Autora: Josianne L.Amend (JosiLuA)
Sempre fui fã da copa do mundo. Acho lindo os países e as pessoas criarem essa energia de euforia em torno da alegria. Mas não tinha visto uma copa do mundo no Brasil. E acredito, que em 1950 o futebol era um palco de verdadeiros esportistas, interessados na vitória, no seu ego e no esporte. Com certeza, não houve toda essa grande soberba em torno de algo que é só um esporte.
O mundo está ficando cada vez mais hipnótico. Sim, hipnótico! Porque o que estão fazendo com as pessoas é uma hipnose coletiva. Mostram jingles com músicas emocionantes, mostram pessoas chorando e gritando, balançando bandeiras, mostram a beleza dos novos campos como se fossem algo importante para a humanidade.
O esporte é e deve ser sempre algo valorizado para que se tenha seres humanos saudáveis e mentalmente sãos. Mas não deveria ostentar luxo jamais. O futebol pode ser jogado até em várzea. É óbvio que, para variar, alguns estão levando muito com tudo isso.
Quando vi as copas nos outros países, nunca pude parar para analisar que desperdício de dinheiro e de evolução estaríamos tendo. Só alguns estão ganhando mais do que o suficiente para viver. Mas agora que ela se faz no meu país, o Brasil, posso sentir na pele o desastre no desenvolvimento humano.
O único pensamento dos envolvidos neste evento é em quanto vão embolsar. E quando tudo terminar saem rindo dos países em desenvolvimento(?), sem sequer olhar para trás.
A maioria do povo pode achar tudo isso muito lindo, mas a realidade é o depois. O que será de todo dinheiro investido num evento elítizado? É o povão que gosta de futebol, que grita, que toma sua cerveja no bar, que faz linguicinha para os amigos, mas é a elite que consegue sentar confortavelmente em suas poltronas e comprar seus ingressos para assistir um jogo.
Não é ser pessimista. É estar cansada de tanta palhaçada, de tantos panos quentes que fazem de nós, pessoas que lutam para pagar suas contas e até para arrumar um emprego decente indignadas com o que deveria ser dever do Estado e direito do Cidadão. E a isto, me refiro, não a sentar a bunda num estádio de futebol, mas sentar em sua cadeira de escritório, sentar em sua carteira de colégio, sentar na sala de espera de um hospital sabendo que terá um bom atendimento e médicos disponíveis, sentar numa praça com seus filhos e observar a natureza sem medo de ser abordada.
Eu não sou contra a Copa do Mundo. Quero deixar isso bem claro! Sou contra a ignorância do povo em permitir abusos de comissões internacionais que após tudo isso vão passear de iate, vão sentar em suas poltronas de veludo e vão comer caviar.
Eu sou contra sim, a todo o dinheiro ostentado e gasto nas Copas. Se os políticos e envolvidos conseguem levantar mais de 30 bilhões de reais para toda essa parafernália exibicionista, por que não se consegue fundos para melhorar a vida de muitos brasileiros que estão comendo farinha com água, sem empregos ou até sem casa para morar?
Como não se consegue essa verba mundial para ajudar a crise em tantos países necessitados? Ah, me poupem! Eu gosto de alegria e futebol. Não sou contra a copa, nem o esporte. Sou contra a estupidez, a insensatez e querermos fechar os olhos por egoísmo e ganância.
Em um mês abrimos o cofrinho e limpamos toda e qualquer moedinha para comprar, não comida, mas uma taça.
NAMASTÊ
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