Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Meu corpo escapou por alguns momentos do físico. É como se estivesse em um balanço, que sobe alto e, ao voltar, sente-se um frio no estômago. Por momentos deixei de existir, de pensar, de estar neste mundo.
É surreal saber que essa sensação pode ser o que temos na passagem de uma vida à outra. Em milésimos de segundos estamos com um pé lá, outro cá.
A vida é assim. Surpreendentemente inesperada e louca.
E, talvez por isso, devêssemos dar mais valor aos bons momentos que se apresentam para nós. Acredito que se existir um pingo de amor e carinho por alguém, devemos esquecer compromissos adiáveis para dar lugar a ficar, nem que seja um pouquinho, com essa pessoa.
Um dos piores sentimentos é levar para sempre o estigma de não ter passado mais tempo com alguém que admiramos ou queremos bem.
Este é, sem dúvida, um mundo de desculpas. Ou estamos cansados demais, ou precisamos trabalhar.
Mas nós sempre sabemos que, de uma ou outra forma, criamos oportunidades de fazer o que gostamos, quando realmente queremos. Quando não queremos, por algum motivo, insistimos na saída vã da preguiça, dor ou cansaço. Podem até ser verdades, mas estamos deixando passar amizades, risos, desabafos e integrações.
Lamentavelmente, em nosso funeral aparecem pessoas que não víamos a anos ou que nunca vieram para um encontro ou festa quando convidados. Sempre estavam com algum problema. Mas no funeral, lá estão elas prontas a olhar com pena para nós. Pareço um tanto quanto mórbida, mas é real.
Talvez este texto faça-nos repensar sobre a vida que levamos. Reclamamos de não ter tempo de nada, mas no fundo não é bem assim. Reclamamos que não temos amigos, mas quantas vezes aceitamos um convite ou lembramos de quem sempre está conosco, custe o que custar?
Somos vento, um dia soprando aqui, noutro em outro lugar.
Somos os senhores das desculpas que, lá no nosso subconsciente, sabemos que podem ser direcionadas.
Somos seres que, sem dúvida, um dia vão se queixar de não ter tido tempo necessário para ouvir, estar e abraçar alguém.
Podemos chamar isso de invenções e maldades da alma para afastar situações que não queremos enfrentar. Talvez seja uma proteção, talvez apenas não há vontade. E temos até direito de não querer.
Contudo, talvez as palavras que não foram ditas e ouvidas, o abraço que não foi compartilhado ou o sorriso que não foi trocado jamais poderá ser resgatado, pois o momento é único para ambos os lados. Não há volta.
Namaste
Meu corpo escapou por alguns momentos do físico. É como se estivesse em um balanço, que sobe alto e, ao voltar, sente-se um frio no estômago. Por momentos deixei de existir, de pensar, de estar neste mundo.
É surreal saber que essa sensação pode ser o que temos na passagem de uma vida à outra. Em milésimos de segundos estamos com um pé lá, outro cá.
A vida é assim. Surpreendentemente inesperada e louca.
E, talvez por isso, devêssemos dar mais valor aos bons momentos que se apresentam para nós. Acredito que se existir um pingo de amor e carinho por alguém, devemos esquecer compromissos adiáveis para dar lugar a ficar, nem que seja um pouquinho, com essa pessoa.
Um dos piores sentimentos é levar para sempre o estigma de não ter passado mais tempo com alguém que admiramos ou queremos bem.
Este é, sem dúvida, um mundo de desculpas. Ou estamos cansados demais, ou precisamos trabalhar.
Mas nós sempre sabemos que, de uma ou outra forma, criamos oportunidades de fazer o que gostamos, quando realmente queremos. Quando não queremos, por algum motivo, insistimos na saída vã da preguiça, dor ou cansaço. Podem até ser verdades, mas estamos deixando passar amizades, risos, desabafos e integrações.
Lamentavelmente, em nosso funeral aparecem pessoas que não víamos a anos ou que nunca vieram para um encontro ou festa quando convidados. Sempre estavam com algum problema. Mas no funeral, lá estão elas prontas a olhar com pena para nós. Pareço um tanto quanto mórbida, mas é real.
Talvez este texto faça-nos repensar sobre a vida que levamos. Reclamamos de não ter tempo de nada, mas no fundo não é bem assim. Reclamamos que não temos amigos, mas quantas vezes aceitamos um convite ou lembramos de quem sempre está conosco, custe o que custar?
Somos vento, um dia soprando aqui, noutro em outro lugar.
Somos os senhores das desculpas que, lá no nosso subconsciente, sabemos que podem ser direcionadas.
Somos seres que, sem dúvida, um dia vão se queixar de não ter tido tempo necessário para ouvir, estar e abraçar alguém.
Podemos chamar isso de invenções e maldades da alma para afastar situações que não queremos enfrentar. Talvez seja uma proteção, talvez apenas não há vontade. E temos até direito de não querer.
Contudo, talvez as palavras que não foram ditas e ouvidas, o abraço que não foi compartilhado ou o sorriso que não foi trocado jamais poderá ser resgatado, pois o momento é único para ambos os lados. Não há volta.
Namaste
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