Sério mesmo, eu queria viver como num filme em que as cenas mal feitas ou as palavras mal ditas recebessem um generoso CORTA na hora H.
Já pensaram quanta coisa poderíamos evitar?
- Vá tomar no seu... CORTA!
- Eu vou te ... CORTA!
- Espero que se você fizer isso, você vá se ..CORTA!
E aquelas atitudes que nosso diabinho do lado esquerdo fica atentando:
- Vou pegar esse cara mesmo sabendo que ele é marido da... CORTA!!!
- Se eu fizer tal coisa, talvez ela seja desped... CORTA!
Acho que vou contratar um diretor fictício para andar ao meu lado e gritar COOOORRRTAAA para tudo aquilo que não seja bom para mim.
Mas por que eu faria isso? Será que eu não sei exatamente que determinadas coisas não são boas?
O pior é que todos nós sabemos o que é errado, mas por causa de uma força estranha que surge das entranhas do ciúme, da raiva, da arrogância, da luxúria, da impaciência explodimos em bilhões de atitudes insanas. E elas são tão imediatas que não oxigenam o cérebro suficientemente para pensarmos no que estamos fazendo ou dizendo. E mais tarde vem a culpa... tarde demais em alguns casos.
Exemplos disso vemos no trânsito, onde xingamentos acabam em mortes, nos relacionamentos onde gritos acabam em violência, na família onde determinadas atitudes acabam em brigas, no trabalho onde a inveja acaba demitindo alguém.
Bom seria se o tal diretor corresse na hora em que fôssemos fazer algo de que nos arrependêssemos e gritasse bem dentro do nosso ouvido: CORTA! Essa seria uma ótima maneira de "cair na real".
Outra coisa interessante seria o fundo musical. Ah, que delícia ser beijada e surgir uma bela melodia, ou então estar na rua sozinha e saber que há perigo com o rufar dos tambores.
Pior se na hora em que fôssemos beijados alguém gritasse: CORTA! Depois de esperar tanto tempo por aquele beijo! Porém, seria maravilhoso CORTAR a cena onde se cometeriam atrocidades.
Mas nossa vida pode ser uma produção cinematográfica se soubermos definir com quem queremos atuar, que tipo de filme queremos fazer ( drama, comédia, terror, musical...) e em que época queremos estar vivendo.
Na verdade, todos os dias produzimos nosso próprio filme, escolhemos os coadjuvantes, os locais de atuação e só não damos muita importância para quem dirige essa produção, nossa vida, nosso freio, que é nossa razão. Deixamos que os sentimentos gritem antes e não ouvimos o que a razão tem a nos informar. E ela vive dizendo: CORTA!
Corta essa pessoa da sua vida, corte essa relação que não leva a nada, corte essa comida que te faz mal, corte esse vício que te estraga o corpo, corte esse pensamento negativo de sua vida! E para cada um desses CORTES tem uma musiquinha tocando ao fundo, te animando e te trazendo esperança.
O que eu quero dizer com tudo isso é que devemos parar para PENSAR mais e não AGIR com tanta impulsividade. É uma boa hora para você adotar essa palavra para dizer às pessoas que você vir saindo do prumo. Grite bem alto e tire-as da cena que estão envolvidas, chamando-as para a realidade. Quem sabe você não estará salvando uma cena que poderá ser vista de outra forma, com final mais feliz.
Infelizmente sabemos que nem todo filme acaba em happy end, pois mesmo que o diretor grite o mais alto que ele puder, tem atores que simplesmente não se deixam dirigir e saem do script sem autorização prévia. O final destes é a demissão.
Alguém lá em cima pode falar: CORTA! E com música fúnebre... aí..., já era!
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