
Sempre que ouço o vento,
ou ele se esforça para se mostrar,
sinto que ele me chama,
para nele eu me entregar.
Ergo os braços e o recebo,
fecho os olhos e o percebo
entrando através de mim,
varrendo o que há de ruim.
Venha vento, venha vento!
Desde pequena o chamo assim.
Traga contigo bem lento,
perfume da flor jasmim...
Você que viaja tão longe,
que espalha e remexe a terra,
que visita aquele monge,
ou que se entrega na guerra,
leve embora o que não serve
e o que for bom... preserve!
Quero sentir-te, e te abraço
Fecho os olhos, ergo os braços,
Vento querido, perceba o que sinto
me tire do labirinto!
Você me chama, eu te atendo
erguendo os braços, te sinto perto
Vento que vem gemendo
Não traga o que é incerto.
Quando vier me trazer notícias
ou energias pra minha vida,
acabe logo com as premícias
minha curiosidade é incontida!
Em sua próxima visita,
quando nos braços te receber,
joga em meus olhos a fita bendita
com o nome do meu bem querer!

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