Autoria: Josianne L.Amend
O que é a saudade afinal?
Um sentimento que aperta
a sensação que liberta
ou um grito que nos faz mal?
A saudade pode estar em qualquer parte de nossa vida: na idade, no amor, no trabalho, nos relacionamentos. Vou tentar falar sobre um pouco de cada uma.
Talvez a saudade que tem incomodado tanto as pessoas é a saudade dos belos e bons tempos. Essa saudade é aquela que faz as pessoas olharem para cima quando estão falando, porque sua imaginação trabalha rapidamente criando episódios vividos ou sentidos. É quando nos lembramos da nossa infância, da nossa juventude, do nosso casamento e dos namoros que tivemos, daquela viagem fantástica, do corpo que tínhamos e assim por diante.
Essa saudade incomoda por percebermos que o tempo não volta e que não podemos fazer nada para passarmos novamente pelas experiências vividas. Podemos tentar, mas nunca será igual. Talvez falte emoção, talvez o mesmo olhar, o mesmo sol... Então, que bom que existem as lembranças e que delas podemos nos aproveitar e rir novamente.
A saudade de um amor é a saudade que dói. Ao sentirmos essa saudade, vem com ela a dor no estômago e no peito, exigindo de nós uma manobra para cairmos na realidade novamente e seguirmos nossa vida sem aquela pessoa especial, mas que, na época, nos fez feliz. Essa saudade dói por algum tempo, mas com a maturidade ela se transforma em experiência e aprendizado.
A saudade de relacionamentos aborda uma amplitude de coisas, como por exemplo: as amizades, os carinhos no começo do namoro, do casamento, as festas da empresa ou os encontros com os amigos. Esta saudade é boa e nos faz acreditar que podemos recuperar boas épocas, assim como melhorar os relacionamentos atuais.
Com relação aos relacionamentos, quando sentimos saudades, pode ser que nosso inconsciente esteja pedindo algo para nós: perdoe, procure, resolva... Nesta hora precisamos conversar com nosso orgulho e ver até que ponto essa saudade é ou não saudável para nós. Ao meu ver, devemos sentir saudade apenas de coisas boas e não de coisas ou pessoas que nos levaram ao sofrimento. Por isso, é importante não confundir a saudade com a fraqueza.
Decidir o que é bom para nós, faz com que tenhamos mais saúde, mais energia e vontade de viver. Se sentirmos uma saudade muito forte e pudermos voltar no processo, talvez seja muito bom, mas só se isso for MELHORAR todo um processo de nossa vida. Caso contrário, melhor vivermos da lembrança.
E ainda temos a saudade da nossa fase "de bem com a vida", onde entra a parte financeira e de saúde. Sim, porque nossa vida, com tantos altos e baixos nos faz experimentar momentos saudáveis e momentos difíceis tanto em relação ao dinheiro, quanto à saúde. Nesse ponto, devemos fazer o possível para que haja um equilíbrio constante e não precisemos sentir "saudades" daquela boa fase, apesar que nem sempre depende só de nós e sim de toda uma estrutura.
Mas, o que mais importa em tudo isso é que podemos sentir saudade. E a saudade é algo que foi bom, que deixou lembranças e com elas podemos rir novamente, nos deliciar do que passamos e vivemos.
Portanto, aproveitar a vida de forma saudável e ardente, faz com que no futuro possamos ter motivo para falar do nosso passado de maneira alegre e emocionante.
Não importa a idade que você tenha, com certeza tem saudade de alguma coisa em seu passado. E, se tem, é porque foi bom e, se foi bom, é porque viveu plenamente aquele acontecimento. E é isso que importa: viver de forma plena e feliz!
Tente lembrar agora de algum momento marcante e que deixou muita saudade em sua vida. Preste atenção naquilo que pensar por primeiro, pois talvez seja algo que esteja faltando no seu presente. Com isso, você poderá se auto-ajudar e melhorar alguma coisa no aqui e agora para você.
Boa sorte!
NAMASTÊ!