Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)

Quem não gosta de colocar aquela roupa surrada, que não conseguimos nos livrar e que parece acariciar nosso corpo cansado? Não tem como negar que todos devem ter em seu armário uma peça assim. Aquela peça que, ao chegarmos em casa e nos livrarmos de todo "aperto", nos faz sentir leves e livres.
Sabem aquela peça de roupa que os parentes e vizinhos olham e dizem: lá vai ele com o uniforme! Ou então aquela velha camisola de malha, esticada, mas que ao tocar seu corpo, parece de seda?
É interessante como nos apegamos a determinadas peças do vestuário. E estas peças parecem nos entender e até conversar conosco. Podemos ter uma pilha de moletons e camisolas mas, ao abrir o armário, lá estão aquelas peças. Prontas para pular em nosso colo. Se elas nos fazem tão bem, danem-se o que e como os outros as classificam. O importante é nos aconchegarmos e ter essa boa sensação de leveza no corpo.
Como uma hora temos que lavar a peça, obviamente iremos nos ocupar de outras que estão guardadas. E, se ela demora a voltar para seu lugar, vamos buscá-la no varal ou tentar secá-la rapidamente. Não é exagero! Se você pensar, deve ter algo assim no guarda-roupas.
Ontem me dei conta disso, quando uma camisola velha, de algodão, deslizou sobre meu corpo e, mesmo vestida, me sentia nua. Percebi que todo peso do dia tinha se esvaído. E que naquele momento meu papo agora era com meu bem estar. Isso vale também para aquele chinelo que acaricia nossos pés ao chegar em casa e tirar botas ou sapatos que, de uma forma ou outra, nos achatam.
Na verdade, esse momento de liberdade que experimentamos é mais percebido e intenso quando, além de estarmos sem opressões de vestes, temos também o silêncio e a paz. Daí, danem-se os problemas! Essa hora é sagrada! Nossa mente se tranquiliza de sons agudos, de barulhos estridentes e de comentários gerais, para a paz sagrada do lar ou do lugar que escolhemos para estar em paz.
E nossa conversa agora é apenas com nossa roupa surrada, nossa xícara de café ou chocolate quente e aquela fatia de bolo que estava à nossa espera. Se você nunca pensou ou sentiu isso, está deixando de apreciar em sua vida momentos únicos. Só os que tem essa sensibilidade e oportunidade, poderão dizer se estou errada.
A questão é que não se deve mexer na roupa amiga de alguém. Dar embora sem perguntar ou dar "sumiço". Precisamos agradecer a ela pelos bons momentos e desfazer os laços de amizade e companheirismo. É injusto a camisola surrada ou seu moleton largo sumir de repente. É óbvio que precisamos estar bem vestidos em diversas ocasiões, mas dê licença a você mesmo para ter conexão com a roupa desbotada, até que se dê conta que alguma outra possa tomar seu lugar.
Um dia, com certeza, você vai arrumar seu armário e perceber que tem muita coisa que não usa mais, que não gosta ou que saiu de moda e não se encaixa em você. E vai fazer aquela pilha de roupas para passar adiante. E, quem sabe, vai acabar retirando da pilha e voltando para o armário, sua velha camisola, pois ela ainda tem muita coisa para dizer...
NAMASTÊ
Quem não gosta de colocar aquela roupa surrada, que não conseguimos nos livrar e que parece acariciar nosso corpo cansado? Não tem como negar que todos devem ter em seu armário uma peça assim. Aquela peça que, ao chegarmos em casa e nos livrarmos de todo "aperto", nos faz sentir leves e livres.
Sabem aquela peça de roupa que os parentes e vizinhos olham e dizem: lá vai ele com o uniforme! Ou então aquela velha camisola de malha, esticada, mas que ao tocar seu corpo, parece de seda?
É interessante como nos apegamos a determinadas peças do vestuário. E estas peças parecem nos entender e até conversar conosco. Podemos ter uma pilha de moletons e camisolas mas, ao abrir o armário, lá estão aquelas peças. Prontas para pular em nosso colo. Se elas nos fazem tão bem, danem-se o que e como os outros as classificam. O importante é nos aconchegarmos e ter essa boa sensação de leveza no corpo.
Como uma hora temos que lavar a peça, obviamente iremos nos ocupar de outras que estão guardadas. E, se ela demora a voltar para seu lugar, vamos buscá-la no varal ou tentar secá-la rapidamente. Não é exagero! Se você pensar, deve ter algo assim no guarda-roupas.
Ontem me dei conta disso, quando uma camisola velha, de algodão, deslizou sobre meu corpo e, mesmo vestida, me sentia nua. Percebi que todo peso do dia tinha se esvaído. E que naquele momento meu papo agora era com meu bem estar. Isso vale também para aquele chinelo que acaricia nossos pés ao chegar em casa e tirar botas ou sapatos que, de uma forma ou outra, nos achatam.
Na verdade, esse momento de liberdade que experimentamos é mais percebido e intenso quando, além de estarmos sem opressões de vestes, temos também o silêncio e a paz. Daí, danem-se os problemas! Essa hora é sagrada! Nossa mente se tranquiliza de sons agudos, de barulhos estridentes e de comentários gerais, para a paz sagrada do lar ou do lugar que escolhemos para estar em paz.
E nossa conversa agora é apenas com nossa roupa surrada, nossa xícara de café ou chocolate quente e aquela fatia de bolo que estava à nossa espera. Se você nunca pensou ou sentiu isso, está deixando de apreciar em sua vida momentos únicos. Só os que tem essa sensibilidade e oportunidade, poderão dizer se estou errada.
A questão é que não se deve mexer na roupa amiga de alguém. Dar embora sem perguntar ou dar "sumiço". Precisamos agradecer a ela pelos bons momentos e desfazer os laços de amizade e companheirismo. É injusto a camisola surrada ou seu moleton largo sumir de repente. É óbvio que precisamos estar bem vestidos em diversas ocasiões, mas dê licença a você mesmo para ter conexão com a roupa desbotada, até que se dê conta que alguma outra possa tomar seu lugar.
Um dia, com certeza, você vai arrumar seu armário e perceber que tem muita coisa que não usa mais, que não gosta ou que saiu de moda e não se encaixa em você. E vai fazer aquela pilha de roupas para passar adiante. E, quem sabe, vai acabar retirando da pilha e voltando para o armário, sua velha camisola, pois ela ainda tem muita coisa para dizer...
NAMASTÊ
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