou ganhar o apelido de dramática? A resposta é: muito! Talvez muitos já morreram sem que realmente os conhecêssemos realmente, ou o que levavam dentro de seus corações.
Me pergunto se as pessoas não reparam (ou não querem reparar) na tristeza dos olhares, no afastamento e silêncio e no sorriso amarelado que muitos de nós liberamos. Existem vários aspectos a serem analisados, desde o passado destas pessoas, de como foram criadas, o que ouviram na infância ou o que sofreram, até a atualidade, quando se transformaram em indivíduos de poder ou apenas mais um na sociedade.
Enganam-se os que pensam que os que tudo tem não escondem segredos interiores e frustrações. Apenas há uma diferença em quem usa a raiva para derrubar tudo que há na sua frente (seja de que maneira for) e os que se agarram na espiritualidade ou na bondade para seguir suas vidas. Realmente não sei dizer qual é a maneira certa de buscar a paz e a felicidade. Acredito que se estivermos realmente completos e equilibrados, o caminho que encontramos para estarmos em paz e felizes não importa.
Acontece que se prejudicarmos, roubarmos ou pisarmos literalmente em outras pessoas, a fim de buscar o que almejamos, com certeza não teremos nossa paz interior. Cedo ou tarde, o que chamamos de consciência nos cutucará e, mesmo sorrindo para todos e tendo uma boa vida, teremos problemas com aquilo que não se vê. E acredite, isso corrói, tira o sono e cria doenças.
Existem também as pessoas altruístas por natureza. Parece que são fontes de luz e amor. Dedicam suas vidas aos que estão ao seu redor e além. Prezam a família, os amigos e até os que acabaram de conhecer. Muitas vezes são rotulados de chatos ou sem graça, pois não admitem brincadeiras bobas ou atitudes insanas. Mas são mal compreendidos. Apenas querem participar, estarem juntos, rir e talvez, apenas observar. E, por sentirem o deboche ou descaso dos outros, vão acumulando tristezas dentro de si. Acabam se afastando e até culpando alguém pela falta de amor. Alguns são fortes o bastante para erguerem suas bandeiras, mas sempre haverá sentimentos escondidos.
Nós somos seres tão diferentes, complicados e inusitados! Podemos até estar sentindo os mesmos sentimentos, mas a forma com que agimos e resolvemos as questões são muito diversas. O que não se vê é o que realmente deveria nos preocupar, pois são mágoas profundas, que tentamos esconder, esquecer e enterrar. Muitas vezes, as terapias conseguem nos libertar dessas correntes que nos puxam para um mundo meio sombrio. Mas, e os que não acreditam ou não podem fazer tais tratamentos? Estes, acabam solitários, tristes e depressivos, remoendo suas dores internas e, cedo ou tarde, explodem. E, quando isso acontece, muita gente e muita coisa vai pelo esgoto.
O que é o certo, afinal? Talvez se fôssemos sinceros o bastante poderíamos dizer tudo que pensamos e sentimos. Acontece que as pessoas ao nosso redor não estão preparadas para isso. Elas reagem de forma rude ou se afastam com mil desculpas. E, para não desmoronarmos com algumas relações, engolimos sapos e vamos levando uma vida, por assim dizer, de disfarce.
E o que não se vê, os sentimentos que recebemos e que nos magoam, as palavras e atitudes que nos são entregues sem nenhum esforço, continuarão guardados para todo sempre, dentro de caixas chamadas corações. Morrerão conosco. Todos temos segredos que não temos coragem de contar. Pois o mais triste disso tudo é quando escolhemos alguém para contar e esta pessoa não consegue apenas ouvir e nos abraçar. Mas insiste em nos fazer enxergar o seu mundo, não entendendo que em nosso mundo, não há lugar para a incompreensão, a falta de amor e a indiferença.
O momento da força é diferente de um para outro. Precisamos entender que o cansaço toma conta de alguns pelas milhares de tentativas de encontrar seu caminho, sem êxito. Então, quando não há sintonia, apenas ouvir o outro e acalentá-lo, talvez seja o melhor a se fazer. A questão é que quando alguém está triste ou magoado, as pessoas que naquele momento estão bem ou tentando ficar bem acabam se afastando, pois a baixa energia incomoda. Então, sutilmente elas se afastam ou arrumam desculpas para não estarem com quem está infeliz.
Enfim, o que não se vê nas pessoas é o que elas levarão em suas almas. Talvez, em algum momento da infinitude de nossa existência possamos descobrir na íntegra o que cada pessoa em nosso caminho representou nas nossas vidas. E, quem sabe, choraremos por saber que deixamos passar por nós um ser que precisava de amor, que precisava de compreensão e de alguém que o olhasse e enxergasse aquilo que ninguém vê.
NAMASTÊ
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