Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Existem diversos tipos de adeus, mas acredito que três deles são os mais intensos: quando alguém morre, quando nos desvencilhamos de vínculos amorosos e quando deixamos para trás um passado que nos dá muitas lembranças, sabendo que não voltará.
Gosto muito de observar a vida e as pessoas e talvez seja isso que me estimule escrever. Parece que quando colocamos as palavras a serem lidas, elas serão lidas exatamente por quem precisa lê-las.
Ao observar as coisas, comecei a me deparar com diversos adeus. E me chamou a atenção a quantidade de adeus que existe na vida, focados nas relações amorosas. Nesta hora, o que mais se percebe é a confusão mental em que as duas vidas se submetem.
Dizer adeus a quem depositamos boa parte de nossas vidas, interagindo sempre com a confiança de que não estamos sozinhos, não é uma tarefa fácil. E o corpo físico adoece, o coração dispara, o estômago dói e o pensamento se confunde a todo momento entre a raiva e o desespero, entre o sentimento de posse e a liberdade, entre as dúvidas e as lembranças.
Quem não aceita a hora do adeus sofre ainda mais com a baixa auto-estima, a frustração e o orgulho. Muitos caem no desespero e cometem atrocidades, por não conseguir concatenar suas idéias. Outros buscam auxílio através de terapias para aceitar a si mesmo, entendendo que isso pode acontecer com qualquer pessoa.
Mas o que me chamou a atenção são as pessoas que, apesar de longos dias ou até anos juntas, saem da relação com tanta maturidade e respeito, que só por isso valeu a pena viver a relação. Entendem que chegou a hora do adeus e buscam dentro de si as forças necessárias para o entendimento, não prejudicando nem a si, nem a outrem e muito menos aos que os rodeiam.
Isso não significa que não sintam, ao contrário vivem o drama e o luto. Só que, por respeito a si mesmo, por conhecerem-se no fundo de sua alma, sabem bem que escândalos e desordem só levarão a estresse e muita tristeza. E não se permitem ter mais este sentimento dentro de suas vidas.
Então, através do autoconhecimento, das meditações e de uma disciplina de amor e benevolência, consegue-se aceitar que já não há mais cumplicidade entre as partes. Não querendo entrar nos detalhes do que levou a relação ao cansaço e ao desamor, podemos tentar olhar o todo e aprender a refletir sobre os erros de cada um. Como ninguém é perfeito, podemos levantar a suspeita de que uma das partes cansou-se de algo que já a afligia.
Tive minha hora do adeus e foi traumatizante. Hoje, mais madura e ciente do meu Eu Interior, talvez fizesse muita coisa diferente. Julgamos muito e nos protegemos mais ainda. Somos sempre as vítimas. Talvez sejamos em alguns momentos e em outros sejamos algozes.
Mas a hora do adeus é infinitamente dolorida, seja qual for o sentimento que estejamos sentindo neste momento. Se ainda o amor, se indiferença, se raiva, se frustração...
Se todos os casais compreendessem que quando se fecham portas para a cumplicidade, abrem-se janelas para outras vidas, todos que quisessem manter uma relação saberiam bem o significado da palavra cuidar.
E quando não há mais saída, o amor deveria ser o único sentimento a suplicar compreensão de ambas as partes. Parece fácil, mas não é, porque nós gostamos de guerrear, gostamos de nos sentir "por cima da carne seca" e de não "baixar a crista", como diria minha avó.
E, sendo assim, apenas quem se ama de verdade saberá reconhecer que não deve desperdiçar energia para demolir a vida de ninguém, e sim para construir uma nova etapa em sua vida.
Desejo que você seja feliz e reconheça que o mundo tem milhões de pessoas e não só uma. Aliás, se prepare para dar e receber muitos adeus. E que isso seja somente mais um passo a ser dado em direção à outra luz.
NAMASTÊ
Existem diversos tipos de adeus, mas acredito que três deles são os mais intensos: quando alguém morre, quando nos desvencilhamos de vínculos amorosos e quando deixamos para trás um passado que nos dá muitas lembranças, sabendo que não voltará.
Gosto muito de observar a vida e as pessoas e talvez seja isso que me estimule escrever. Parece que quando colocamos as palavras a serem lidas, elas serão lidas exatamente por quem precisa lê-las.
Ao observar as coisas, comecei a me deparar com diversos adeus. E me chamou a atenção a quantidade de adeus que existe na vida, focados nas relações amorosas. Nesta hora, o que mais se percebe é a confusão mental em que as duas vidas se submetem.
Dizer adeus a quem depositamos boa parte de nossas vidas, interagindo sempre com a confiança de que não estamos sozinhos, não é uma tarefa fácil. E o corpo físico adoece, o coração dispara, o estômago dói e o pensamento se confunde a todo momento entre a raiva e o desespero, entre o sentimento de posse e a liberdade, entre as dúvidas e as lembranças.
Quem não aceita a hora do adeus sofre ainda mais com a baixa auto-estima, a frustração e o orgulho. Muitos caem no desespero e cometem atrocidades, por não conseguir concatenar suas idéias. Outros buscam auxílio através de terapias para aceitar a si mesmo, entendendo que isso pode acontecer com qualquer pessoa.
Mas o que me chamou a atenção são as pessoas que, apesar de longos dias ou até anos juntas, saem da relação com tanta maturidade e respeito, que só por isso valeu a pena viver a relação. Entendem que chegou a hora do adeus e buscam dentro de si as forças necessárias para o entendimento, não prejudicando nem a si, nem a outrem e muito menos aos que os rodeiam.
Isso não significa que não sintam, ao contrário vivem o drama e o luto. Só que, por respeito a si mesmo, por conhecerem-se no fundo de sua alma, sabem bem que escândalos e desordem só levarão a estresse e muita tristeza. E não se permitem ter mais este sentimento dentro de suas vidas.
Então, através do autoconhecimento, das meditações e de uma disciplina de amor e benevolência, consegue-se aceitar que já não há mais cumplicidade entre as partes. Não querendo entrar nos detalhes do que levou a relação ao cansaço e ao desamor, podemos tentar olhar o todo e aprender a refletir sobre os erros de cada um. Como ninguém é perfeito, podemos levantar a suspeita de que uma das partes cansou-se de algo que já a afligia.
Tive minha hora do adeus e foi traumatizante. Hoje, mais madura e ciente do meu Eu Interior, talvez fizesse muita coisa diferente. Julgamos muito e nos protegemos mais ainda. Somos sempre as vítimas. Talvez sejamos em alguns momentos e em outros sejamos algozes.
Mas a hora do adeus é infinitamente dolorida, seja qual for o sentimento que estejamos sentindo neste momento. Se ainda o amor, se indiferença, se raiva, se frustração...
Se todos os casais compreendessem que quando se fecham portas para a cumplicidade, abrem-se janelas para outras vidas, todos que quisessem manter uma relação saberiam bem o significado da palavra cuidar.
E quando não há mais saída, o amor deveria ser o único sentimento a suplicar compreensão de ambas as partes. Parece fácil, mas não é, porque nós gostamos de guerrear, gostamos de nos sentir "por cima da carne seca" e de não "baixar a crista", como diria minha avó.
E, sendo assim, apenas quem se ama de verdade saberá reconhecer que não deve desperdiçar energia para demolir a vida de ninguém, e sim para construir uma nova etapa em sua vida.
Desejo que você seja feliz e reconheça que o mundo tem milhões de pessoas e não só uma. Aliás, se prepare para dar e receber muitos adeus. E que isso seja somente mais um passo a ser dado em direção à outra luz.
NAMASTÊ