Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Sim, assumi meus cabelos brancos! Confesso que no início foi uma decisão de necessidade, pois meus cabelos estavam enfraquecendo a cada tintura, além de estar perdendo muitos deles. E, quando fui pedir uma fórmula em farmácia de manipulação, o farmacêutico disse que eu deveria cessar a tintura por pelo menos um mês.
Saí de lá pensando como seria ter aquelas raízes brancas que mexiam com meu ego feminino, mas resolvi seguir as orientações. Daí para frente foi um tal de ouvir as pessoas me perguntando se iria assumir o branco e algumas até chocadas por eu deixá-los daquele jeito. Mas é óbvio! Afinal, a mídia e toda consciência popular impõe que não podemos envelhecer, ditando regras e oferecendo receitas milagrosas de longevidade.
Mas, quando já se tem na alma outros propósitos, além de ser somente um objeto de imposições, iniciei uma fase de aprendizado e aceitação real sobre mim e minha vida. E, ao invés de ficar um mês sem tinta, resolvi deixar os cabelos brancos tomarem conta da minha cabeça. É um processo para as fortes, costumo dizer, pois mexe com auto-estima, valores e claro, a percepção do que é beleza.
Quando soube que ía ser avó pela primeira vez, já tinha o desejo de deixar que eles aparecessem, mas não estava preparada ainda interiormente, sofrendo com julgamentos e olhares. Então, como meu blog mesmo diz, quando a gente não empurra a vida, a vida empurra a gente e a necessidade de saúde veio ajudar na decisão.
Nem todos aceitam as condições da vida. Depois reclamam que suas vidas não são perfeitas. A vida é o que nós, e somente nós, fazemos dela. Não precisamos ficar ouvindo julgamentos de pessoas que ainda não se resolveram, que têm medos dentro de si e que não descobriram a beleza da verdadeira liberdade.
Hoje, estou completamente grisalha e amo meus lindos cabelos. Aprendi a amá-los de verdade! E nem pretendo colorir ou fazer qualquer coisa que tire a beleza deles. Eu sou um todo e quem gostar de mim, tem que aceitar meu todo, com qualidades, defeitos, cabelos brancos e meu jeito de ser.
Quando a gente busca o autoconhecimento, aprende a se desvencilhar de opiniões e julgamentos que não mais afetam a sua existência. E consegue realizar coisas maravilhosas que não tínhamos coragem. Nessa hora, aplaudo alguns homens, que ficam lindos nos seus grisalhos, mostrando toda sua maturidade.
Hoje, entendo melhor o que é o tempo e o corpo. E que esses cabelos brancos são sinais de que eu já não quero fazer algumas coisas ou até, nem posso. Existe um respeito maior por quem e pelo que sou.
Algumas pessoas podem ter a minha idade e ainda terem suas madeixas maravilhosas coloridas e naturais. Talvez elas tenham um corpo mais aperfeiçoado em hormônios, sais mineiras, vitaminas ou sei lá. Eu estou falando de mim, do meu corpo e da minha vida.
O que sei é que neste processo, já estou convencendo algumas mulheres, sem nada falar, apenas por estar sendo observada, a deixarem seus cabelos naturalmente brancos também. Não dói, não deixamos de ser quem somos. Apenas aprendemos a acatar o curso da vida.
Escrevo este texto sem pieguice, podem acreditar. Estou realmente em paz comigo e feliz com meus lindos fios prateados. É inacreditável como podemos ser fortes quando nos libertamos das pressões e imposições. Agora, estou livre de mais um ritual mensal e de apetrechos em bagagens. Estou livre de ansiedade em viajar um tempo e ter que pintar os cabelos durante a viagem.
Esses cabelos me ensinaram a ter mais percepção, respeito e sabedoria com meu próprio corpo. Mas isso sou eu! Por favor, faça da sua vida o que acha que é certo para você. Mas faça por você, não pelos outros.
NAMASTÊ
Sim, assumi meus cabelos brancos! Confesso que no início foi uma decisão de necessidade, pois meus cabelos estavam enfraquecendo a cada tintura, além de estar perdendo muitos deles. E, quando fui pedir uma fórmula em farmácia de manipulação, o farmacêutico disse que eu deveria cessar a tintura por pelo menos um mês.
Saí de lá pensando como seria ter aquelas raízes brancas que mexiam com meu ego feminino, mas resolvi seguir as orientações. Daí para frente foi um tal de ouvir as pessoas me perguntando se iria assumir o branco e algumas até chocadas por eu deixá-los daquele jeito. Mas é óbvio! Afinal, a mídia e toda consciência popular impõe que não podemos envelhecer, ditando regras e oferecendo receitas milagrosas de longevidade.
Mas, quando já se tem na alma outros propósitos, além de ser somente um objeto de imposições, iniciei uma fase de aprendizado e aceitação real sobre mim e minha vida. E, ao invés de ficar um mês sem tinta, resolvi deixar os cabelos brancos tomarem conta da minha cabeça. É um processo para as fortes, costumo dizer, pois mexe com auto-estima, valores e claro, a percepção do que é beleza.
Quando soube que ía ser avó pela primeira vez, já tinha o desejo de deixar que eles aparecessem, mas não estava preparada ainda interiormente, sofrendo com julgamentos e olhares. Então, como meu blog mesmo diz, quando a gente não empurra a vida, a vida empurra a gente e a necessidade de saúde veio ajudar na decisão.
Nem todos aceitam as condições da vida. Depois reclamam que suas vidas não são perfeitas. A vida é o que nós, e somente nós, fazemos dela. Não precisamos ficar ouvindo julgamentos de pessoas que ainda não se resolveram, que têm medos dentro de si e que não descobriram a beleza da verdadeira liberdade.
Hoje, estou completamente grisalha e amo meus lindos cabelos. Aprendi a amá-los de verdade! E nem pretendo colorir ou fazer qualquer coisa que tire a beleza deles. Eu sou um todo e quem gostar de mim, tem que aceitar meu todo, com qualidades, defeitos, cabelos brancos e meu jeito de ser.
Quando a gente busca o autoconhecimento, aprende a se desvencilhar de opiniões e julgamentos que não mais afetam a sua existência. E consegue realizar coisas maravilhosas que não tínhamos coragem. Nessa hora, aplaudo alguns homens, que ficam lindos nos seus grisalhos, mostrando toda sua maturidade.
Hoje, entendo melhor o que é o tempo e o corpo. E que esses cabelos brancos são sinais de que eu já não quero fazer algumas coisas ou até, nem posso. Existe um respeito maior por quem e pelo que sou.
Algumas pessoas podem ter a minha idade e ainda terem suas madeixas maravilhosas coloridas e naturais. Talvez elas tenham um corpo mais aperfeiçoado em hormônios, sais mineiras, vitaminas ou sei lá. Eu estou falando de mim, do meu corpo e da minha vida.
O que sei é que neste processo, já estou convencendo algumas mulheres, sem nada falar, apenas por estar sendo observada, a deixarem seus cabelos naturalmente brancos também. Não dói, não deixamos de ser quem somos. Apenas aprendemos a acatar o curso da vida.
Escrevo este texto sem pieguice, podem acreditar. Estou realmente em paz comigo e feliz com meus lindos fios prateados. É inacreditável como podemos ser fortes quando nos libertamos das pressões e imposições. Agora, estou livre de mais um ritual mensal e de apetrechos em bagagens. Estou livre de ansiedade em viajar um tempo e ter que pintar os cabelos durante a viagem.
Esses cabelos me ensinaram a ter mais percepção, respeito e sabedoria com meu próprio corpo. Mas isso sou eu! Por favor, faça da sua vida o que acha que é certo para você. Mas faça por você, não pelos outros.
NAMASTÊ
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